Há a percepção generalizada de que as redes sociais trazem benefícios, mas também muitos problemas, especialmente quando usadas de forma excessiva.
Vivaldo José Breternitz (*)
Buscando entender esses problemas de forma ampla, a University of Technology Sydney (AUJS) desenvolveu estudos a respeito do assunto, cujos resultados foram publicados no Journal of Global Information Management.
Os pesquisadores analisaram publicações acerca do tema produzidas a partir de 2003; em 2003, as redes sociais engatinhavam e a primeira que se tornou popular, o MySpace, foi criada naquele ano; o Facebook surgiria apenas em 2004.
As pesquisas apontaram 46 problemas relacionados ao uso excessivo de aplicativos como Facebook, WhatsApp, Twitter e Instagram. Dentre eles, ansiedade, depressão, assédio, incitamento ao suicídio, perseguição cibernética (cyberstalking), ciúme, sobrecarga de informações, violação de privacidade, fraudes, conflitos com outras pessoas e até mesmo uma maior propensão para assumir riscos financeiros.
Esses efeitos nocivos trouxeram impactos negativos não apenas à vida pessoal, mas também no trabalho e desempenho acadêmico.
Os pesquisadores estão agora estudando os fatores que levam as pessoas a se tornarem dependentes das mídias sociais e a seguir tentarão desenvolver e testar aplicativos, recursos de design e outras soluções que possam reduzir esses efeitos negativos
(*) É Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.