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Tecnologia 23/06/2015

em Tecnologia
segunda-feira, 22 de junho de 2015

Crise política, crise econômica, e-commerce sem lucro! E agora, o que fazer?

Em 2010, eu estava saindo de um almoço no bairro de Vila Olimpia, em São Paulo, e acabei escutando a conversa de dois rapazes na minha frente. “Cara, já sei como ficar rico!”, disse um. O amigo respondeu: “Como!? Me explica!”. Eis que o primeiro esclareceu: “É simples! Eu vou pegar R$ 40 mil e comprarei tudo em capinhas de celular da China para vender na internet. Vou transformar esses R$ 40 mil em R$ 100 mil rapidamente. Aí compro os R$ 100 mil em mais capinhas! Fiz as contas. Em dois anos, vou faturar R$ 5 milhões por mês”. Incrédulo, o colega ouvinte perguntou: “Mas, tão fácil assim?” E a resposta foi simples: “É assim mesmo. Você não ouviu falar sobre a Netshoes?”

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Rafael Campos (*)

Pois é meu amigo. Não era tão fácil assim. Em 2012, por exemplo, a Netshoes já publicava prejuízo. Em 2014, o cenário se manteve. A B2W também, ano pós ano, obtinha resultados negativos. Entre os pequenos, o cenário também não parece ser bom. Mais de 40% das empresas quebram no primeiro ano de vida no mundo on-line.

E agora, em 2015, o cenário econômico do Brasil mostra sinais de recuo. Algumas lojas virtuais que antes cresciam 20% ao ano, no primeiro trimestre diminuíram 3% a sua margem de crescimento. As lojas virtuais avançam, mas muito abaixo do esperado. Porém, em meio a tantos problemas, o que fazer? Sentaremos e esperaremos tudo isso passar ou teremos que nos reinventar para descobrir quais caminhos alternativos existem?

Não precisamos ser gênios. Não precisamos ir muito longe. No começo do ano aconteceu um dos principais eventos de varejo do mundo, a NRF. Todos que tiveram a oportunidade de participar ou analisar o conteúdo perceberam que o e-commerce como conhecemos, acabou. Sobreviverá aquela loja que encaixar sua estratégia digital dentro da companhia. O caminho será mais rentável e lucrativo para as empresas que possuírem lojas físicas e integrarem de maneira coerente os canais.

