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Tecnologia 18/08/2017

em Tecnologia
quinta-feira, 17 de agosto de 2017
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Um novo mercado de computadores

O mercado de desktops e notebooks vive nos últimos anos um período de poucos holofotes. A proliferação de smartphones, compactos e com múltiplas funções, fez com que os computadores dividissem o reinado absoluto que tinham no mercado de tecnologia em termos de novidade e inovação

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Francisco Ferreira (*)

Isso significa que os smartphones estão mais avançados que desktops e notebooks atuais? De maneira alguma! Sabemos que a tecnologia vem se aprimorando a cada dia não só nos dispositivos móveis e que muitas das nossas tarefas atuais – em especial no segmento corporativo – não podem se limitar ao uso dos smartphones.

Nessa nova jornada dos PCs e notebooks no mercado atual, os fabricantes estão trazendo novidades que satisfazem e antecipam as demandas do mercado em termos de novas tecnologias de memória, velocidade e alcance do Bluetooth, design do teclado, assistentes virtuais e capacidade gráfica da tela, por exemplo, tornando os produtos ainda mais eficientes e competitivos.

Uma pesquisa recente prevê que o Brasil deva ter um computador para cada habitante entre 2020 e 2022, quando o número será de 210 milhões de computadores. Hoje, eles estão com 80% dos brasileiros. A utilização de computadores no País ainda fica muito abaixo do que ocorre nos Estados Unidos, que chega a 151% em relação ao número de habitantes.

Atualmente, temos 162,8 milhões de notebooks, tablets e desktops no Brasil, um crescimento de 5% na base instalada com relação ao levantamento de 2015. Até o final do ano, serão 166 milhões de computadores em uso – número que inclui cerca de 33 milhões de tablets.

Além disso, houve uma queda no dólar e, com isso, estima-se que o preço médio dos computadores registrado em 2016 teve diminuição de 22%. Como consequência, no primeiro semestre de 2017, esses pontos se refletiram nas vendas de PCs com uma recuperação de aproximadamente 5% em relação aos anos anteriores. A taxa é pequena, porém expressiva diante do mercado como um todo.

Há ainda quem diga que os PCs e notebooks vão sumir em breve. Eu não acredito nisso. Quando a TV foi lançada, na primeira metade do século passado, acharam que o rádio deixaria de existir. Hoje, vemos que ambos convivem bem. Há espaço para todos e o mercado de computadores mantém seu potencial.

A utilização de notebooks deve seguir forte. No mercado corporativo, muitos colaboradores já trabalham em modelo home office, que demanda dispositivos de alta capacidade. Em comparação com um smartphone de alta tecnologia, por exemplo, a compra de um notebook ou PC se mantém essencial.

A adoção dos computadores nas residências do Brasil também tem potencial de progresso com produtos que se encaixam com mais precisão às necessidades do consumidor final. Por exemplo, jogadores de games precisam de máquinas com memórias que suportem o peso dos jogos e que tenham telas com maior capacidade gráfica, entre outros diferenciais. O mercado de games segue em constante crescimento (aumentou 8,5% de 2015 para 2016, com faturamento global de US$ 99,6 bilhões) e os computadores representam a maior fatia (32%) desse setor.

Com tecnologias cada vez mais inovadoras e com potencial de crescimento nos segmentos pessoal e corporativo, enxergo um futuro promissor. Dispositivos móveis, desktops e notebooks continuarão a fazer parte do nosso dia a dia. A escolha de compra entre eles depende da necessidade e pretensão do usuário. O ponto crucial desse mercado é que fabricantes de notebooks e desktops mantenham seus papéis de protagonistas dos mercados de tecnologia de ponta e de inovação.

(*)É diretor de Varejo da DATEN.

A nova plataforma da Uber para Empresas

Nós construímos a plataforma Uber para Empresas para ajudar organizações a melhorar o modo como elas locomovem as pessoas que mais importam para elas. Quando começamos, nosso foco era a eficiência das viagens de negócios, por meio de funcionalidades como faturamento mensal e relatórios customizáveis, mas não demorou muito para percebermos que as empresas precisavam da Uber para muito mais. Seja para ajudar na segurança de seus funcionários quando vão embora do trabalho tarde da noite, oferecendo vantagens para um deslocamento eficiente, ou seja para criar experiências de “primeira classe” para recrutadores. Nossos clientes estavam nos pedindo para resolver algumas de suas necessidades comerciais mais importantes.

