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Tecnologia 14 a 16/11/2015

em Tecnologia
sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Como utilizar o networking a favor do seu negócio

A palavra networking entrou em nosso vocabulário a partir da década de 1990, com o advento da globalização e a necessidade de as pessoas e as empresas se relacionarem cada vez mais para fazer negócios em escala mundial

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Jeronimo Mendes (*)

Há trinta ou quarenta anos, as pessoas costumavam recorrer a alguém influente nas empresas, na política ou na comunidade onde moravam, a fim de obter alguma indicação, principalmente quando se tratava de emprego.

O termo utilizado na época era “pistolão”, alguém com poder e prestígio para indicar você para uma vaga sem a necessidade de teste ou concurso. Bastava uma indicação e você estava praticamente empregado. O treinamento vinha depois, com a prática. Independentemente da classe social, muita gente recorria a um “pistolão” para obter vantagens pessoais e para facilitar o caminho das pedras.
Atualmente, o termo “pistolão” é usado com menor ênfase em algumas cidades mais afastadas das capitais, principalmente quando está relacionado com empresas públicas, mas a exigência dos concursos inibiu muito essa prática.
Isso obriga as pessoas a estudarem mais, a se dedicarem mais e a se relacionarem melhor para conquistar a credibilidade necessária para arranjar bons empregos e fazer bons negócios. Além disso, a competitividade no mercado aumentou mais do que a capacidade de as pessoas se relacionarem.
O termo networking é uma junção das palavras net (rede) e working (trabalhando). Na prática, é a sua rede contatos trabalhando a seu favor quando necessário. No mundo dos negócios quanto maior a rede contatos de um empreendedor, maior a possibilidade de aproveitar as oportunidades existentes e de realizar bons negócios.

De acordo com Jeffrey Gitomer, autor de O Livro Negro do Networking, fazer contatos é mera questão de ser amigável, de ter capacidade para se entrosar e de estar disposto a dar algo de valor primeiro. Quando combinar esses três atributos, terá descoberto o segredo que existe por trás dos poderosos contatos que levam a relacionamentos ainda mais valiosos.

No mundo dos negócios, as pessoas preferem fazer negócios com amigos. Quer dizer que, para galgar a escada do sucesso em qualquer atividade ou negócio, muito mais do que estratégia, técnicas de vendas e formação educacional, você precisa mesmo é de amigos? Sim. Se não for apenas interesse, amigos vão querer ajudá-lo sempre, por toda a vida.

Para tirar melhor proveito do seu networking é necessário desenvolver uma rede de relações profissionais. Não estamos falando da sua rede de amigos no Facebook, Orkut ou Twitter para compartilhamento de fotos, frases, piadas e vídeos. Refiro-me a um processo ilimitado de contatos com pessoas de todas as áreas relacionadas ao seu negócio para troca de informações, atualizações, conselhos úteis e, principalmente, apoio moral, se necessário.

Por que estou dizendo isso? De nada adianta ter mil ou dez mil amigos nas redes sociais se não pode contar com eles quando necessário. Como afirma Gitomer, a qualidade de seus relacionamentos determina o destino deles.

O maior objetivo para alguém querer estabelecer um contato é poder utilizá-lo de maneira recíproca mais adiante. Você pode estabelecer networking por toda a parte, desde que esteja consciente da finalidade e também preparado para isso.

Infelizmente, nem todos os contatos são importantes e são poucos os que resultam em negócios. Contatos são apenas contatos. Você nunca sabe aonde poderão levá-lo nem o que acontecerá se uma pessoa disser a outra que fez contato através de você.

Vejamos agora as questões mais importantes que você deve aprender sobre networking para a sua ideia e para o seu futuro: como fazer contato com pessoas ou profissionais a favor do seu negócio. Engenheiros, administradores, advogados, arquitetos e outros milhares de profissionais estão sempre procurando ampliar os seus negócios e a melhor forma de fazer isso é viver conectado aos profissionais do seu círculo de relacionamentos.

Na prática, contadores conhecem centenas de contadores, engenheiros conhecem centenas de outros engenheiros, empreendedores estão conectados a outros milhares de empreendedores e todos eles conhecem milhares de clientes e profissionais que podem ajudá-lo a decolar no empreendimento.

Na medida em que aumenta o seu networking com profissionais relacionados com a sua ideia ou o seu negócio, as oportunidades aparecem e as soluções também. E para transformar possíveis contatos em reais possibilidades de negócio, procure praticar o seguinte:
Apresente-se sem medo: crie coragem e tome a iniciativa, mas nunca antes de se preparar para o contato; a primeira impressão que você vai passar é importante para firmar o contato.
Utilize a regra da afinidade: encontre um ponto comum entre você e o seu futuro contato; pode ser o time, a cidade onde vocês moraram na infância, a escola onde vocês estudaram; estabeleça a ligação.
Determinação e persistência: coisas boas vêm para aqueles que têm paciência e adotam medidas consistentes para consegui-las, portanto, não desanime nunca; você nunca sabe de onde vem a próxima ideia boa para o seu negócio.

