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Tecnologia 17 a 19/02/2018

em Tecnologia
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018
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Três motivos para que os CIOs considerem o GDPR enquanto o prazo se aproxima

Com o prazo de adaptação ao Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR – General Data Protection Regulation) da União Europeia chegando ao fim, os CIOs estão correndo para mitigar riscos de multa por não cumprirem com as exigências. GDPR é uma regulamentação que exige que as empresas protegam os dados pessoais e a privacidade dos cidadão europeus para todas as transações realizadas entre membros da União Europeia

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Aruna Ravichandran (*)

Este é um exercício tático necessário, mas os CIOs não devem pensar sobre o GDPR apenas por este viés. Na verdade, existem três razões importantes para que todos os CIOs vejam o GDPR também de forma estratégica.

Razão nº 1: A responsabilidade futura pelo uso de dados pessoais irá além do GDPR
O prazo final para adaptação ao GDPR (25 de maio de 2018) é uma data importante. Porém, não será a última.
À medida que as organizações acumulam mais dados do cliente, exploram e monetizam esses dados das mais diversas formas, e considerando possíveis usos inadequados dessas informações que expõe os clientes a maiores riscos, é importante que as agências reguladoras e os formuladores de políticas tomem medidas apropriadas.
O GDPR pode ser a resposta atual de maior destaque às preocupações relacionadas aos dados dos clientes, mas é apenas um indicativo das mudanças que estão por vir. Uma nova evolução da economia digital global inevitavelmente levará a outras regulamentações relacionadas à gestão de dados, e não apenas na União Europeia e nos Estados Unidos, mas em todo o mundo. Na verdade, o GDPR foi amplamente discutido em vários fóruns legislativos e regulatórios em Washington DC, inclusive quando Julie Brill, da Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos, escreveu: “O GDPR terá efeitos abrangentes sobre todos nós… [e] parte do seu objetivo foi definir um padrão global.”
Esta é uma mudança estratégica, não apenas tática. Historicamente, os CIOs consideravam os dados armazenados na infraestrutura corporativa como propriedade corporativa. O modelo tradicional considera os dados como uma propriedade de quem os coleta.
O GDPR sinaliza uma mudança radical neste modelo. No futuro, as empresas apenas pegarão “emprestado” os dados dos seus proprietários (leia-se, dos cidadãos), que terão os direitos específicos relacionados ao ciclo de vida dos mesmos. Os CIOs devem repensar todos os aspectos da empresa digital neste contexto.

Razão nº 2: A conformidade com o GDPR é mais do que apenas a governança de dados
A visão simplista do GDPR é a de que você estará em conformidade se gastar dinheiro com ferramentas de governança de dados e encontrar um agente de dados suficientemente engajado para impor as políticas internas de governança de dados de uma organização.
Mas isso é apenas parcialmente correto. Para cumprir com o GDPR e outros regulamentos relacionados, você precisa da tecnologia certa e das pessoas certas para ficarem de olho nos dados em toda a empresa.
Mas existem muitas outras fontes de dados na empresa digital atual além dos aplicativos e bancos de dados em produção. A pressão para colocar rapidamente novos recursos digitais inovadores no mercado, por exemplo, está fazendo com que muitas equipes de DevOps acelerem e não analisem bem os dados de teste que elas usam para realizar o trabalho. Às vezes, esses dados são enviados para fora da empresa para contratar desenvolvedores e QA shops sem qualquer mascaramento.
Por outro lado, muitas empresas recebem dados de terceiros sem investigar suficientemente as práticas de limpeza dessas informações. Essas ações podem expor uma companhia a responsabilidades graves relacionadas a dados, independente de se achar segura ou em conformidade.
Os CIOs devem considerar a conformidade como uma regra empresarial estratégica. São necessárias políticas fortes, transparentes e eficazes de descoberta, de coleta, de teste, de gerenciamento e remoção de dados, não apenas para garantir o cumprimento, mas também como parte integral da construção de relações digitais confiáveis e duradouras com os clientes.

