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Tecnologia 19/10/2016

em Tecnologia
terça-feira, 18 de outubro de 2016
geracao-Y temproario

Jovens da geração Y devem mesmo investir no empreendedorismo?

Geração Y, Milleniun ou ainda On Demand. Tantos nomes tentam nos definir, mas, na realidade, somos apenas jovens por volta dos 30 e poucos anos em busca de mais satisfação e equilíbrio entre nossas experiências profissionais e pessoais. Simples assim. E, por isso mesmo, sentimos um extremo desconforto em atuar nos moldes tradicionais de trabalho. Não é à toa que queremos empreender, criar nosso emprego dos sonhos

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Antônio Ricardo Mesquita (*)

Só que esse desejo não é meu, nem seu, mas de milhares de pessoas. Para se ter uma ideia, segundo uma pesquisa realizada pela Accenture, apenas 15% dos graduados entrevistados aspiravam trabalhar para grandes empresas. Em um estudo anterior, realizado pela americana Bentley University, 67% dos Millenials queriam trabalhar para si próprios.

Essa aspiração se deve muito aos valores que consideramos como fundamentais para uma vida bem sucedida, como a independência, a inovação e o reconhecimento. Contudo, é preciso cuidado. Falo por experiência própria. Assim como você, também estava em busca de um propósito pelo qual pudesse me dedicar. Tive todo o respaldo da minha família, modernizando um negócio já consolidado, mas ainda pequeno. Transformei amigos em sócios e coloquei a mão na massa. Sim, hoje, me considero bem sucedido, apesar de ainda ter muitos sonhos para correr atrás. Mas, uma coisa eu te garanto: não foi fácil. E quem disse que seria?

Prova disso é o número de empresas que fecham antes de completarem cinco anos. Segundo a última pesquisa de Demografia das Empresas, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2014, mas só liberada agora, de cada dez empresas, seis não sobrevivem após cinco anos de atividade. Imagine você o quanto esse número não deve ter crescido com a recessão econômica em que estamos vivendo.
Por isso, se eu pudesse te dar um conselho, diria para você investir em uma marca já consolidada no mercado. Uma boa maneira de fazer isso é através de redes de franquias. Sem dúvida, um dos melhores caminhos para quem busca ter um negócio próprio, mas sem correr grandes riscos.

E, diferentemente de antes, hoje as franquias são muito mais receptivas e colaborativas. Aquele modelo engessado, onde o franqueador mandava e o franqueado simplesmente obedecia parece estar caindo em desuso. Cada vez mais, os franqueadores estão abertos a ouvir o que os seus franqueados tem a dizer. Eles aceitam testar novos produtos, promoções e uma série de outras experiências locais que podem ser levadas para toda a rede depois de aprovadas.

Boas opções não faltam, afinal, são mais de 3 mil marcas aguardando ansiosamente pelo seu investimento. Mas, para que essa escolha seja acertada, é extremamente importante que você aposte em um segmento em que realmente tenha afinidade. Vale a pena considerar também se o franqueador possui unidades próprias. Isso garante que ele tenha conhecimento e vivência na prática sobre os principais desafios do seu modelo de negócio.

Por fim, de nada adianta você escolher uma rede que fatura milhões se ela não te der prazer e satisfação. Antes de investir numa marca, é preciso cruzar as suas preferências e valores com os da marca em questão. Você precisa se imaginar e desejar atuar naquela empresa, no dia a dia da operação. Afinal, mais do que um rendimento e um meio de ganhar dinheiro, a nossa geração precisa de um bom motivo para sair da cama todos os dias. A gente precisa acreditar no que está fazendo!

(*) É sócio fundador da Sucão, franquia de alimentação saudável que se destaca no mercado Fast and Healthy Food.

