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Um pouco de história: o QR Code

em Tecnologia
quinta-feira, 17 de outubro de 2024

O QR Code (abreviação de Quick Response Code, ou Código de Resposta Rápida) foi criado em 1994 pela Denso Wave, então uma subsidiária da Toyota, como uma forma de tornar mais eficiente o rastreamento de veículos e peças durante o processo de fabricação.

Vivaldo José Breternitz (*)

Embora a Denso detenha a patente do QR Code, ela permite a utilização da tecnologia gratuitamente, o que contribui para sua ampla adoção. Originalmente projetado para uso industrial, o QR Code evoluiu, tornando-se uma ferramenta versátil, com inúmeras aplicações.

Hoje em dia, é comumente utilizado para acessar endereços na internet, compartilhar informações de contato, consultar cardápios de restaurantes, realizar pagamentos a partir de dispositivos móveis, armazenar passagens de aviões diretamente em smartphones e para uma infinidade de outras coisas.

Um QR Code é formado por uma grade de quadrados, chamados módulos, com alguns deles específicos para posicionamento – são os quadrados grandes que aparecem em três dos cantos. Os módulos restantes armazenam informações de versão e formato, além dos dados codificados, juntamente com informações para correção de erros que permitem a leitura mesmo que parte do código esteja danificada.

A primeira versão do sistema era pequena, tinha apenas 21 x 21 módulos e era capaz de armazenar apenas quatro caracteres de dados. Atualmente estão em uso várias versões, sendo que a maior delas tem 177 x 177 módulos e pode conter até 1.264 caracteres de texto ASCII ou até 7.089 algarismos, mostrando como foi significativo o aumento na capacidade de armazenamento ao longo do tempo.

Mas como toda a tecnologia, seu uso exige cuidados: em 2014, a Heinz, por engano, produziu vidros de ketchup com um código QR errado, que direcionava os clientes para um site pornográfico ao invés do site promocional desejado.

Uma ferramenta pequena, simples, mas com um grande impacto no mundo moderno.

(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas – [email protected].