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Geral 26/04/2016

em Geral
segunda-feira, 25 de abril de 2016

Brasil lidera ranking de percepção de corrupção

A percepção pouco favorável dos executivos vai além do mundo de negócios e atinge também o poder público.

Para 90% dos executivos brasileiros, corrupção e suborno são práticas frequentes no ambiente de negócios nacional

É o que mostra a 14ª edição do “Global Fraud Survey”, pesquisa realizada pela Ernst & Young (EY). O resultado coloca o Brasil na posição de país com a maior percepção de corrupção do mundo entres as nações entrevistadas, de acordo com seus executivos. O percentual brasileiro é maior do que a média na América do Sul (74%), mercados emergentes (51%), média global (39%) e mercados desenvolvidos (21%).
“Na edição anterior do levantamento, em 2014, o Brasil ocupava a oitava posição do ranking, o que mostra uma deterioração significativa na percepção referente ao cenário nacional”, diz José Francisco Compagno, sócio de Auditoria da Ernst & Young (EY). Ao todo, a EY ouviu 2.825 executivos de alto escalão, como CFOs, CCOs, chefes das áreas jurídicas, de compliance e de auditoria interna, das maiores companhias de 62 países, incluindo o Brasil, sobre corrupção, improbidade corporativa e comportamento antiético.
Para 70% dos respondentes brasileiros, o governo está disposto a processar indivíduos envolvidos em casos de corrupção, mas esses esforços não se convertem efetivamente em condenações. O percentual é bastante superior à média global de 47%. O número coloca o Brasil na sexta posição entre os 29 maiores mercados pesquisados com relação à falta de segurança em obter condenações em casos de corrupção. Tailândia, Portugal Croácia, Taiwan e Eslovênia ocupam as cinco primeiras posições respectivamente.
“Resultados como esse mostam que a percepção pouco favorável dos executivos com relação à situação do Brasil vai além do mundo de negócios e atinge também o poder público” avalia Compagno. De acordo com 20% dos participantes brasileiros, o governo está disposto a entrar com os processos e as ações devem terminar em condenações. Apenas 10% dos profissionais afirmaram que o governo não parece disposto a processar indivíduos envolvidos em casos de corrupção.
O Brasil foi o único país em que todos os executivos ouvidos acreditam que processos movidos pelo governo contra os indivíduos ajudam a coibir a prática de fraude, suborno ou corrupção por outros executivos. Apesar da percepção em larga escala da prática de corrupção no Brasil, apenas 18% dos respondentes afirmaram que atos de improbidade e comportamento antiético são comuns nos segmentos em que atuam. Percentual maior aos 11% da média global. Ajudar a empresa a enfrentar momentos de recessão econômica foi uma justificativa levantada por 14% dos brasileiros para agir de forma antiética. Percentual inferior à média global (36%). Alcançar metas financeiras foi uma razão mencionada por 4% dos entrevistados (Fonte: www.ey.com.br).

Bancos agora podem abrir e fechar contas pela internet

O objetivo é permitir que haja facilidade maior para abertura e encerramento de contas.

Os clientes bancários agora podem abrir ou fechar contas bancárias, como conta-corrente e de poupança, usando a internet. O Conselho Monetário Nacional (CMN) regulamentou as regras para abertura e fechamento de contas de depósitos por meio eletrônicos. Segundo o Banco Central (BC), os bancos terão que adotar procedimentos e controles que permitam confirmar a autenticidade dos documentos eletrônicos e podem usar tecnologias como contato por vídeo, de reconhecimento de voz e assinaturas com certificação eletrônica.
As regras já estão valendo. “O objetivo é permitir que haja facilidade maior para abertura e encerramento de contas e incorpore nesse processo toda a inovação tecnológica”, disse a chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do BC, Silvia Marques. As mesmas regras das contas convencionais são válidas para as abertas por meio eletrônico, como as relativas à situação cadastral, tarifas, prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo.
O CMN também aprovou resolução que proíbe a recusa de atendimento em caixas convencionais de clientes de outro banco. Ou seja, se um cliente de um banco for a um caixa pagar um boleto, por exemplo, em outra instituição financeira, terá que ser atendido. A exceção é para os casos de pagamento de cheques, boletos vencidos e convênios que prevêem o pagamento específico em um banco. Segundo Silvia Marques, a resolução esclarece as regras é resultado de reclamações de clientes que não foram atendidos no caixa (ABr).

