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Tecnologia 26 a 28/08/2017

em Tecnologia
sexta-feira, 25 de agosto de 2017
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eSocial: entenda como enviar os dados para o ambiente de homologação

Com a liberação do acesso ao ambiente de testes do eSocial a empresas de todos os segmentos desde o dia 1º de agosto, muitas dúvidas em relação ao envio dos dados para o ambiente de homologação têm surgido

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Andreia Adami (*)

O período de testes permite que as empresas se preparem antes do envio obrigatório dos eventos – cuja primeira onda está programada para o dia 1º de janeiro de 2018. Muitos gestores têm nos questionado sobre o procedimento a ser executado no envio de dados e, por isso, resolvemos listar alguns esclarecimentos e orientações quanto a ambientação com termos e processos que irão utilizar no dia a dia. A ideia é ajudar os gestores a se acostumar com novos termos e processos que passarão a usar.

Lembre-se: O eSocial não disponibilizará ambiente de testes no formato web (com interface) como temos hoje no acesso do empregador doméstico. Para realização de testes, as empresas deverão utilizar sistemas próprios, que farão a comunicação com o eSocial via Web Service, conforme orientações para desenvolvedores na área de Produção Restrita.

Entenda o que fazer antes de enviar eventos:
1. Qualificação cadastral dos colaboradores: validar informações básicas (como CPF, PIS, Data de Nascimento e o Nome completo e correto dos colaboradores) vai evitar muitos problemas no momento da transição, sem contar que vai atualizar todos os dados do quadro de funcionários da empresa.
2. Saneamento da base de dados: os dados a serem enviados devem estar de acordo com a situação atual dos colaboradores e com as tabelas-padrões disponibilizadas pelo eSocial. Essa etapa deverá ser tratada de forma minuciosa, pois o envio de dados desatualizados ou inconsistentes poderá gerar problemas futuros. Para saber mais, acesse esse conteúdo, disponibilizado no site da Senior.

Saiba quais eventos enviar primeiro:
1. S-1000: neste evento são fornecidas as informações do empregador/contribuinte/órgão público e nossa recomendação é que os demais eventos sejam enviados apenas após a validação deste.
2. Eventos iniciais e de tabelas: são aqueles responsáveis por informações que validarão os eventos periódicos e não periódicos, utilizados como base para compor informações dos outros eventos do eSocial, como o S-1010, S-1020, S-1030 e s-1050, entre outros. Nesse momento, caso existam divergências entre a base de dados do cliente e o esperado pelo ambiente do governo, o usuário deverá providenciar os ajustes necessários antes de dar continuidade no processo de envio dos demais eventos.
3. S-2100: este evento refere-se ao Cadastramento Inicial do Vínculo e, com a publicação da versão 2.3 do eSocial, será substituído pelo evento S-2200 – Cadastramento inicial do vínculo e admissão/ingresso de trabalhador. Enquanto a mudança não acontece, o ambiente do Governa segue validando o evento S-2100.
4. Demais eventos periódicos e não periódicos: uma vez que a base das informações já foi enviada e validada, todos os demais eventos periódicos e não periódicos, como o S-1200, S-1210, S-2206, S-2210, S-2230, entre outros, podem ser enviados.
5. S-1299: este evento tem por finalidade informar o encerramento da transmissão dos eventos periódicos em determinado período de apuração.
6. S-1295: este evento será liberado apenas na versão 2.3 do eSocial e foi criado como solução de contingência para o caso de a empresa não conseguir fazer o fechamento dos eventos periódicos por meio do S-1298, que deverá ser utilizado para reabrir um movimento de um período já encerrado.
7. Eventos totalizadores: após o envio dos eventos periódicos, ocorrem os eventos totalizadores S-5001, S-5002, S-5011, S-5012 que são os de retorno ao contribuinte e permitem a conferência de encargos.

A execução dessas etapas poderá ajudar no processo de envio dos eventos, mas cabe a cada gestor identificar as necessidades de acordo com a realidade existente.

