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Tecnologia 10 a 12/12/2016

em Tecnologia
sexta-feira, 09 de dezembro de 2016
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A Internet das Coisas chega ao Agribusiness

Até 2050 o mundo terá 9,6 bilhões de pessoas. Para que a população consiga sobreviver, a produção de alimentos terá de crescer 70% em relação ao que era gerado no planeta em 2006. Isso é o que diz a FAO, agência da ONU para a alimentação e a agricultura. Esse avanço terá de ser feito a partir do uso otimizado da água, em meio a dramáticas mudanças climáticas e, é claro, com a máxima economia e produtividade

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Paulo Henrique Pichini (*)

A Agricultura Digital ou de Precisão é um dos elementos críticos para a conquista dessas metas.

Em especial, vale destacar o papel da Internet das Coisas (IoT) neste quadro. Ao entrar no mundo rural, o sensor IoT “acende” áreas antes não digitalizadas. O resultado disso é produtividade, lucro e alimentos de melhor qualidade.

Relatório do instituto de pesquisa BI Intelligence prediz que até 2020 esse setor estará trabalhando com 75 milhões de dispositivos IoT. Hoje, em todo o mundo, a marca está em 30 milhões de sensores. Podemos afirmar que essa previsão também se aplica ao setor brasileiro de agribusiness, um dos mais competitivos do nosso país. Mesmo em tempos de recessão esse mercado continua avançando. Em 2015, por exemplo, 23% do PIB nacional veio daí.

Cada dispositivo IoT instalado no campo é um “soldado” que faz parte de uma “brigada” voltada à extrema otimização de todos os processos da empresa de agribusiness. As maiores empresas brasileiras desse setor já estão investindo, por exemplo, em projetos IoT para controle de frotas. Despesas com colheitadeiras, tratores e caminhões são, hoje, o segundo item na planilha de despesas dessas empresas. Um projeto avançado de IoT para frotas de agribusiness usa os dados coletados pelos sensores instalados nos veículos para mapear fatores como consumo de combustível, distância percorrida, pressão dos pneus e nível de óleo do motor. A solução IoT colabora, também, com a monitoração da área geofísica por onde trafegaram os veículos da empresa rural. Com isso, fica mais fácil saber se as máquinas atuaram nos talhões designados, com a velocidade e o alcance planejados.

Em alguns casos, essas soluções podem contribuir para reduzir em até 35% os custos habituais da empresa rural com seus veículos.

Um projeto IoT inteligente saberá diminuir os custos da implantação inicial e contornar os desafios de infraestrutura de TI e Telecom do ambiente rural. Quem desejar, por exemplo, sensorizar um vinhedo no Sul do Brasil, não precisa levar a rede de Telecom até todos os cantos da fazenda. Dispositivos IoT implantados no campo coletam dados 24x7x365 sem necessariamente enviar online essas informações para a nuvem. Conforme o orçamento e as metas de negócios de cada empresa, um outro caminho pode ser seguido. Uma das possibilidades é, em vez de instalar hot spots fixos no campo, adaptar hot spots a tratores e caminhões e enviar esses veículos para a “colheita de dados” em intervalos pré-determinados.

Flexibilidade também é a norma quando se trata de garantir a conexão do ambiente rural. Apesar do expressivo aumento das redes nos últimos 10 anos, o Brasil segue contando com áreas “escuras”, onde a qualidade dos links é variável. Essa realidade não inviabiliza a aplicação do IoT às áreas mais remotas do nosso país.

A resposta é inserir, no projeto IoT para o agribusiness, uma miríade de tipos de conexão. Os projetos mais avançados incluem a convivência otimizada e fluida de redes 3G, 4G, Wi-Fi, LoRa, GPS e via satélite. O gestor rural que experimenta essa fartura de rede percebe claramente que sua empresa deu um salto de conectividade, de informação e de negócios.

A Internet das Coisas aplicada ao campo propõe a reinterpretação de práticas agrícolas milenares.

Hoje, graças aos dispositivos IoT, é possível gerar um mar de informações sobre áreas e ativos que, antes, ficavam longe da visão da TI e do gestor de negócios. A inserção dessas informações em sistemas BigData é o segundo elemento da equação. Mas o sentimento de descoberta e conquista só vem quando as análises de dados (Analytics) recheiam os gráficos de um Dashboard (painel de controle) criado sob medida para uma fazenda de soja, para uma empresa de produção de laticínios. Com o Dashboard, o que começa com o IoT, consolida-se no BigData e ganha sentido no Analytics vira, finalmente, a base para as decisões estratégicas do agribusiness.

Toda essa inovação é boa, e pode ajudar o mundo a chegar, sem fome, ao ano 2050.

(*) É President & CEO da Go2neXt Cloud Computing Builder & Integrator.