(*) É Administrador, Coach, Escritor e Palestrante. Graduado em Administração de Empresas, Pós-graduado em Logística Empresarial, Mestre em Organizações e Desenvolvimento Local. Sólida formação em Processo de Coaching (Executive e Life Coaching) pelo ICI – Integrated Coaching Institute (www.jeronimomendes.com.br).


Jovens são premiados por tecnologia desenvolvida para ajudar deficientes visuais

O Projeto AnnuitWalk (PAW) teve seu inicio em 2013 ao observar as dificuldades enfrentadas por portadores de deficiências durante sua locomoção. O trabalho é resultado de pesquisa de campo realizada por Marcos Antônio Oliveira da Penha, de 27 anos, com deficientes visuais durante todo o ano de 2014. Tratando dos principais problemas dessa população, que no Brasil já somam mais de 6.7 milhões, o PAW oferece um conjunto de soluções tecnológicas que exploram, ao máximo, conceitos modernos da Internet das Coisas (IOT) e Inteligência Computacional para criação de Tecnologias Assistivas (TA) mais inteligentes.
Os óculos inteligentes desenvolvidos por Marcos Antônio contam com sensores de ultrassom e são capazes de detectar obstáculos à frente do deficiente visual e alertá-los por meio de acessórios vibratórios, como pulseiras e solas de sapatos, para que possam desviar e, assim, evitar acidentes. O PAW ainda conta com aplicativos mobile e wearables, que podem funcionar de forma integrada com os óculos através de conexão Bluetooth. Por meio destes é possível fornecer funcionalidades: de geolocalização (GPS); processamento de dados ubíquos sobre os obstáculos no decorrer do trajeto do indivíduo, que logo são usados para recomendação de rotas, guiando o deficiente visual até o destino desejado, pelo caminho mais acessível; e sistema de Smart Cities, que contribui com Big Datas governamentais e aponta locais críticos geo-referenciados em mapa online para tomada de decisões quanto à priorização de reparos públicos nas áreas mais afetadas, promovendo a acessibilidade, inclusão social e qualidade de vida dessa população.
Outro jovem motivado a trazer soluções para deficientes visuais e que teve seu projeto escolhido como finalista da edição 2015 do Prêmio Laureate Brasil Jovens Empreendedores Sociais é Philippe Magno, de 25 anos. Também morador de Recife, o jovem criou a Plataforma Integrada HandsFree, produto inovador, de baixo custo e alta eficiência, que auxilia a inclusão social e digital de deficientes físicos. Desenvolvida pelo Instituto HandsFree Tecnologias Assistivas, o produto é voltado para Tecnologia Assistiva, possibilitando por meio de tecnologias open source, softwares e hardwares, a automação residencial, controle do computador por meio do movimento da cabeça ou comando de voz e plataforma de ensino a distância. O produto é entregue sem custo para o deficiente e prevê o resgate da sua autoestima, promovendo sua autonomia social e financeira.

Bolsa à prova d´água para smartphones e celulares

 Dartbag  temproario

A Dartbag Smart é o mais novo modelo de bolsa estanque para smartphones e celulares, disponível para a venda no mercado desde o início do mês de outubro nas principais lojas de todo o Brasil. A bolsa mede 8,7 cm de largura e 16,5 cm de comprimento. Custa R$ 59,00.
O grande destaque da bolsa estanque Dartbag Smart é o visor óptico rígido, desenvolvido exclusivamente com a mais alta tecnologia, soldado eletronicamente, que permite tirar fotos e filmar com total precisão até oito metros de profundidade, sem alterar a qualidade das imagens. O visor óptico foi cuidadosamente estudado para atender todos os modelos e tamanhos de smartphones. A Dartbag é a única empresa brasileira a oferecer um produto com essas características.
Com design moderno e arrojado, a bolsa estanque é feita em PVC cristal maleável, material que fornece a sensibilidade necessária para o usuário manusear os comandos de todos os equipamentos, inclusive, os que possuem touchscreen (tela sensível ao toque), além de tirar as famosas fotos “selfies” (autorretrato compartilhado nas redes sociais).
Além de um design moderno, a bolsa possui fecho com dois sistemas de vedação e travas altamente resistentes feitas de policarbonato, que impede 100% a passagem de água e de qualquer outro tipo de líquido ou sujeira. O fecho está disponível em cinco cores: azul, rosa, verde limão, laranja e fumê. A bolsa possui, ainda, alça com regulagem de ajuste, facilitando o transporte dos equipamentos para qualquer lugar.
A bolsa estanque Dartbag Smart suporta tanto a água clorada quanto a salinizada, ideal para o uso na piscina, no rio e no mar, assim como em qualquer ambiente, já que conserva os equipamentos e protege de qualquer tipo de sujeira, inclusive da areia da praia. A empresa desenvolveu uma embalagem com a mesma comunicação visual da bolsa, especialmente para dar de presente (www.dartbag.com.br).

