A União Europeia propôs uma declaração sobre direitos e princípios digitais que visa dotar todos os cidadãos de um ponto de referência claro sobre o tipo de transformação digital que a Europa promove e defende. Com pautas como ‘colocar as pessoas como centro da transformação digital’ e ‘segurança, proteção e empoderamento’ o documento sugere a criação de um ambiente seguro.
“Vemos discussões semelhantes acontecerem na Austrália, na Índia e nos Estados Unidos. Nosso objetivo é estar na vanguarda desse momento global”, afirmou a chefe digital da União Europeia, Margrethe Vestager, em comunicado.
No Brasil, as leis de proteção de dados ainda estão em desenvolvimento visto que há pouco tempo a LGPD foi instaurada. Uma das questões em pauta no País é o que precisamos para nos posicionarmos como um ambiente seguro e confiável. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Serasa Experian, entre novembro de 2020 e 2021, foram registradas mais de 3,8 milhões de tentativas de fraude no Brasil.
“Vazamentos e roubos de dados são uma prática comum utilizada pelos fraudadores, que estão se especializando em engenharia social. Uma vez que nem todas as empresas possuem checagens por meio de múltiplas camadas, como validação de comportamento, análise do dispositivo, dados e biometria, por exemplo, os fraudadores têm a capacidade de mapear os fluxos de prevenção e subvertê-los com certa facilidade,” diz Gustavo Monteiro, manager director do AllowMe.
Segundo um estudo realizado pela Surfshark, um a cada 100 brasileiro teve dados vazados em 2021. Leis de proteção de dados são extremamente necessárias para que a sociedade esteja protegida e tenha a privacidade necessária para realizar suas transações em segurança. É comprovado que uma empresa que investe na segurança de seu sistema possui uma maior margem de lucro, além de ter um índice de confiabilidade maior.
“A análise do contexto do dispositivo é uma peça fundamental para acrescentar às empresas que querem ter um ambiente seguro. Além disso, é cada vez mais importante gerar uma experiência fluida para usuários, já que a fricção é muito ruim para a conversão. Muitas tecnologias seguem sendo lançadas no sentido de melhorar a experiência dos clientes”, completa.
Segundo especialistas do AllowMe, a recomendação é que as empresas tenham sempre em sua agenda a revisão dos fluxos de negócio e dividam as medidas de prevenção em diversas camadas, melhorando a experiência do bom cliente e ao mesmo tempo dificultando exponencialmente a vida do fraudador e quebrando sua escala.
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