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Tecnologia 29/08/2019

em Tecnologia
quarta-feira, 28 de agosto de 2019
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Gêmeos Digitais: o mundo ciberfísico já chegou

Inteligência Artificial, Internet das Coisas (IoT), cidades inteligentes, automação ou Big Data. Com certeza, esses termos, que se referem a tendências tecnológicas relevantes, são familiares – em maior ou menor grau – a cada um de nós

Os gêmeos digitais são uma mistura de diversas tecnologias e têm como qualidade fundamental materializar a união entre o mundo físico e virtual, criando um mundo ciberfísico e inteligente. Foto: New Equipament Digest

Luis Piccolo (*)

Entretanto, existem outras que podem ser relacionadas diretamente com as tecnologias mencionadas e permanecem, injustamente, em segundo ou terceiro plano, apesar do impacto concreto que podem ter nas empresas muito em breve.
Um desses casos é o dos “Gêmeos Digitais” (digital twins), uma tendência que nos últimos anos foi considerada pelo Gartner uma das 10 mais relevantes no âmbito de TI para o presente e o futuro próximo. Os gêmeos digitais são uma mistura de diversas tecnologias e têm como qualidade fundamental materializar a união entre o mundo físico e virtual, criando um mundo ciberfísico e inteligente, onde é possível antecipar cenários para prevenir ou melhorar o manuseio de ativos.
Em termos mais específicos, os gêmeos digitais foram definidos pelo Gartner como um padrão de desenho de software que representa um objeto físico cuja finalidade é compreender o estado do ativo, respondendo oportunamente às mudanças, melhorando as operações comerciais e agregando valor.
Para entender melhor do que se trata, é necessário compreender a origem do conceito, que remonta à época da corrida espacial, quando a NASA desenvolveu a tecnologia de emparelhamento para operar, reparar e manter as naves espaciais que não estavam ao alcance do monitoramento físico. Assim, na missão frustrada do Apollo XIII, por exemplo, foram realizados testes com o modelo que permitiram o retorno seguro da tripulação à Terra. Atualmente, a agência espacial estadunidense utiliza os gêmeos digitais para desenhar, testar e construir novos equipamentos, ou seja, somente quando todas as definições e testes são feitos virtualmente, eles passam à construção física. Logo, através de sensores instalados nele, o dispositivo físico passa a se vincular com o par virtual para monitorar e realizar a manutenção de maneira inteligente.
Os gêmeos digitais vêm para complementar, assim, o uso da tecnologia para o desenho de equipamentos ou estruturas para levar os modelos digitais a um novo nível. Através da instalação de sensores no objeto físico é possível obter dados em tempo real que permitem monitorar e manter o gêmeo real, antecipando inclusive cenários reais com exatidão. Não obstante, os gêmeos virtuais poderiam ser aplicados não apenas a ativos físicos, mas também a serviços e processos com uma ampla gama de aplicações, sendo que as empresas mais avançadas em implementar soluções de IoT (Internet das Coisas), serão as que primeiro sentirão o impacto dessa tendência.
Segundo os dados da Gartner, 13% das organizações que atualmente implementam projetos de IoT já utilizam gêmeos digitais, enquanto 62% se encontram no processo de estabelecer o uso para o próximo ano. A consultoria prevê que, para 2022, mais de dois terços das empresas que têm IoT implementado terão desenvolvido pelo menos um gêmeo digital, ainda que se creia que esse prazo possa ser antecipado em um ou dois anos.
De imediato, os gêmeos digitais serão elementos-chave nas cidades inteligentes. Já existem experiências concretas de monitoramento de edifícios ou estruturas em países como Noruega, Índia, Estados Unidos, Alemanha, Austrália e Singapura, entre outros. Nestes lugares, os sensores e dispositivos instalados em todo o tipo de infraestrutura urbana – como pontes, por exemplo – enviam dados que são analisados no modelo virtual para antecipar desgaste de materiais ou eventuais falhas e garantir a correção de maneira mais certeira e oportuna.
Os setores de construção, energia, transporte e industrial são hoje os maiores entusiastas do desenvolvimento deste tipo de solução, que os permite economizar custos e reduzir falhas na fabricação de produtos, assim como ter noções exatas do comportamento ou funcionamento históricos e antecipar erros ou falhas, simulando inclusive os reparos no gêmeo virtual. Isto permitirá também que as empresas possam trabalhar de forma conjunta e eficiente com o ecossistema digital, aperfeiçoando produtos e serviços de maneira inédita.
De certa forma, é factível pensar que, no futuro, todo o nosso mundo, incluindo os seres humanos, terão um gêmeo digital. Neste mundo virtual, se jogará grande parte da realidade física, para alcançar a eficiência e a perfeição de processos que somente a tecnologia pode dar. O mundo ciberfísico chegou para ficar.