Malária: quase metade da população está em risco de contrair doença

No Dia Mundial da Malária, lembrado ontem (25), a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que quase a metade da população mundial – o que equivale a 3,2 bilhões de pessoas – ainda corre o risco de contrair a doença. Apenas no ano passado, 214 milhões de novos casos foram identificados em 95 países e mais de 400 mil pessoas morreram vítimas da infecção. “Um ano após a assembleia da OMS decidir eliminar a malária de pelo menos 35 países até 2030, um relatório mostra que a meta, apesar de ambiciosa, é alcançável”, informou a entidade. Em 2015, nenhum país-membro da OMS na Europa reportou casos de malária em indígenas, contra 90 mil registrados em 1995.
Os dados mostram que oito países fora da região europeia também não reportaram nenhum caso da doença em 2014. São eles: Argentina, Costa Rica, Iraque, Marrocos, Omã, Paraguai, Sri Lanka e Emirados Árabes Unidos. Outros oito países computaram menos de 100 casos em indígenas no mesmo período, enquanto 12 países identificaram entre 100 e mil casos. “A Estratégia Técnica Global para a Malária 2016-2030 clama pela eliminação da transmissão local da malária em pelo menos dez países até 2020. A OMS estima que 21 países estão em condições de alcançar este objetivo, incluindo seis na região africana, onde o fardo da doença é mais pesado”, diz o relatório.
Desde 2000, a taxa de mortalidade por malária caiu 60% em todo o mundo. Nos países africanos, o índice caiu 71% entre crianças menores de 5 anos. Os avanços, segundo a OMS, foram alcançados por meio do uso de ferramentas de controle amplamente implantadas na última década, como mosquiteiros tratados com inseticida, pulverização residual de interiores e testes de diagnóstico rápido.
“Maiores progressos vão exigir novas ferramentas que não existem atualmente, além do aperfeiçoamento de novas tecnologias”, afirma a nota da organização (ABr).

Caixa efetua mudanças nos jogos lotéricos

Caixa anunciou mudanças na Dupla Sena, Lotomania e Quina.

Os sorteios da Dupla Sena serão realizados nas terças, quintas e sábados, a partir desta semana. Anteriormente, eram feitos às terças e sextas-feiras. A Dupla Sena permite a aposta com um bilhete em dois sorteios por concurso e ganha acertando 4, 5 ou 6 números no primeiro e no segundo sorteios. Segundo a Caixa, o concurso especial Lotomania da Páscoa deixa de existir e, em seu lugar, será lançada em 2017 a Dupla Sena da Páscoa.
A Lotomania ganhou mais uma faixa de premiação, com 15 acertos. Então, ganha na Lotomania quem fizer 20, 19, 18, 17, 16, 15 ou nenhum acerto. A mudança será válida a partir da próxima sexta-feira (29). Os dias de sorteio passam a ser às terças e sextas-feiras. Anteriormente, eram às quartas-feiras e aos sábados. A partir do sorteio do dia 16 de maio deste ano, também haverá alteração na Quina, com a introdução de mais uma faixa de premiação: dois acertos. Então, quem fizer 5, 4, 3 ou 2 acertos ganha.
Na Quina, houve ainda aumento da quantidade de números que podem ser apostados para até 15 números (hoje são apenas 7 números, no máximo) e de até 50 cotas do Bolão Caixa (hoje são 25, no máximo). Não há alteração de preço: cada aposta simples (5 números) continua custando R$ 1,50. Os valores das apostas com mais de cinco números estarão disponíveis no site das Loterias Caixa, a partir da entrada em vigor das alterações, no dia 16 de maio (ABr).

Expectativa de Inflação dos Consumidores cai para 10,7%

A inflação mediana prevista pelos consumidores brasileiros para os próximos 12 meses fechou abril em 10,7%, recuando 0,4 ponto percentual em relação a expectativa de março, que era de 11,1%. Este é o segundo recuo consecutivo do indicador, depois de 13 meses de altas. Os dados foram divulgados ontem (25) pelo Ibre-FGV. A retração está em consonância com a conjuntura econômica atual, em franca desaceleração, e também com as medidas de ajuste adotadas pelo governo para frear a alta dos preços, informa o Ibre.
Para o economista da FGV, Pedro Costa, o indicador encerrou abril com redução. “Está importante queda no indicador de expectativa de inflação por parte dos consumidores está em sintonia com as políticas adotadas pelo governo para controlar a inflação e com a atual conjuntura de desaquecimento da economia”.
Para ele, o resultado também corrobora com as previsões e os diagnósticos feitos anteriormente, “que, após o aumento concentrado dos preços administrados no primeiro trimestre, as expectativas de alta da inflação se arrefeceriam” nos meses seguintes.
A pesquisa da FGV mostra desaceleração das expectativas de inflação em todas as classes de renda, embora a faixa de renda mais baixa continue prevendo a inflação mais alta para os 12 meses seguintes: 11,2%. O intervalo que prevê a variação da inflação futura, entre 10% e 12%, continua sendo o mais citado pelos consumidores, “mas houve redução da frequência de citações nesta faixa, que recuou de 31,3% do total para 28% entre fevereiro e março (ABr).

ONU pede ajuda para implementar plano de paz

A ONU pediu ontem (25) à comunidade internacional para que ajude o governo do Iraque a elaborar um plano de paz, reconciliação e estabilidade para o país. O pedido foi feito pela alta-comissária adjunta para os Direitos Humanos das Nações Unidas, Kate Gilmore, que, em uma coletiva de imprensa, disse que acabar com o conflito no Iraque não significa ganhar a paz.
“Necessita-se muito mais do que uma ação militar, necessita-se preparar e implementar medidas concretas para o dia de amanhã, para o dia em que o [autoproclamado] Estado Islâmico seja derrotado e queiramos reconstruir o país”, afirmou. A responsável defendeu o apoio financeiro, de profissionais e da comunidade internacional. De acordo com dados da ONU, o conflito entre tropas governamentais e grupos ‘jihadistas’ causou no Iraque cerca de 19 mil mortos, 36 mil feridos e mais de 3,2 milhões de deslocados, desde janeiro de 2014 (Ag. Lusa).