Papa alerta para ‘desinformação e distorção de fatos’ na webEm mensagem por ocasião da Jornada Mundial das Comunicações “Entre os mais jovens, os dados revelam que um em cada quatro adolescentes está envolvido em episódios de cyberbullying”, disse o Santo Padre. Foto: AFP/BBC News No texto, o Pontífice reforça que “a rede é um recurso do nosso tempo: uma fonte de conhecimentos e relações outrora impensáveis”. No entanto, diversos especialistas “destacam também os riscos que ameaçam a busca e a partilha de informação autêntica à escala global”, principalmente em decorrência das “transformações impressas pela tecnologia às lógicas da produção, circulação e fruição dos conteúdos”. “Se é verdade que a internet constitui uma possibilidade extraordinária de acesso ao saber, verdade é também que se revelou como um dos locais mais expostos à desinformação e à distorção consciente e pilotada dos fatos e relações interpessoais, a ponto de muitas vezes cair no descrédito”, alerta Francisco. O líder da Igreja Católica reconheceu que mesmo as redes sociais servindo para conectar melhor as pessoas, elas prestam-se também a “um uso manipulador dos dados pessoais, visando obter vantagens no plano político ou econômico, além de não respeitar as pessoas e seus direitos”. “Entre os mais jovens, os dados revelam que um em cada quatro adolescentes está envolvido em episódios de cyberbullying”, acrescenta o Santo Padre. Na mensagem pelo 53º Dia Mundial das Comunicações, que será celebrado no dia 2 de junho, sob o tema “Somos membros uns dos outros. Das comunidades de redes sociais à comunidade humana”, Francisco recordou que “desde quando a internet está disponível, a Igreja sempre procurou promover o seu uso ao serviço do encontro entre as pessoas e a solidariedade entre todos”. Entretanto, no “cenário atual, salta aos olhos de todos como a comunidade de redes sociais não seja, automaticamente, sinônimo de comunidade”. Para ele, esta realidade “multifacetada” coloca várias questões éticas, sociais, jurídicas, políticas, econômicas, e também desafia a Igreja. “Enquanto os governos buscam os meios regulatórios legais para salvar a visão original de uma rede livre, aberta e segura, todos nós temos a possibilidade e a responsabilidade de favorecer seu uso positivo”. Segundo o argentino, a rede que todas as pessoas querem é a que não é feita para aprisionar, mas para libertar, para preservar uma comunhão de gente livre. Por fim, o Papa concluiu que a rede só será uma oportunidade se os cidadãos souberem vivenciar na prática as conexões feitas através da tecnologia. Desta forma, é preciso passar do “like” ao “amém”. “Esta é a rede que queremos: uma rede feita não para capturar, mas para libertar, para preservar uma comunhão de pessoas livres. A própria Igreja é uma rede tecida pela Comunhão Eucarística, onde a união não se baseia nos ‘likes’, mas no ‘amém’ com que cada um adere ao Corpo de Cristo, acolhendo os outros”, finalizou (ANSA). | |
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