Votação da PEC da Previdência ‘seguirá’ prazos constitucionaisO presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou que a Casa cumprirá o cronograma para discussão e aprovação da Reforma da Previdência. Davi Alcolumbre deu entrevista após visitar o presidente em exercício Hamilton Mourão. Foto: Marcos Brandão/Ag.Senado Segundo acordo com os líderes partidários, a proposta deve ser votada em primeiro turno na próxima semana, após as cinco sessões de discussão, tendo a votação concluída até o dia 10 de outubro. Ele explicou que manifestou um desejo pessoal de que o calendário da reforma da Previdência pudesse ser antecipado, mas não houve acordo para acelerar a votação. “Não há consenso para antecipar a votação ainda esta semana. A previsão é que a proposta será votada em primeiro turno na semana que vem, respeitando os prazos constitucionais de cinco sessões de discussão no Plenário. Não havendo unanimidade, a votação fica para o dia 18. E eu me curvo à vontade dos líderes”, disse, comentando sobre o terceiro pedido de instalação da CPI do Judiciário, protocolado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), com 29 assinaturas. Ele afirmou que um parecer da consultoria jurídica do Senado já avaliou que a Constituição proíbe investigação do Poder Judiciário. O presidente do Senado também afirmou que a análise do indicado para procurador-geral da República, Augusto Aras, só deve ser concluída no Senado após o fim do mandato da atual procuradora, Raquel Dodge, que se encerra no próximo dia 17. A expectativa de Davi é que o Senado vote a indicação por volta do dia 22. “Tão logo a mensagem chegue ao Senado, farei a leitura e o encaminhamento à CCJ. A partir da sabatina do indicado, há um pedido de vista que é natural. O Senado vai sabatinar e aprovar ou rejeitar o nome do indicado (Ag.Senado). | |
Governo deve facilitar navegação na costa brasileiraMaior empresa de navegação de cabotagem, Aliança, teve aumento de 28% no volume de cargas. Foto: Alian/JC/Reprodução O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Mário Povia, esteve na Comissão de Infraestrutura do Senado, ontem (10), para apresentar ações e resultados da agência. Aalém de mostrar números da atuação da Antaq, ele revelou que o governo está preparando um instrumento jurídico, provavelmente uma medida provisória, para implantar o projeto “BR do Mar”. A intenção é, entre outros pontos, viabilizar e aumentar a navegação de cabotagem — a que é feita sem que o navio se afaste da costa —, diminuindo a burocracia e elevando a frota marítima para o transporte de contêineres, baixando custos e desafogando as estradas brasileiras. A Antaq e o Ministério da Infraestrutura estão trabalhando juntos nisso, assim como na ampliação do transporte de passageiros via navegação, informou. O dirigente frisou que a Antaq não impede que empresas atuem no setor de cabotagem, já que em 30 dias é possível autorizar uma embarcação a navegar. O problema é a falta de viabilidade e atratividade econômica para as empresas atuarem, problemas que devem ser o alvo do projeto em desenvolvimento, que busca ainda a melhoria do ambiente de negócio. “A burocracia da cabotagem e do alfandegamento é algo que está detectado, nos estudos que foram produzidos. Agora estamos arregaçando as mangas nessa questão, essa provavelmente medida provisória “BR do Mar” vai tratar dessa questão”, explicou. O senador Marcos Rogério (DEM-RO), que presidiu a reunião, lembrou que, para além da navegação de cabotagem, o Centro-Oeste é o mais importante produtor de commodities brasileiro e tem rios navegáveis que não são explorados, prejudicando o escoamento da produção (Ag.Senado). Em defesa da regulamentação de moedas virtuaisDebatedores defenderam a regulamentação das moedas virtuais em debate na Câmara. O tema foi discutido em audiência pública da comissão especial que analisa o projeto que confere ao Banco Central a competência para fiscalizar e regular esses tipos de transações. “A falta de regulamentação põe em risco tudo, porque pessoas que investem e perdem seu dinheiro não têm a quem recorrer”, afirmou o deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), autor da proposta. “A gente quer estabelecer uma regra, sem taxar, para dar tranquilidade a quem usa a criptoeconomia no Brasil”. O diretor de negócios e operações da Federação Nacional dos Bancos, Leandro Vilain, também reconheceu a importância da regulamentação, mas ressaltou a importância de se aprofundar a discussão sobre a questão tributária. “A compra e venda de ativos criptográficos em diferentes geografias tem sido vista como uma alternativa para transferência de recursos sem a realização de uma operação formal de câmbio e sem se sujeitar à tributação imposta às operações de câmbio tradicionais”, alertou. O presidente da comissão, deputado Gustinho Ribeiro (Solidariedade-SE), disse que a regulamentação, além de criar regras sobre essas transações, também vai coibir a prática de crimes relacionados à comercialização das moedas digitais. “Muita gente usa as criptomoedas para lavagem de dinheiro. Golpes têm sido aplicados por conta da facilidade que o mundo virtual oferece às pessoas que queiram praticar crimes”, comentou. O representante da Associação dos Peritos da Polícia Federal, Tiago de Melo, concordou