Symantec identifica novo Trojan em ataques

Desde janeiro deste ano, organizações financeiras em todo o mundo vêm sendo alvo de ataques do malware conhecido como Trojan.Odinaff. Os ataques são discretos e parecem estar extremamente focados em organizações que operam nos setores bancário, de valores mobiliários, de negociação e folha de pagamento. Organizações que prestam serviços a essas indústrias também são de interesse dos ciberatacantes.
O Odinaff é comumente usado no primeiro estágio do ataque, para marcar uma posição na rede e, em seguida, instalar ferramentas adicionais no sistema invadido. Estas ferramentas têm características de um ataque sofisticado, que vem atormentado a indústria financeira. Os ataques requerem operações complexas, como a implantação metódica de uma série de back doors leves e com o propósito de construir ferramentas para os computadores de interesse específico.
Estima-se que o investimento para coordenação, desenvolvimento, implantação e operação dessas ferramentas durante os ataques seja bastante alto, pois os atacantes utilizam malwares customizados, construídos propositadamente para comunicações furtivas (Backdoor.Batel), descoberta de rede, roubo de credenciais e monitoração das atividades de funcionários. Embora seja difícil de executar, esse tipo de ataque a bancos pode ser altamente lucrativo, chegando a centenas de milhões de dólares.

Abra os olhos: a TI está em todos os lugares

Leon Adato (*)

O local de trabalho de hoje está quase irreconhecível comparado ao de uma década atrás

Os trabalhadores trocaram os computadores desktop e as linhas fixas por notebooks conectados a VPN e smartphones e o expediente convencional por horários flexíveis e teletrabalho. Como resultado, o aspecto da TI e o papel do profissional de TI também mudaram drasticamente. Esses novos dispositivos, junto com a nuvem, estão permitindo uma nova forma de trabalhar tornando a TI a cola invisível que une os negócios.
Está comprovado que essa nova forma de trabalhar, que depende tanto da tecnologia, aumenta a produtividade e a lucratividade. Isso significa que o desempenho dos negócios, hoje mais do que nunca, sustenta-se em nós, os profissionais de TI. À medida que os negócios lutam para atender às demandas da força de trabalho moderna, somos forçados a expandir além da zona de conforto dos dispositivos da empresa e da tecnologia local. Em resumo, como hoje o trabalho é realizado em todos os lugares, a TI está em todos os lugares. E é hora de o mundo abrir os olhos para o papel que desempenhamos em tudo isso.

Mudanças do local de trabalho significam mudanças da TI
Os locais de trabalho de hoje são mais flexíveis que nunca, pois as gerações mais novas de trabalhadores demandam um maior equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal, e cabe a nós fornecer a tecnologia mais recente que torna isso possível. Na verdade, para atrair e reter os melhores talentos, 80% das empresas globalmente introduziram algum tipo de política de trabalho flexível, permitindo que os funcionários variem os horários e trabalhem remotamente.
Como os limites entre o trabalho e a vida pessoal se tornam cada vez mais difíceis de distinguir, hoje desempenhamos um papel essencial em garantir que os dois se combinem perfeitamente. Na verdade, embora o trabalho flexível e móvel seja um grande benefício para os funcionários, ele está impondo maior demanda sobre nós, profissionais de TI, para gerenciar uma tecnologia que está fora de nosso escopo de controle tradicional. Esperam que sejamos capazes de garantir o desempenho não só dos dispositivos de usuário final de propriedade da empresa e de outras tecnologias (bem como da infraestrutura no local), mas também de tecnologias que não são de nossa propriedade, como dispositivos pessoais dos usuários conectados a redes corporativas junto com aplicativos SaaS e redes de provedores de serviço na nuvem em que eles estão baseados.

