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O mercado financeiro do eSports e os brasileiros bem-sucedidos do ramo

em Economia
sexta-feira, 21 de dezembro de 2018
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O mercado financeiro do eSports e os brasileiros bem-sucedidos do ramo

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Fonte: Pixabay.com

O mercado do eSports tem ganhando espaço não só com o público, mas também com algumas empresas ao redor do mundo. Por isso, os jogadores profissionais que apostaram nesta inusitada carreira, já estão colhendo os frutos. É o caso dos cinco brasileiros que apareceram no cenário de Counter-Strike:Global Offensive em 2016, e se tornaram referência como sucesso na carreira de um gamer profissional.

Gabriel Toledo, Marcelo David, Lincoln Lau, Fernando Alvarenga e Epitácio de Melo foram responsáveis pelo sucesso de duas equipes em um mesmo ano. Entre abril e dezembro de 2016, esses jogadores conquistaram títulos pela Luminosity Gaming e também pela SK Gaming. As premiações financeiras totalizaram um valor de quase dois milhões de dólares, um sucesso absoluto. Com isso, os jogadores entraram para a história do CS:GO, e também como prova de que o eSports teria um futuro gigantesco.

Atualmente, o cenário não é diferente. Gabriel Toledo, o FaLLeN, é o segundo atleta brasileiro com maior premiação financeira do CS:GO. Ele já conquistou cerca de 886 mil dólares, segundo dados do portal eSports Earnings. Apenas Epitácio de Melo, o TACO, está a frente do compatriota, mas por uma pequena margem. Ele possui 893 mil dólares conquistados como pro player. Os dois não jogam mais juntos, já que em 2018 acabaram indo para equipes diferentes na temporada.

Já Marcelo David, o coldzera, e Fernando Alvarenga, o fer, ainda jogam com Gabriel Toledo. Eles atuam juntos pela MIBR, equipe brasileira de CS:GO. Fernando é o terceiro jogador brasileiro com mais ganhos financeiros, possui cerca de 883 mil dólares de premiação. Marcelo, que já foi eleito o melhor do mundo duas vezes, é quarto colocado, com 874 mil dólares conquistados em toda a carreira.

O último protagonista da histórica campanha de 2016 é Lincoln Lau, o fnx. Apesar de ser o quinto jogador com mais ganhos financeiros no CS:GO, ele tem uma distância considerável perante aos antigos companheiros. Com cerca de 385 mil dólares conquistados na carreira, Lincoln foi o único a sair do cenário profissional. Após passar por algumas outras equipes, em 2018, ele não atuou mais em nenhum torneio oficial.

Patrocínios impulsionam o mercado

Esse sucesso financeiro dos jogadores só acontece pelo apoio de grandes empresas, sejam nos campeonatos ou então patrocinando as próprias equipes. A dinamarquesa Astralis, por exemplo, já teve o patrocínio da gigantesca Audi. Atualmente, é o time com mais títulos e também com a maior premiação conquistada. Ela já arrecadou mais de cinco milhões de dólares em 59 torneios disputados.

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FONTE DE IMAGEM: Astralis via Facebook

No Brasil não é diferente. A MIBR, onde jogam alguns dos brasileiros, voltou a participar de competições profissionais este ano. O retorno do time só foi possível pelos três patrocinadores principais. Além da marca de refrigerantes Mountain Dew e da fornecedora de acessórios para jogadores profissionais Razer, o time de CS:GO conta com apoio de um dos maiores portais de apostas online. Essa empresa, a Betway é bastante ativa no cenário do eSports, tanto que possui um acordo não apenas com os brasileiros, mas também com a tradicional equipe sueca Ninja in Pyjamas, além de oferecer apostas nos maiores campeonatos dessa categoria.

As empresas do ramo de tecnologia não ficam de fora. O melhor exemplo é a Intel, produtora de processadores para computadores e laptops. Ela é a principal patrocinadora na ESL Pro League e também na ECS Season, duas das competições mais importantes no cenário de CS:GO. Ou seja, o mercado financeiro já começou a enxergar o sucesso que o eSports tem no cenário mundial.

 

Audiência é o carro chefe do eSports

Segundo pesquisa divulgada pelo portal Newzoo, o eSports, em 2018, movimentou mais de 900 milhões de dólares. Além disso, existe uma previsão de que nos próximos anos este número possa até dobrar. Com uma audiência que se aproxima dos 300 milhões de pessoas, não é difícil acreditar que o eSports ainda tem muito a crescer. É o mercado do entretenimento ganhando um novo ramo, que pode rivalizar com o cinema e com a TV.

No Brasil, com a economia passando por novas reformas, o mercado pode muito bem olhar para o eSports como um novo caminho. Este ano, a cidade de Belo Horizonte recebeu uma etapa do ESL Pro league, algo que chama a atenção de empresas e possíveis investidores. O futuro econômico do eSports, e das novas tecnologias, pode ser grandioso e gerar frutos não apenas para os jogadores, mas também para a economia no geral.