E aí vem a pergunta: Qual é a estratégia digital do seu canal on-line dentro da empresa? Quais iniciativas de omnichannel você utiliza? Abaixo vamos analisar seis fatores que podem ajudar a sua loja a aumentar a receita ou diminuir os custos operacionais:
1. Captura de clientes de loja física: imagine um cenário no qual sua loja virtual gaste de 8% a 10% do faturamento em mídia on-line. Se o seu ticket médio de um pedido é de R$ 400 reais, isso significa que você gasta entre R$ 32 e R$ 40 reais para gerar uma compra. Por isso, crie políticas para que a vendedora da loja física, ao capturar o e-mail de um cliente dos estabelecimentos, ganhe um bônus. Se ele for abaixo dos R$ 32 reais, o seu canal on-line acabou de descobrir uma forma mais rentável de conseguir novos clientes.
2. Incentive os vendedores de loja física a receberem os clientes on-line: a Macy’s, uma das principais empresas multi-departamento dos EUA, publicou que a cada dólar gasto na loja virtual, outros US$ 5,77 eram gastos nos próximos 10 dias em alguma das lojas físicas do grupo. Ah! E esse estudo foi em 2010. Aqui no Brasil, uma loja de joias, com apenas cinco lojas físicas no centro de São Paulo, percebeu que o faturamento do mundo off-line aumentava de um para dois em relação ao digital. Ou seja, se a empresa faturasse R$ 100 mil no digital, o físico aumentava o faturamento em R$ 50 mil.
3. Visão unificada dos canais de marketing: Recentemente, uma renomada empresa de moda do Brasil com mais de 400 lojas físicas unificou seus esforços de mídia. O que era publicado na televisão, nas revistas, nas sacolas dos estabelecimentos, entre outros, passou a ser direcionado para o canal on-line. Rapidamente, o faturamento on-line dessa empresa quase triplicou, sem nenhum aumento de custo de mídia, somente uma realocação mais inteligente nos canais de maior rentabilização. Outro caso, agora na visão aposta, aconteceu com uma empresa de material de construção que para cada real gasto em mídia com a loja virtual, gastava outros R$ 80,00 no mundo off-line. Dentro dessa empresa havia uma briga de egos tão grande que a área de marketing off-line não promovia o canal on-line. Na televisão, por exemplo, não havia nenhuma menção sequer de que havia uma loja virtual para consulta e compra.
4. Compre on-line e troque na loja física: o mundo da moda sofre bastante quando o assunto é custo de frete. Ainda mais nesse segmento em que a troca chega até 10% dos pedidos. Sendo assim, a melhor forma de diminuir esses custos é ofertando a troca na loja física. Mas será que o cliente só vai trocar esse produto? Será que ele não é um cliente da loja, que tem empatia pela marca e grande propensão em recomprar? Provavelmente o vendedor da loja física terá uma grande oportunidade em vender nos produtos.
5. Invista em sistemas e estratégias que incentivem a recompra: se o custo de um novo cliente (CPA) no Brasil é alto, aguarde os próximos capítulos. Nos EUA o custo chega a ser 3x maior que o nosso. E nesse momento, viver de aquisição de novos clientes é sustentável? Adote políticas de cross e up selling pós vendas. Incentive o cliente a recomprar na loja caso o tempo médio entre compras esteja acima da média dos seus clientes. Se sua loja é de sapatos femininos e o cliente não comprou nada em seis meses, tem algo de errado. Mas não é só no público feminino que isso acontece. Se seu estabelecimento é de suplementos alimentares e o cliente não comprou nada nos últimos seis meses, também há algo errado.
6. Tenha um sistema de Master Data Management (MDM): não existe o cliente online, o cliente do televendas, o cliente da loja física. Ele é unico e transita pelos canais. Para ir a uma reunião, eu preciso de um novo cinto. E agora? Preciso adquirir rapidamente esse produto. Agora, sou um cliente off-line. Agora está chegando o aniversário de um amigo meu, quero presenteá-lo com uma camisa, esse é meu momento de ser on-line. Tive um problema com minha internet, preciso saber qual a loja mais física para fazer uma troca, agora sou cliente do televendas e porque não ofertar um item que combina com o meu cinto que comprei anteriormente com um cupom de desconto de 5% no débito?
(*) É Sócio-Diretor de Key Accounts


MICROSTRATEGY 10 SECURE ENTERPRISE™

A MicroStrategy® Incorporated (Nasdaq: MSTR), líder mundial no fornecimento de plataformas de software empresarial, anuncia a disponibilidade de sua nova solução MicroStrategy 10 Secure Enterprise™. Pela primeira vez, a plataforma analítica da MicroStrategy combina as funcionalidades tradicionais do business intelligence com data discovery, mobilidade analítica e segurança corporativa robusta. A nova MicroStrategy 10 Secure Enterprise foi desenvolvida a partir das comprovadas funcionalidades corporativas da plataforma para o fornecimento de análises sofisticadas e de alto desempenho, de forma acessível, veloz e com facilidade. Para apresentar a MicroStrategy 10 Secure Enterprise™, a companhia está realizando o MicroStrategy 2015 Symposium Series. O ciclo de eventos, que teve início em Washington D.C, no dia 04 de junho, chega ao Brasil na primeira quinzena de agosto, ocasião em que clientes e parceiros terão a oportunidade de conhecer em primeira mão as poderosas funcionalidades da nova versão.
“A MicroStrategy 10 Secure Enterprise é uma solução inovadora que combina recursos analíticos, mobilidade e segurança em uma única e integrada plataforma”, diz Michael Saylor, CEO da MicroStrategy. “A plataforma integra marcantes funcionalidades corporativas por meio de uma interface intuitiva e com grande facilidade de utilização, que são poderosas o suficiente para atender as organizações mais exigentes e diferentes tipos de usuários. Estamos confiantes de que os líderes de negócios e de TI ficarão impressionados com a MicroStrategy 10TM e com sua capacidade de criar deslumbrantes novas aplicações, capazes de agregar grande valor para os negócios das empresas” (www.microstrategy.com).