(*) É Vice-presidente de Vendas, Cluster Sul, CenturyLink, América Latina.

Grupos de pais no WhatsApp afetam relacionamento família x escola

Uma conversa entre amigos com filhos em idade escolar, ou então uma rápida busca na internet são suficientes para mostrar o quão controversos se tornaram os grupos de WhatsApp de pais de crianças de uma mesma escola. A questão abre espaço para refletir sobre como as redes sociais, em especial o WhatsApp, têm contribuído para escancarar comportamentos precipitados e até insensatos. “Vive-se em uma era em que a internet empoderou a todos, indistinta e simultaneamente. E assim, no auge dessa sensação de poder, a falta de educação fica evidenciada e a intolerância é, infelizmente, a palavra que revela o comportamento em alta na sociedade de hoje”, expõe Acedriana Vicente, diretora pedagógica do Sistema Positivo de Ensino.
Segundo ela, essa falta de educação brota em mensagens de aplicativos e, rapidamente, evolui no mundo real, chegando até as páginas policiais. “A velocidade com que algumas reações e julgamentos se espalham assusta quando se observa o potencial de estragos que são capazes de provocar e a quantidade de provas que são produzidas”, afirma. Dentro do universo escolar os grupos de pais no WhatsApp surgem com a intenção de melhorar a comunicação entre a escola e família. “O fato é que tais grupos se multiplicam entre si, ganham vertentes paralelas e se transformam em tribunais inquisidores. Pequenos detalhes são aumentados, fatos são deturpados, gerando um barulho muitas vezes descabido e desnecessário”, ressalta a pedagoga. Para ela, basta uma imagem ou palavra mal interpretadas e tudo vira combustível que inflama pessoas, revelando a incapacidade de transitar com educação diante da divergência.
Historicamente, o ato coletivo sempre confere mais poder que o gesto individual. Essa é uma das justificativas pela qual os pais preferem se articular antes nos grupos de WhatsApp, reunindo outras vozes em torno de si e só então levar a questão para o colégio. “O problema dessa estratégia é que, em boa parte das vezes, as situações poderiam ser fácil e amigavelmente resolvidas com uma boa conversa com coordenadores e direção da escola, em vez de jogar o assunto para debates acalorados nas redes sociais”, explica a especialista. Falta, segundo Acedriana, serenidade para conseguir enxergar que toda história tem dois lados e mais de uma parte interessada. “Praticar a empatia (capacidade de se colocar no lugar do outro) e a alteridade (entender que o outro é o outro, portanto diferente de nós) é que nos permite avaliar a situação com calma e, porque não dizer, rever posições que julgávamos imutáveis”.
A especialista alerta que é preciso enxergar que os filhos não estão sozinhos no mundo. “Felizmente, eles estão cercados por outras crianças e adultos e, desde cedo, devem aprender que se relacionar bem com as pessoas requer controle, desprendimento e generosidade. E cabe a nós dar o exemplo e ensiná-los essa importante lição de vida”, orienta.

Inscrições abertas para “Planeta Startup”, o novo reality show da Band

As inscrições para o reality show Planeta Startup estão abertas. Uma produção da Band e da Estilingue Filmes, o programa vai contar com a participação das startups mais inovadoras do Brasil em uma disputa emocionante nunca antes vista na televisão brasileira.
Serão mais de R$ 2 milhões em prêmios, incluindo investimento no negócio em dinheiro, mentorias, cursos e muito mais. Além de acelerar as operações, o Planeta Startup vai atrair investidores reais para colocá-las de vez no mercado e apresentar a ideia da startup para milhares de espectadores. Uma oportunidade única para os empreendedores que querem mudar o mundo e sonham em transformar sua empresa em um grande negócio.
A disputa será no Prédio do Planeta Startup, um verdadeiro polo de aceleração, que respira inovação. Nesse ambiente, as startups terão a oportunidade de passar por um método exclusivo, com mentoria de Fernando Seabra, um dos maiores nomes do empreendedorismo nacional, aprimorando e trabalhando em suas ideias para que no final apresentem o resultado em um pitching eletrizante para um júri renomado: Tallis Gomes, Dani Arruda e Amure Pinho. Com apresentação da jornalista e economista Ana Luísa Medici, o programa terá 13 episódios.
Os empreendedores que queiram participar do reality show devem preencher o formulário de inscrição em www.planetastartup.com.br até amanhã (30).