Mais dispositivos e aplicativos, mais problemas
Para comprovar isso, a SolarWinds conduziu recentemente uma pesquisa com quase 500 funcionários usuários finais de tecnologia (não profissionais de TI) no Brasil. Os resultados não são surpreendentes se você está envolvido em TI há mais de 15 minutos. Cada vez mais, os usuários finais estão conectando dispositivos a redes corporativas, incluindo seus dispositivos pessoais. Na verdade, 57% dos funcionários brasileiros empregados conectam mais dispositivos eletrônicos de propriedade pessoal às redes de seus empregadores do que há 10 anos, em uma média aproximada de três dispositivos de propriedade pessoal por usuário. Não apenas isso, mas a maioria (76%) dos que responderam à pesquisa informou que espera de nós o mesmo nível de suporte para os dispositivos de propriedade pessoal que o oferecido aos equipamentos de propriedade da empresa.
Além da avalanche de dispositivos com suporte esperado, uma ampla variedade de aplicativos empresariais com base na nuvem está agora sendo usada por negócios de todos os tipos. Na verdade, a maioria (82%) dos usuários finais que entrevistamos disse que usa aplicativos baseados na nuvem durante o trabalho. Mais uma vez, apesar do fato de que muitas vezes esses aplicativos não são de nossa propriedade nem haja tradicionalmente muita visibilidade (se houve alguma) de seus gargalos de desempenho, os usuários esperam que ofereçamos suporte a eles como se houvesse. 87% disseram que esperam que asseguremos o desempenho de qualquer aplicativo baseado na nuvem usado no trabalho, com 56% chegando a dizer que é nossa culpa se eles não funcionarem conforme o esperado.
E além da nuvem, mais de três quartos (77%) dos usuários finais que entrevistamos disse que usa regularmente aplicativos relacionados ao trabalho fora do escritório, com 72% dizendo que espera que esses aplicativos tenham desempenho igual e recebam o mesmo suporte que receberiam se estivessem sendo usados no escritório, apesar, é claro, do fato de que há muitos outros fatores completamente fora do nosso controle que afetam o desempenho da tecnologia quando os usuários finais trabalham remotamente.
Mas nem tudo é ruim — essa maior responsabilidade está levando a uma grande expansão da demanda por profissionais de TI qualificados, mesmo quando muitos outros setores continuam a ter dificuldades em meio à crise econômica no Brasil. Portanto, embora as demandas impostas sobre nós são sejam sempre agradáveis, elas certamente ajudam a garantir a segurança do trabalho e um futuro brilhante.

Uma ode ao profissional de TI moderno
Você e eu sabemos que a TI é muitas vezes uma tarefa ingrata (e até invisível): administramos a tecnologia usada no mundo inteiro, mas geralmente o fazemos nos bastidores e só nos tornamos visíveis para os usuários finais quando surgem problemas. Entretanto, à medida que o mundo confia cada vez mais em tecnologia para cada aspecto dos negócios, temos a oportunidade de sair das sombras de nossos racks de servidor e nos tornarmos mais do que apenas “consertadores”. Temos a oportunidade de nos tornamos conselheiros estratégicos de negócios.
Cabe a nós aproveitar essa oportunidade. Mas obter o reconhecimento que merecemos por tudo que já fazemos não deveria ser nossa responsabilidade exclusiva. Todos os dias, nós, profissionais de TI, fazemos as coisas funcionarem. Em um pequeno sinal de reconhecimento por esse esforço e para ajudar a garantir, mesmo que seja de um modo mínimo, que os profissionais de TI em todos os lugares obtenham o crédito merecido, existe o Dia do Profissional de TI no Brasil.
Comemoramos o Dia do Profissional de TI em 19 de outubro. Um dia que celebra todos os profissionais de TI, seja qual for a disciplina. Portanto, não importa que tipo de profissional de TI você seja, comemore, relaxe por um momento, ciente de que a TI está realmente em todos os lugares, e você e eu somos aqueles que a fazem acontecer.
E de um profissional de TI para outro, eu gostaria de ser o primeiro a desejar a você um feliz Dia do Profissional de TI!

(*) É gerente técnico da SolarWinds.