Cinco dicas para usar com tranquilidade seu cartão na Internet

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Segundo a Pesquisa de Mídia Brasileira de 2015, encomendada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República e realizada pelo IBOPE para avaliar hábitos de consumo de mídia pela população brasileira, 48% dos cidadãos brasileiros acessam a Internet.
Da metade da população, 76% acessam a Internet todos os dias, mantendo-se conectada durante, aproximadamente, cinco horas diárias em dias de semana. No decorrer do final de semana o tempo médio que os brasileiros ficam conectados é de quatro horas e vinte minutos. Levando em consideração o grande número de web usuários nos dias de hoje, os consumidores ficam expostos a uma nova facilidade e conforto: comprar sem sair de casa.
Comprar pela Internet tem muitas vantagens, mas alguns riscos acompanham de perto os compradores virtuais. O especialista em segurança Túlio Spuri, da empresa Gerencianet, que oferece soluções em pagamentos, cita quais são as principais ameaças nas compras com cartão na Internet. “Algumas páginas fraudulentas divulgam promoções falsas. O consumidor menos atento que tentar realizar a compra pode ter o cartão clonado, além de não receber o produto pelo qual pagou”, explica.
Spuri traz cinco dicas de precauções importantes que devem ser tomadas antes de dar o clique final em sua compra com cartão pela Internet.
Em primeiro lugar manter o antivírus do computador sempre atualizado pode ser determinante para evitar que vírus infectem sua máquina e alterem dados cadastrais, senhas do banco, alteração de boletos, etc. Geralmente os antivírus gratuitos não oferecem uma cobertura total, podendo deixar o PC vulnerável e desprotegido. Por isso, se a intenção é realizar compras online, invista em pacotes que vão além da proteção básica.
Em segundo lugar não preencha nunca campos que pedem a senha do seu cartão. Em compras online as lojas virtuais sérias solicitam quatro informações básicas do comprador: nome do titular, número e data de vencimento do cartão e código de segurança, os três números localizados no verso do cartão.
Antes de comprar pesquise a reputação do site onde encontrou seu produto. Busque recomendações e converse com pessoas que já tenham comprado no site, certificando-se de que tudo tenha dado certo, desde o pagamento até a entrega do objeto. Além disso, existem sites que disponibilizam reclamações de consumidores insatisfeitos como o próprio Procon e o Reclame Aqui. Vale a pena fazer uma busca para verificar as ocorrências.
Para garantir que o site é idôneo atente-se para o certificado de segurança. Eles indicam que a plataforma de e-commerce passou por auditoria e é devidamente segura para manter as transações comerciais. Se no momento da compra o endereço na barra de navegação passa de http para https, significa que o site tem criptografia de dados, o que o torna seguro e confiável.
Sempre que possível, escolha a opção de pagamento por meio de um intermediador de pagamento. Além de oferecer segurança comprovada nas transações, essas empresas permitem que os usuários solicitem a devolução do dinheiro pago caso o produto comprado não seja entregue dentro do prazo ou contenha algum defeito. Essas orientações podem evitar danos, alterações sem autorização e, inclusive, a clonagem do seu cartão em compras online.

Como fazer um aplicativo para um smartphone em 45 minutos?