Razão nº 3: O GDPR é uma oportunidade para a marca, não apenas uma carga imposta externamente.
Quando surge um regulamento complexo e de alto impacto, como o GDPR, é comum vê-lo um fardo. Afinal, para se adaptar ao GDPR, as organizações geralmente usam recursos de outras iniciativas e a atenção do CIO é desviada de outros assuntos urgentes.
Então, por que não considerar transformar os custos que você não pode evitar em investimentos que compensam no longo prazo? Uma boa administração de dados não deve ser apenas algo que fazemos porque somos obrigados. Deve ser algo que fazemos porque é ético e de valor para nossos clientes. Além disso, o GDPR oferece um campo de atuação igual entre as empresas internacionais, incentivando o desenvolvimento de tecnologias inovadoras que podem beneficiar a todos.
Muitas empresas usam a responsabilidade corporativa a seu favor. A rede varejista Whole Foods e a fabricante de roupas e acessórios esportivos Patagonia são exemplos clássicos de empresas que elevam suas marcas e o envolvimento de clientes ao contextualizar as compras como mais do que meras transações financeiras. Quem pode dizer que a administração de dados não pode se tornar um equivalente digital da proteção ambiental ou impacto social do tipo “na compra de um produto, doamos outro para caridade”?
Além disso, a administração insuficiente pode trazer consequências estratégicas além das multas por descumprimento. Se os clientes não acham que podem confiar em você com seus dados, eles provavelmente não confiarão em você com seu dinheiro.
Mas isso sugere que os CIOs que consideram a administração de dados de forma estratégica serão superiores aos que não colocam isso em prática. Então, por que não se juntar a eles?

(*) É VP de Product Marketing da CA Technologies.

Como estimular a criação de novas oportunidades a partir do seu propósito pessoal

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Com o mercado de trabalho em recessão devido à crise econômica e política que o país atravessa, é o momento de abrir as janelas e vislumbrar novos horizontes. No atual cenário, observa-se uma queda na quantidade de vagas abertas para novos postos de trabalho.
O mercado informal, situação presente no dia-a-dia dos brasileiros ganhou força e, novas formas de profissionalização passaram a garantir um complemento de renda e segurança para os novos empresários e empreendedores individuais.
O sonho de ter o próprio negócio exige organização e planejamento, mas antes de dar esse passo importante, é preciso refletir: empreender significa, necessariamente, ter um negócio próprio?
Especialistas dizem que não, e acreditam que empreender pode ser considerada uma característica comportamental aproveitada em diversas esferas sociais.
De acordo com o Instituo Brasileiro de Coaching (IBC), a chamada “atitude empreendedora” caracteriza-se por um comportamento visionário típico de pessoas que assumem riscos e responsabilidades; de pessoas que tendem a buscar soluções para os seus conflitos e que enxergam riscos onde os demais não veem. Trata-se de enxergar oportunidade onde os outros tendem a ver somente os problemas, ou seja, é uma característica que pode ser desenvolvida.
A Fundação Alphaville, organização que promove o desenvolvimento comunitário a partir do fortalecimento das vocações coletivas, estruturou uma metodologia que busca incentivar esse direcionamento. Através de dinâmicas aplicadas com os diversos públicos participantes , é possível identificar um ponto comum: os projetos que tem maior índice de sucesso são aqueles realizados a partir do sonho e da aptidão que cada integrante do grupo tem com relação a seu objetivo coletivo. Ou seja, é possível afirmar que a atitude empreendedora pode ser despertada tanto em indivíduos como em grupos, aumentando as chances para que esse sonho seja concretizado.
Para aqueles que desejam desenvolver uma atitude empreendedora, a Fundação sugere um passo-a-passo para aumentar as chances de sucesso:

1. Comece identificando qual o seu verdadeiro objetivo e como suas habilidades podem contribuir para solucioná-lo. Muitas vezes, o foco no problema dificulta a visualização de possíveis saídas. Tente observar como essas divergências podem atuar a seu favor;
2. Converse com outras pessoas que possam ter o mesmo objetivo que você. A troca de experiências traz a riqueza da mesma vivência sob novos prismas. Compartilhe suas dúvidas e ouça o que outros, que já trilharam o mesmo caminho, podem ter a ensinar;
3. Você não precisa fazer tudo sozinho. Busque parcerias que possam suprir suas deficiências e complemente suas realizações com a relação “ganha-ganha”. Outros também precisarão da sua contribuição;
4. Tire as ideias do papel. Formate suas opções, organize seu planejamento e dê o primeiro passo. Utilize as lições aprendidas para realimentar o planejamento e vá ousando um pouco mais a cada tentativa.

Desenvolver uma atitude positiva e proativa, aliada aos parceiros corretos, traz novas perspectivas e pode contribuir coma construção de novas oportunidades de desenvolvimento.