que existem vulnerabilidades no sistema e que hackers podem se aproveitar de falhas nas transações virtuais para o roubo de dados e valores (Ag.Câmara). Parlamento britânico recusa eleições e entra em recessoEm sua última votação antes de entrar em recesso forçado, a Câmara dos Comuns do Reino Unido rejeitou na madrugada de ontem (10) a convocação de eleições antecipadas para 15 de outubro. A votação terminou com um placar de 293 a 46, em mais uma derrota para o primeiro-ministro Boris Johnson, que já havia tentado antecipar as eleições na semana passada. Na sequência, a Câmara entrou em recesso. Foi o próprio premier quem pediu à rainha Elizabeth II a suspensão do Parlamento até 14 de outubro, de forma a dificultar a aprovação de leis contra o Brexit. A oposição, no entanto, se articulou com dissidentes do Partido Conservador e aprovou um projeto que obriga Johnson a solicitar um novo adiamento da saída do Reino Unido da União Europeia, marcada para 31 de outubro, caso não haja acordo entre os dois lados sobre a separação. Johnson, por sua vez, disse que não pretende pedir uma mudança da data a Bruxelas e acusou o líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, de ter “medo” das urnas. O oposicionista chamou o governo de “vergonha” e afirmou que antes de antecipar as eleições é preciso “frear o risco de um Brexit sem acordo” (ANSA). | Garantia de plástica de lábio leporino e tratamento pós-cirúrgicoProjeto teve voto favorável do relator, Otto Alencar. Foto: Geraldo Magela/Ag.Senado A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou ontem (10) parecer favorável a um projeto que obriga o SUS a realizar cirurgia plástica reconstrutiva de lábio leporino ou fenda palatina. O projeto estabelece que o SUS é obrigado a prestar serviço gratuito de cirurgia plástica reconstrutiva e de tratamento pós-cirúrgico, abrangendo as especialidades de fonoaudiologia, psicologia e ortodontia, bem como de outras intervenções necessárias para a recuperação integral do paciente. Autor do projeto, o deputado Danrlei de Deus Hinterholz (PSD-RS) alega que são registrados 5,8 mil casos de bebês com fissuras labiopalatais todos os anos no Brasil e, na prática, menos da metade dos recém-nascidos são atendidos pelo SUS. Segundo o relator, senador Otto Alencar (PSD-BA), a falta de atendimento adequado aos recém-nascidos acarreta problemas na alimentação e na fala dos indivíduos, prejudicando seu desenvolvimento físico, psicológico e social. “A consequência econômica disso é a subutilização do potencial humano de parcela não desprezível da população, com efeitos deletérios sobre a geração de riqueza e, por extensão, sobre a arrecadação tributária, afetando a sustentabilidade das contas públicas”, argumenta em seu voto. O ônus do atendimento obrigatório aos pacientes será repartido entre União, estados e municípios, a quem compete financiar a provisão de serviços de saúde pelo SUS. Otto disse ainda que a iniciativa é correta e que a cirurgia não é uma questão de estética, mas corrige um problema que atrapalha muito os pacientes. “Às vezes a pessoa pensa que a fenda palatina é só uma cirurgia plástica. Não é. Dificulta a alimentação, causa uma série de problemas para as pessoas que são portadoras. Portanto, é uma necessidade do paciente fazer a cirurgia”, disse o senador, que também é médico (Ag.Senado). Comissão aprova proposta que atualiza a Lei RouanetA Comissão de Cultura da Câmara aprovou o projeto que promove ampla revisão da Lei Rouanet. O texto atualiza e insere dispositivos na norma. Também traz prazos específicos para vigência. A relatora, deputada Benedita da Silva (PT-RJ), recomendou a aprovação com ajustes no texto, oriundo do relatório final apresentado em 2017 pela CPI da Lei Rouanet. A proposta em tramitação na Câmara resultou de entendimento entre parlamentares e de sugestões do Poder Executivo, afirmou na época o relator da CPI da Lei Rouanet, deputado Domingos Sávio (PSDB-MG). O projeto também prevê a proibição de uso dos recursos do FNC para despesas de custeio ou de outras entidades ligadas ao governo. Proíbe ainda que o repasse de 3% do dinheiro proveniente das loterias seja bloqueado pela equipe econômica. O texto estabelece ainda um mecanismo para que todo projeto aprovado por meio da Lei Rouanet possa captar até 120% do montante previsto, sendo que os 20% a mais serão destinados diretamente ao FNC. A proposta será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça. Depois, seguirá para o Plenário (Ag.Câmara). Trump demite John Bolton, o ‘falcão’ da diplomaciaO presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou ontem (10) a demissão do conselheiro para Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, o grande “falcão” da política externa americana. Em duas mensagens no Twitter, o mandatário disse que a saída de um dos homens fortes de sua diplomacia se deve a desacordos entre eles. Com uma postura abertamente intervencionista, ele defende uma ação militar contra o Irã, abordagem que encontra resistência no Pentágono e no próprio Trump. Bolton é ligado à Associação Nacional do Rifle (NRA), principal lobista pró-armas dos EUA, e também é adepto de uma postura mais dura em relação à Coreia do Norte, além de ter sido um dos arquitetos da guerra no Iraque na década passada (ANSA). |