Marcos Crispino (*)

Em 2014, a venda de aplicativos representou 25% dos negócios de mobilidade, conforme o relatório da VisionMobile, enquanto 75% do negócio foi gerado pela venda de dispositivos

O número tende a subir até 33% em 2016 e para 2017 espera-se que 270 bilhões de downloads de apps no mundo sejam realizados, segundo a consultoria Gartner. O mercado deverá movimentar 85 bilhões de dólares no mundo e em torno de um milhão de empregos deverão ser gerados.
O uso de smartphones, tablets e dispositivos wearables promete continuar se expandindo. A importância não está no aparelho em si, mas nas coisas que somos capazes de fazer através da tecnologia. E aqui, o software, e mais concretamente os app móveis, são os grandes protagonistas.
Porém, é possível criar um aplicativo móvel offline para iOS em 45 minutos? Diferente de o que a maioria acredita não são necessários estudos avançados em engenharia, pois existem muitas ferramentas de desenvolvimento de aplicativos tão simples que qualquer um pode aprender a usá-las em um curto prazo. Reconheço que o título do texto é um pouco tendencioso, mas o que afirma é verdade. É possível criar um app e instalá-lo em um smartphone em 45 minutos, desde a ideia até sua execução. Minha experiência se baseia em uma necessidade pessoal e o aplicativo é muito simples, e útil para demonstrar como uma tecnologia que simplifica um processo te permite resolver desenvolvimentos rapidamente.
Problema: preciso de um app simples
Eu precisava de anotações para uma apresentação que faria sem PPTs. Para não me esquecer de nada, poderia ter baixado qualquer app, mas em vez disso, me ocorreu fazê-lo eu mesmo. Trabalhando com GeneXus, entendi a simplicidade de seu uso, o que me animou a usar a ferramenta.
O aplicativo é muito simples e apresenta dois formatos de texto: Apresentações e Notas. O primeiro tem um título, e o segundo têm um título e uma descrição. A tela “modo apresentação”, permite escolher a palestra que farei. As notas são exibidas em um Paged Grid com o título em tamanho grande e a descrição no rodapé. Para passar de uma nota à outra, deslizamos o dedo.
Outro ponto que o caracteriza é que se trata de um app 100% offline.
Como criá-lo em 45 minutos?
Com GeneXus, é possível fazer isto em 4 passos.
1) Definir o design. Pode ser encarado de duas formas: modelo de dados ou user Experience (UX). Neste caso, era mais importante o modelo de dados que a UX, porque o uso era pessoal, portanto, não precisava que fosse intuitivo nem tão bonito. Para a grande maioria dos aplicativos, é melhor começar com a UX e a partir daí fazer a modelagem de dados.
2) Definir estrutura de desenvolvimento. Definir as transações em GeneXus e as telas necessárias. Neste app foram duas telas e duas transações.
3) Testing. Testar o aplicativo antes de publicá-lo é imprescindível; e testar com várias pessoas, sempre que for para outros usuários.
4) Publicar na loja on-line!
Para a realização é preciso considerar, por exemplo, que GeneXus permite desenvolver o aplicativo SD e o “back end” usando o mesmo modelo de dados e a mesma linguagem de programação, facilmente portável entre as plataformas iOS, Android e Windows Phone.
Casos como este demonstram que não é preciso ser um especialista e nem é preciso meses de planejamento e desenvolvimento, basta ter conhecimentos prévios para desenvolver um aplicativo móvel. Com uma boa ideia ou uma necessidade e a decisão de executá-la, podemos resolver o problema em menos de uma hora. Isso permite com que olhemos o desenvolvimento mobile de outro modo.

(*) É engenheiro de computação e desenvolvedor de software da GeneXus International – empresa que desenvolve GeneXus – ferramenta de desenvolvimento de sistemas que permite criar aplicativos para as linguagens e plataformas mais populares do mercado, sem necessidade de programar.