(Fonte: Fernanda Toledo é gerente de Sustentabilidade da Fundação Alphaville).

Revolução ou Evolução 4.0? Os novos caminhos para tecnologia e negócios

Eduardo Banzato (*)

Indústria 4.0, IoT – Internet of Things (Internet das Coisas), tecnologia, automação…

A evolução exponencial da tecnologia impacta as organizações de diferentes maneiras. Como todos já devem ter percebido, estamos passando por uma fase chamada “4.0” e é absolutamente natural que todos aqueles que vinham, há anos, investindo e desenvolvendo tecnologia aproveitem o momento para “pegar carona” e dar uma diferente percepção da importância dos seus investimentos e desenvolvimentos.
Assim como a história recente expandiu o conceito “LEAN” para diferentes ambientes, a Indústria 4.0 também está levando seu conceito a vários níveis. Isso não significa que o “LEAN” deixou de ser importante, ele apenas deixa de ser o protagonista, fato que já aconteceu com vários outros conceitos passados que continuam, sem dúvida, a ter sua importância nos negócios, mas de uma maneira diferente.
Pois bem, agora é SCM 4.0, Logística 4.0, RH 4.0, Agriculture 4.0 e até Lean 4.0… e vem muito mais por aí! Precisamos sempre nos atualizar, para compreender os impactos da tecnologia sobre os negócios e contribuir com o ambiente “Volátil, Incerto, Caótico e Ambíguo”.
Os princípios básicos por trás da Indústria 4.0 estão relacionados com Conectividade, Qualidade da Informação, Tecnologia de Apoio a Decisão e Sistemas Autônomos, mas a correta aplicação destes princípios não depende apenas de tecnologia, mas de uma consistente integração de Pessoas + Processos + Tecnologia.
Por isso, se você já desenvolve projetos, por exemplo, de melhoria da Qualidade da Informação por meio de um processo que integra Pessoas + Processos + Tecnologia, provavelmente já vivenciou e possui parte da experiência necessária para implementar sistemas “4.0”.
Atualmente, algumas iniciativas e prioridades da Indústria 4.0 se deparam com soluções já desenvolvidas há anos, mas que somente agora ganham mais espaço e começam a se viabilizar técnica e economicamente. Além disso, a barreira dos “riscos psicológicos” que sempre acompanha a mente dos investidores começa a cair e o ambiente fica cada vez mais propício às soluções inovadoras.
Vale aqui inserir a Indústria 4.0 em um contexto mais amplo de Visão do Futuro.
Enquanto estamos voltados apenas às nossas respectivas realidades, até porque temos que gerar retorno sobre os investimentos (ROI), continua em evolução um número enorme de novos conceitos e tecnologias e que se tornam cada vez mais desafiadores para se definir e entender.
Um exemplo é a “Economia Compartilhada”, um conceito absolutamente simples de se definir e entender, no entanto, é impressionante o número de empresas (profissionais) que não conseguem aplicar corretamente o conceito e/ou transformá-lo em resultado, seja por dificuldade de entendimento da sua aplicação (essência) ou mesmo por inércia adquirida ao longo dos anos.
Isso abre um universo inesgotável de oportunidades, onde a Indústria 4.0 poderá explorar, por meio de novos processos e pessoas.
O fato da IoT – Internet of Things (Internet das Coisas) acompanhar consistentemente os conteúdos desenvolvidos para a Indústria 4.0 é natural, mas a IoT é apenas um dos componentes de um dos princípios da Indústria 4.0. A IoT também já sofreu desdobramentos e hoje, para caracterizar as tecnologias que conectam os dados gerados por sensores e as tecnologias que possibilitam comunicações entre máquinas e sistemas de automação, comuns em ambientes industriais, foi desenvolvido o termo IIoT – Industrial Internet of Things. Esta conectividade na área industrial já tem sido aplicada no Brasil há mais de duas décadas e tem gerado um grande volume de dados que, na medida que são adequadamente processados, tem possibilitado o aprendizado das máquinas (máquinas inteligentes). O conceito, pode ser expandido para fábricas inteligentes, armazéns inteligentes e todos os recursos na cadeia de suprimentos: conectividade, processamento e decisão em tempo real em uma SCM 4.0.
A nós cabe continuar nos preparando para a evolução. Sucesso a todos e vamos em frente!

(*) É diretor do grupo IMAM, que há 37 anos atua na área editorial, de consultoria e treinamento em logística.