É por isso que hoje apresentamos a nova versão da Uber para Empresas, voltada para facilitar que organizações administrem tudo o que precisam fazer com a Uber. Com nossos primeiros clientes em mente, a nova Uber para Empresas vem com novas ferramentas com a simplicidade e a mágica que tornou a Uber o que é hoje.
O que isso significa para as empresas? Significa economia de custos, pois podem garantir que os colaboradores só farão viagens de acordo com a política definida pela empresa. Visite Uber.com/empresas para saber mais sobre como você pode construir um programa de viagens para sua empresa!


Manual do Data Center 2.0: velocidade, gestão e controle

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A crescente demanda de clientes e usuários, novos tipos de cargas de trabalho regados a bilhões de compartilhamentos diários e tecnologias como Analytics e IoT exigem mais dos data centers. Com toda essa seara, o digital quebrou paradigmas, transformou hábitos e modelos de negócios, chegando no mercado de data center. Para atender às exigências desta nova era, às empresas precisam rever os perfis de atuação dos seus centros de dados, estando alinhadas com essa revolução tecnológica.
A tendência para as empresas é fornecer um nível de serviço ligado à necessidade do negócio do cliente, além de um consumo responsável e assertivo dos recursos computacionais. Primeiramente, o data center da era digital tem que atender três princípios básicos. Ele precisa ser ágil, dinâmico e integrado, sem esquecer de desafiar o tradicional, de alocar recursos suficientes e estar preparado para correr riscos maiores, já que vivenciamos tempos perigosos de WannaCry e Petya.
A estratégia de infraestrutura deve ser orientada ao negócio e não mais à tecnologia. Hoje, cada vez mais as áreas de negócio e as aplicações se utilizam de metodologias ágeis, antecipando lançamentos de produtos. Para se ter uma ideia, há dois anos, por exemplo, um novo release de software demorava em média seis meses para ficar pronto, hoje este lançamento pode ser diário. De acordo com a Cisco, até 2019 serão trafegados mais 12 zettabytes nos data centers do mundo inteiro, algo relacionado a uma taxa de crescimento de 27% entre 2015 e 2020, ocasionados, principalmente, pelo advento de novas conceitos como o IoT e o Big Data.
Como nem só de teorias vive o mundo da TI, a empresa precisa aliar a sua estratégia, ao menos, quatro tecnologias vitais e de ponta para ter um data center da era digital. O primeiro é o Software Defined Datacenter. Por meio das camadas de gestão e automação, é possível criar um único painel de gerenciamento, que permite centralizar e simplificar o controle de sua infraestrutura, não importando o tipo de hardware que está sendo utilizado, seja servidor, storage ou redes, ou a espécie de nuvem definida.
Com a tendência da descentralização do processamento, a integração se torna vital para conseguir a informação de forma rápida e consistente. Por isso, as arquiteturas devem ser orientadas ao modelo de negócio da empresas. Neste sentido, o “White/brite-box devices” ganha forte presença no mercado devido aos grandes players de cloud e deve estar em qualquer desenho de arquitetura de data center na era digital.
A outra tendência é Infraestrutura Hyper-convergente. Nela as organizações tem a infraestrutura de virtualização, servidores, storage e redes fáceis de gerenciar e totalmente escaláveis. Ótima para grandes varejistas que duplicam as suas demandas em períodos sazonais, como o Natal, por exemplo. Já containers e orquestração surgem como a quarta tecnologia vital. Produtos como dockers, jenkins, github, saltkstack, kubernets, puppet e outros permitem trabalhar com os workloads do seu data center de forma híbrida e automatizada.
Vale ressaltar que contar com um serviço de monitoração end-to-end de todo processo e ter a capacidade de reagir em casos de incidentes também são fatores essenciais para o sucesso de sua estratégia de Data Center 2.0. Serviços para gerenciamento de orquestração e automatização aliados às melhores tecnologias são vitais para análise e gestão adequadas de todo data center automatizado, com o objetivo de entregar ao cliente a velocidade exigida, sem perder a gestão e o controle.

(Fonte: Bruno Faustino é diretor de Data Center e Cloud Computing da SONDA, maior companhia latino-americana de soluções e serviços de tecnologia).

