Machine learning e Inteligência Artificial estão na nova geração de BIA tecnologia da informação está evoluindo em uma velocidade surpreendente. Com isso, temos cada vez mais dados captáveis e disponíveis para analisar o mercado e desenvolver estratégias para o nosso negócio. E o Business Intelligence (BI) também passa por essa transformação Se antes a questão era conseguir reunir e analisar a maior quantidade de dados possíveis para realizar os melhores insights, hoje a questão já é como fazer a máquina trabalhar ao nosso favor, aprendendo com nossas tendências de uso e apresentando dashboards que nós, humanos, talvez nunca teríamos criado sozinhos. O machine learning é uma realidade e já vem sendo aplicado em diversas soluções de Inteligência Artificial (IA), como nos assistentes virtuais de atendimento ao cliente, por exemplo. A IA recebe uma série de comandos e programações, mas seu principal atributo é conseguir aprender a cada atendimento realizado. Ele compara tendências, reúne informações e vai alinhando suas ações de acordo o que lhe garante a maior quantidade de acertos, que no caso é a satisfação do cliente bem atendido. E essa inteligência também é aplicável ao BI. Os algoritmos podem ajudar a criar novos dashboards, mais inteligentes, capazes de criar correlações que dificilmente um humano sozinho poderia perceber. Por exemplo: digamos que você seja proprietário de uma série de lojas em todo o Brasil. As taxas de vendas estão indo bem, com todos os gráficos em crescimento. Mas você sabe, principalmente pelo relato de seus gerentes, que as lojas localizadas no Nordeste estão apresentando uma leve baixa nas vendas. Não é um número significativo, que vá alterar seus gráficos no dashboard, porém já pode sim servir de alerta para tomar alguma atitude preventiva. Com o novo BI, é possível criar relações entre os diversos fatores referentes especificamente a essa região e relacioná-los aos números de vendas. A possibilidade de você encontrar uma correlação que está correta, mas que você nunca havia pensado é muito grande. Trabalhar de modo preventivo, aliás, é a grande tendência para a nova geração de BI. A análise preditiva de dados se torna possível a partir do momento em que o machine learning e a inteligência artificial já se desenvolveram e passam a saber quais são os principais pontos exigidos para o sucesso daquela operação, quais são os tipos de informações que estão disponíveis e como tudo está relacionado. Os dashboards utilizados servem para oferecer ideias e panoramas para os profissionais, mas a forma como os dados captados estão sendo utilizados irá automaticamente ensinar à máquina que tipo de previsão ela precisa começar a realizar e, com isso, criar um novo dashboard. Além de criar conexões difíceis de serem pensadas em um primeiro momento, o BI irá atuar com a análise preditiva, mostrando dados e tendências para o futuro, mas totalmente apoiado em sólida informação. Segundo uma previsão do Gartner, até 2020 a análise preditiva e descritiva (dados atuais sendo utilizados para tomar uma decisão imediata) deve atrair 40% dos investimentos das companhias relacionadas a BI e Analytics. Este é um mercado em franca expansão. Com estes dados, seria possível ter um controle cada vez maior das operações e oferecer para o cliente uma experiência totalmente personalizada. A análise de comportamento também aparece como a próxima fronteira para o novo BI. Apesar de já termos vários dados de comportamento sendo analisados pelas empresas atuais, mas elas ainda aparecem muito atreladas à dados de vendas, sendo percebidos como “mais um número” no dashboard. Mas a análise de comportamento (ou behavior analytics) será o ponto chave para comunicação e relacionamento com o cliente do futuro. Mais do que saber que o tempo irá esfriar em junho, por isso você conseguirá vender mais casacos, você terá dados prevendo e comprovando como estará o comportamento do seu consumidor naquele período do ano. Assim, será capaz de oferecer uma experiência personalizada e o produto exato para atender suas necessidades. Captar dados e organizar dashboards por comportamento será algo corriqueiro em um futuro próximo. Com a evolução do Business Intelligence (BI), o acesso mobile já é uma realidade. Grandes empresários não podem ficar restritos ao seu local de trabalho, por isso a organização de dados na nuvem e o acesso remoto se fazem imprescindíveis. Mas vejo a facilidade de acesso a esses dados como mais um dos próximos passos para a evolução do BI. Você não precisará acessar um painel para conseguir aquele dado que pode salvar a sua reunião, você poderá simplesmente perguntar para o seu assistente virtual. O uso de voz para acessar dados do BI tornará as operações ainda mais dinâmicas, pois você terá a informação exata a qualquer momento. Para isso, devemos continuar investindo no machine learning e desenvolvendo uma IA específica para essa função. Dados são responsáveis por todas as grandes decisões do mercado atual. Mas na nova geração do Business Intelligence, vamos elevar isso a uma potência nunca vista. Teremos o poder de prever comportamentos, analisar dados com dashboards inéditos e realizar consultas apenas fazendo uma pergunta ao nosso smartphone. O BI estará cada vez mais inteligente e muito mais presente na rotina das organizações. (*) É diretor geral da W5 Solutions, empresa brasileira que desenvolve soluções para prefeituras, Business Intelligence (BI) e aplicativo para pagamento móvel. Mais informações no site: http://www.w5solutions.com.br/tda/ | Esclarecimento sobre os novos caminhos na Lei de InformáticaLuiz Mariano (*) No dia 08 de dezembro foi publicada a MP 810 – uma Medida Provisória há muito tempo esperada por todo o Setor, que trouxe novidades importante na Lei de Informática Trata-se de um avanço que era urgente, a ser celebrado, com destaque para: Porém, o ponto mais importante que não foi tocado na presente MP é a questão do Contencioso com a União Européia e Japão junto à Organização Mundial do Comércio, relativo ao suposto descumprimento de acordos internacionais de livre comércio por parte do modelo de incentivos à P&D previsto na Lei de Informática. (*) É Coordenador de Inovação da Assespro – Federação das Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação. |
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