Por isso, atenção:
1. Procure manter seu sistema sempre atualizado. Dessa forma, é possível garantir o preenchimento completo das informações e a geração correta dos dados a serem enviados nos eventos do eSocial.
2. O acesso ao eSocial poderá ocorrer via Certificado Digital (CD) – uma assinatura com validade jurídica que funciona como uma identidade virtual, permitindo a identificação segura e inequívoca do autor de uma mensagem ou transação feita em meios eletrônicos. O CD pode ser solicitado no site das Autoridades Certificadoras e os tipos mais comercializados são o A1 (tem validade de um ano e é armazenado no computador) e o A3 (tem validade de até 5 anos, sendo armazenado em cartão ou token criptográfico). Para a emissão do CD, é necessário que um gestor da empresa solicitante vá pessoalmente a uma autoridade de Registro da Autoridade Certificadora para validar os dados preenchidos na solicitação.

(*) É Analista de Negócios da solução Gestão de Pessoas | HCM da Senior e trata exclusivamente de assuntos do eSocial.

Nova plataforma do boleto bancário: o que muda para lojas virtuais?

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Nos últimos meses, vimos muitas notícias sobre a nova plataforma de cobrança de boletos bancários (que representa o fim do boleto sem registro) e as mudanças que serão desencadeadas diante disso para o e-commerce. Os novos procedimentos começaram em julho, e a expectativa é que até dezembro a nova regulamentação esteja em vigor, abrangendo 100% dos títulos bancários emitidos no País. Por isso, desde já é vital que os profissionais do setor estejam preparados para os impactos que a nova medida poderá causar.
Embora o cartão de crédito seja a forma mais utilizada pelo consumidor brasileiro, correspondendo a mais de 70% das transações on-line, o boleto possui um importante atrativo para o lojista: a liquidez, já que o pagamento é contabilizado em até dois dias úteis – diferentemente do cartão, que leva em torno de 30 dias.
Além disso, o título bancário é visto pelo cliente (ainda que de maneira muito equivocada) como o meio de pagamento mais seguro para uma compra on-line. Isso não é verdade: uma vez pago um boleto falso, dificilmente aquele valor será estornado – diferentemente do cartão, quando, por contrato, um cliente sempre estará protegido caso não reconheça alguma transação on-line.
Muitos criminosos cibernéticos se aproveitam desta brecha para aplicar golpes – seja com lojas de fachada, que recebem pagamento por boletos e nunca enviam as compras ao cliente final; seja disseminando vírus que alteram em tempo real o código de barras quando um título bancário é emitido e induzem a vítima a realizar o pagamento do documento falso, direcionando o dinheiro a contas de laranjas.
Foi pensando nisso que a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) implementou a nova plataforma para emissão do boleto bancário, que a partir de agora deverá ser emitido já registrado. Ou seja: o documento, assim que gerado, terá que estar atrelado obrigatoriamente a um documento com todos os dados do emissor, além de valor da cobrança e data de vencimento do título.
A validação dos boletos começou em julho, com títulos de valor igual ou acima de R$ 50 mil. Entre 11 de setembro, a medida passará a abranger documentos com valor mínimo de R$ 2 mil até que, em 11 de dezembro, todos os títulos bancários emitidos no Brasil deverão se adequar à plataforma.
Esta nova medida permitirá um controle muito maior dos bancos sobre os boletos que estão sendo gerados e visa a proteger o cliente final das tentativas de fraudes. A lei, todavia, implicará em um aumento de custos à loja virtual. Atualmente, o boleto só é cobrado pelas instituições financeiras no momento do seu pagamento. Mas há um agravante: de acordo com o E-Commerce Radar 2017, da Atlas, 51% dos títulos bancários emitidos não são pagos.
Há muita desistência ao longo das várias etapas do processo entre fechamento do pedido, impressão do boleto (com prazo de normalmente dois dias úteis), e pagamento do título (seja em um caixa eletrônico, no internet banking ou no app do banco). A taxa de conversão do boleto é muito mais baixa se comparada à do cartão de crédito, que permite a compra por impulso – afinal, o cliente, no ímpeto de fechar um pedido, precisa apenas digitar os dados na página de checkout (ou ativar o one-click) e pronto. Outra vantagem do “dinheiro plástico” é a possibilidade do parcelamento, paixão do consumidor brasileiro.
A nova lei do boleto tende a reforçar a segurança para o cliente final e aumentar o custo ao lojista. O e-commerce, por isso, não deve abrir mão, em hipótese alguma, da forma de pagamento mais eficiente hoje em dia: o cartão de crédito – utilizado por mais de 71% da população nacional para pagamentos on-line.

(Fonte: Tom Canabarro é co-fundador da Konduto, sistema antifraude inovador e inteligente para barrar fraudes na internet sem prejudicar
a performance das lojas virtuais).