Os pilares para um efetivo programa de prevenção à fraudes

Eduardo Person Pardini (*)

Todas as organizações, sejam públicas ou privadas, estão expostas às ocorrências de fraudes em suas operações. Precisamos entender que a fraude é todo ato ou omissão intencional desenhado para enganar, gerando um prejuízo para uma pessoa ou uma empresa ou proporcionando um ganho, de forma irregular, para perpetrador

A fraude pode ser realizada pela empresa, para ganhar um projeto ou licitação ou por um indivíduo, para ganhos próprios em detrimento de outros, como, por exemplo, a inclusão de uma despesa não realizada no relatório de reembolso de despesas. É impossível eliminar o risco de fraude em uma corporação, contudo, é possível mitigar este risco através de um processo robusto de sensibilização, identificação e prevenção de atos de fraude.
Antes de qualquer coisa, as empresas, através de seus gestores, devem ter consciência de que o risco existe. Infelizmente, por mais incrível que possa parecer, alguns gestores ainda não acreditam que possam ser alvo de um evento de fraude. Quando trato deste tema nas corporações é comum ouvir que nunca aconteceu ou que as pessoas são de confiança, que não existe este risco e etc., até o dia que o evento se concretiza e vão culpar a sorte.
Todos dentro da organização são responsáveis pelo processo de prevenção da fraude, entretanto, a alta gestão é a responsável principal, pois, cabe a ela, o estabelecimento de um ambiente propício para a conscientização da importância do combate à fraude, fortalecendo sua cultura de gestão de riscos. A não existência do comprometimento com os valores éticos e nem com as melhores práticas de gestão, pela alta administração e seus executivos seniors, é o principal condutor de atividades ilícitas dentro da organização, como também, pela falta de fundamentos de governança efetivos e confiáveis.
É necessário que a organização tenha um programa robusto de prevenção e combate à fraude, que sensibilize todos os funcionários, prestadores de serviços, fornecedores e outras partes relacionadas quanto à: visão da empresa, processo de detecção e tratamento dos eventos relacionados às fraudes. Este programa deve ser fundamentado nos seguintes pilares:
Conscientização – É baseada na disseminação das políticas e programas de integridade através de reuniões periódicas, palestras, oficinas de trabalho e processo contínuo de e-learning. É de extrema importância que os gestores seniores sejam o exemplo de comportamento, esperado de todos os funcionários e partes relacionadas;
Detecção – Aqui reside a parte operacional que abrange o processo de avaliação da exposição e identificação das vulnerabilidades nos diversos fluxos de transação e negócios, gerenciamento do risco à fraude e monitoramento dos controles internos existentes como resposta ao risco de fraude. Um canal de denúncias independente e efetivo é parte integrante deste fundamento, lembrando que 48% das fraudes corporativas, globalmente falando, são detectadas através deste canal;
Tratamento – Deve ser claro para todos que compõem a organização como será o tratamento ao identificar uma fraude, incluindo as penalidades das quais o fraudador estará à mercê. Para o sucesso do programa de prevenção é inadmissível qualquer flexibilidade para os atos de fraude, lembrando que não existe fraude que deva ser deixada de lado por ser pequena ou imaterial. Todas devem ser punidas, de forma que a empresa deixe claro que não admite, em nenhuma hipótese, atos desta natureza.
Na grande maioria das vezes o fraudador esta dentro de casa, mas com o advento dos sistemas de processamento eletrônico e a convergência dos negócios para a plataforma digital e virtual, o fraudador também esta lá fora, do outro lado da conexão. Esta se tornando muito comum fraude realizada através de ciberataques. A fraude, para ocorrer, na maioria das vezes, apresenta três pontos básicos, o que denominamos como o triangulo da fraude: oportunidade, motivação e o racional.
Motivação e racional esta presente no fraudador, contudo a oportunidade é dada pela empresa, principalmente aquelas que não têm processo algum de prevenção, nem cultura para risco e nem comprometimento com os fundamentos de governança, risco e controles internos. É justamente neste ponto que um processo robusto de prevenção à fraude faz a diferença, reduzindo as oportunidades existentes para que o fraudador não se sinta motivado a perpetrar a fraude.
A organização, para a manutenção deste programa, deve contar com especialistas em controles internos para apoiar os gestores com suas responsabilidades de gerenciamento dos riscos e controles internos, incluindo a prevenção à fraude. Também deve ter uma auditoria interna proativa avaliando, de forma independente, o desempenho e conformidade dos diversos processos e fluxo de transação e negócio.
Para finalizar é fundamental que a organização, através de seus gestores, tenha consciência que gestão de riscos e controles internos é parte integrante para o sucesso da empresa, como também o sucesso de um efetivo programa de prevenção à fraude dependerá do total comprometimento de todos.

(*) É sócio principal, responsável pelos projetos de governança, gestão de riscos, controles internos e auditoria interna da Crossover Consulting & Auditing. É diretor executivo e instrutor certificado do Internal Control institute – chapter Brasil, palestrante e instrutor do IIA Brasil.