“Vestígios digitais”: de quem são os dados online?

Bill Hurley (*)

Ao navegarmos na internet, deixamos diversos “vestígios digitais” em qualquer página que visitamos no ambiente online

Espalhamos estes “rastros” quando navegamos na web ou até mesmo quando dirigimos nosso carro utilizando aplicativos de GPS. Ao mesmo tempo, corporações, governos e outras organizações “sugam” essas informações. O que podemos fazer com essa coleta de dados e como devemos pensar sobre o assunto?
Sob o ponto de vista de marketing e de estratégia corporativa, podemos pensar a partir de cinco categorias: a oportunidade da empresa de fazer uso de dados de segundos ou terceiros; o uso que a empresa faz dos dados dos usuários para avaliar os participantes da conversa; o uso de sensores inteligentes que trabalham dentro da lógica da “Internet das Coisas” (Internet of Things, IoT) para capturar dados; informações pessoais como “moeda”; e, finalmente, o que chamamos de fator “privacidade-bizarrice”.
Sustentando toda essa coleta e processamento de dados está o fato de que nada disso seria possível sem o crescimento exponencial da capacidade dos computadores nas últimas décadas.
O uso de dados de terceiros vai se tornar cada vez mais comum em nossa rotina, se transformando em maneiras pelas quais as empresas possam lidar com ações humanas, como pontos de informações de forma a aperfeiçoar e refinar seus produtos. Um bom exemplo disso: um tablet que permite a leitura de e-books pode coletar dados interessantes para autores de livros, como a velocidade média de virada de página ou o ponto de parada na leitura de uma obra
Conceitualmente, os escritores poderiam utilizar esses dados para saber onde seus livros ganham ou perdem o impulso de leitura, para ajustar seu estilo de escrita. Esses dados têm mais implicações porque não são a mera coleta. Vai além: é o modo como indivíduos ou organizações podem usar esses elementos para criar novos modelos de negócios. É uma grande oportunidade e que só existe por causa da massiva quantidade de dados agora sendo agregados a nuvens e a grande capacidade de computar esses dados.
A quantificação e o uso desses elementos são relevantes para a indústria de Comunicações Unificadas e Colaboração. Esses dados, até então impossíveis de gerenciar, agora podem ser usados para monitorar a participação de indivíduos em conversas, reuniões e projetos. Construindo as matrizes e os algoritmos corretos, as companhias podem ganhar a habilidade de acessar o desempenho dos funcionários, consultores, parceiros ou qualquer um dos envolvidos em seus negócios. Obviamente existe um lado bom e um ruim nesse processo. Do lado ruim, há uma inegável semelhança com o Big Brother do livro de George Orwell, 1984. Por outro, poderia tornar mais fácil a identificação e eliminação de reuniões não produtivas.
Com cada vez mais dados (ou cliques, localizações, chamadas telefônicas, mensagens de texto, aplicativos usados, etc.) sendo coletados, em que ponto nossas informações pessoais se transformam em um tipo de “moeda” com suas próprias regras e direitos? Cada vez mais, pessoas estão começando a dizer “espere, esses dados são meus e eu devo decidir como são usados – e talvez eu deva ser pago por isso”.
Por um lado, o consumidor está disposto a desistir de uma gama de informações em troca do uso de sites sem tarifa, por outro, consumidores disponibilizam essas mesmas informações com a condição de que não sejam usadas sem permissão, caso contrário considerariam a prática condenável. Não importa para que lugar do mundo essas informações vão, serão sempre identificadas como minhas. Então, assim como antigamente, quando os discos eram tocados na rádio e o artista ganhava pelos direitos autorais, agora eu receberia micropagamentos quando minhas informações fossem usadas para promover um produto em particular.
E atravessando toda essa discussão está o meu ponto final, que é o fator “privacidade-bizarrice”. Precisamos entender quais os limites quando se diz respeito ao uso de dados de terceiros para criar novos modelos de negócios ou avaliação de desempenho. Temos que discutir como os consumidores e companhias negociam os termos para um contrato que se encaixa em uma lógica de e-commerce, quando se trata de informações pessoais usadas para promover produtos em troca de recuperação financeira. Os vestígios digitais estão por toda a parte e, portanto, cabe avaliarmos qual a melhor forma de utilizá-los.

(*) É CMO da Unify.