Laboratórios de varejo – um incentivo à inovação do segmento

Mauricio Andrade de Paula (*)

Os laboratórios de varejo, livre tradução para o termo em inglês retail labs, vêm ganhando espaço nos últimos tempos. Esta expressão tem sido usada para designar iniciativas e espaços que buscam a inovação nas operações do varejo, como unidades pensantes e idealizadoras de ações “fora da caixa”

Apesar de o termo trazer um ar de novidade e modernidade, esta prática não é tão nova assim no setor varejista. Quem está por dentro dos negócios do segmento sabe que as palavras transformação e inovação são consideradas seus principais pilares, sempre buscando novas alternativas para melhorar a experiência dos consumidores e criando níveis de excelência operacional.
Mas, o que muda com esta nova abordagem? O laboratório é onde se aprende errando. A operação dentro do varejo não permite erros: com um cenário tão competitivo, onde o lucro e as oportunidades estão nos pequenos detalhes, qualquer ponto fora da curva pode custar muito caro. No entanto, inovar e achar novas alternativas para uma operação não é tão simples assim.
Muitas vezes, uma novidade precisa de inúmeros ajustes, não sendo um sucesso de imediato. Contudo, com alguns reparos aqui e ali, ela pode gerar novas opções para o varejista. E é justamente esta a principal semelhança de um laboratório de varejo com um centro de pesquisa & desenvolvimento: a orientação para geração de experimentos controlados dentro desse ambiente, permitindo erros e acertos que aumentem o nível de conhecimento.
Vale ressaltar que os resultados serão analisados na prática. Além dessa liberdade, os laboratórios buscam aproximar os “profissionais-cientistas” do cotidiano do varejo, mantendo a blindagem para que eles não sejam sugados pelos desafios operacionais comuns ao dia a dia. Estes profissionais devem ser direcionados para novas descobertas e insights que realmente trarão benefícios quantificáveis ao setor.
Outra característica inerente a estes laboratórios diz respeito ao intercâmbio de profissionais inovadores. Em alguns casos implementados ao redor do mundo, estes espaços podem selecionar pessoas de diversos setores (marketing, operações, logística, comercial, etc.), que já fazem parte do quadro de colaboradores da empresa e têm em comum uma capacidade intraempreendedora aguçada para atuar como temporários em algum experimento em que seus conhecimentos, habilidades e atitude farão a diferença.
Depois de alcançado o objetivo, os especialistas voltam para as suas posições de origem com um novo papel: de embaixadores da mudança e líderes da implantação dessas novas formas de fazer negócios.
Em tempos em que a palavra terceirização está em evidência nos noticiários brasileiros, alguns varejistas nacionais já contam com a opção de terceirizar grande parte de seu laboratório a empresas como a Teradata, que possui especialistas da indústria, arquitetos de solução tecnológica e cientistas de dados que ajudarão nessa busca pela inovação no país.
O processo é praticamente o mesmo do feito em casa, mas, com um parceiro que irá fornecer acesso ao estado da arte em tecnologia, a especialidade em lidar com os dados e o conhecimento de mercado. A principal vantagem desta prática é a flexibilidade, uma vez que um laboratório não irá fabricar inovações diariamente, já que depende de todo um processo de pesquisa, análise e testes.
Além da diminuição do custo, a terceirização de um laboratório de varejo pode ser ainda mais positiva quando somada à experiência do parceiro, que pode usar benchmarks internacionais para direcionar e acelerar os resultados dentro de um novo projeto.
Assim, varejistas que têm processos já em andamento e estão em plena corrida pela inovação – que representa um experimento com escopo definido – conseguem realizá-los em um período de seis a dez semanas, tempo rápido quando comparado às abordagens tradicionais.
Cabe lembrar que as descobertas não representam coisas ligadas à tecnologia, mas sim a detalhes do comportamento do consumidor, da operação das lojas e resultados das iniciativas promocionais, entre outras questões. Os insights encontrados devem ser rapidamente transformados em ações práticas que irão gerar novas informações para novas análises e novos ajustes de rota – é um ciclo contínuo. Acredite naquilo que os seus dados revelarem e transforme essas respostas em missões críticas para o sucesso.

(*) É diretor vogal do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (IBEVAR) & Consultor de Negócios Sênior em Análise Avançada de Dados e Big Data para a Indústria de Varejo na América Latina da Teradata.