Marketplace online: dicas para vender mais no Natal

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Os últimos meses do ano são o período de ouro para o comércio eletrônico. Embalado pelo espírito natalino o setor não só amplia o volume de vendas como também registra um incremento no ticket médio dos pedidos. Conforme a E-bit, em 2015 a ocasião gerou R$ 7,4 bilhões em negócios, ou 26% mais do que no ano anterior.
Apesar disso, nem sempre é fácil identificar o caminho para assegurar esse crescimento. Além de condições competitivas de preço e frete, o lojista precisa encarar o desafio de garantir as entregas dentro do prazo, evitando o risco de cancelamentos ou reclamações por atraso.
De acordo com Tiago Dalvi, CEO do Olist – – empresa que oferece uma plataforma online que conecta micro e pequenas empresas a grandes varejistas – o grande desafio do varejista é planejar e organizar o negócio da maneira mais assertiva, para que as vendas do fim do ano sejam as melhores.
Pensando nisso, Dalvi dá cinco dicas de como os varejistas podem otimizar seu desempenho nas vendas de fim de ano. Acompanhe!
Garanta seu estoque – Defina os produtos que você irá anunciar no Natal. É fundamental saber o que você tem no estoque. Ter um planejamento é essencial para que você consiga aproveitar os resultados que o período te oferece.
Uma dica é colocar descontos mais atrativos para aqueles produtos que você ainda tem uma grande quantidade em estoque.
Mas ainda assim, é indispensável que, além desses produtos menos vendidos, você também ofereça descontos especiais para os principais produtos da sua marca, atraindo novos clientes que já estavam interessados em seu produto.
Ofereça descontos reais – É de suma importância que sua loja ofereça descontos realmente atraentes para o consumidor final.
Para incentivar o consumidor a efetivar uma compra, crie promoções relâmpagos, descontos cumulativos em produtos, vantagens no frete, sorteios em redes sociais e todo o tipo de estratégia que ajude a promover mais vendas.
Em paralelo, aumente a interatividade com os clientes e realize ações que não estejam, necessariamente, ligadas à compra. Isso ajuda a tornar sua marca reconhecida, atraindo o gosto dos consumidores.
Anuncie no lugar certo – Este é o ponto principal para ampliar suas vendas online durante o Natal. Os consumidores estarão buscando em toda a internet produtos que contam descontos atrativos.
Por isso, uma boa dica é colocar seus produtos para vender nos marketplaces de grandes redes varejistas, como Submarino, Americanas.com, Extra.com, Walmart, entre outros. Como estas grandes empresas investem em marketing e comunicação, isto garantindo um fluxo considerável nas vendas.
Segundo relatório divulgado pelo comScore, os grandes marketplaces concentraram cerca de 32,8 milhões de visitantes únicos, somente no mês de junho de 2015.
Ofereça um atendimento de qualidade – Com o grande fluxo de consumidores navegando em sua loja virtual, é muito provável que alguns deles encontrem dificuldades e precisem de suporte para conseguir finalizar a compra, ou mesmo, para tirar algumas dúvidas. Quando isso acontecer, é extremamente importante que o seu suporte preste todo o atendimento necessário, pois será um grande diferencial da sua marca.
Invista em um atendimento instantâneo como chat online, telefone, e-mail, e procure deixar esses contatos bem visíveis para que o cliente não perca tempo procurando onde buscar informações para sanar suas dúvidas.
Outra dica é criar uma página com as frequentes dúvidas dos seus clientes já respondidas, otimizando o atendimento.
Otimize a operação logística – Outro fator determinante para o fechamento de uma compra é o prazo de entrega oferecido aos clientes. De nada adianta oferecer um valor de frete competitivo se, na verdade, o produto demora para ser entregue.
Ofereça estimativas de entrega que possam ser cumpridas, utilizando serviços reconhecidamente confiáveis, como os Correios.
Períodos sazonais, como o Natal, são épocas excelentes para aumentar as vendas online e alavancar as receitas de uma loja virtual. Contudo isso exige rever e alterar o planejamento e algumas estratégias que são adotadas normalmente, como as dicas que citamos no artigo de hoje. Não tenha medo de investir em estoque e divulgação para gerar mais vendas, pois os resultados certamente vão aparecer.

O aprendizado online pode ajudar mais pessoas no Brasil a realizarem seus sonhos

Sérgio Agudo (*)

Às vezes é fácil para nós do Vale do Silício ficarmos presos em nossas ideias e presumirmos que o nosso estilo de vida e atitudes refletem os do mundo como um todo

Assim como nós, os brasileiros também são early adopters de novas tecnologias, rejeitam o status quo e procuram constantemente melhores maneiras de fazer as coisas – desde serviços de caronas até hospedagem em residências compartilhadas. É bom dar um passo para trás e lembrar que nem todos vivem assim.
Aprendizado online é mais uma das coisas que parece bem estabelecida e difundida em nosso convívio, mas que está, ainda, dando seus primeiros passos no Brasil. Para estudantes motivados, fazer cursos online e buscar aprendizado direcionado é apenas mais uma maneira de provar que a tecnologia é parte integral de nossas vidas. De fato, a variedade dos recursos educacionais nunca foi tão grande. E ainda assim, muitas pessoas ainda não estão familiarizadas com as opções disponíveis ou ainda não reconheceram seu valor.
A meu ver, esse desafio ofusca todo o resto. A falta de conhecimento está atrasando a educação moderna.
Na verdade, as pessoas que mais poderiam se beneficiar de plataformas educacionais online e digitais, são exatamente aquelas que estão menos familiarizadas. Ao invés disso, são aqueles com maiores níveis de educação que estão aproveitando novas plataformas para melhorar as habilidades que já possuem.
Considere a Índia, por exemplo, onde a expectativa é que se tenha aproximadamente 142 milhões de estudantes de ensino superior até 2030. O país não tem estrutura para construir universidades suficientes para acomodar toda essa nova onda de estudantes, e a internet é a solução mais óbvia para que essas pessoas adquiram as habilidades que desejam e necessitam. Ao mesmo tempo, indianos estão cientes e preocupados com o aumento da automação e o que isso poderá significar para sua empregabilidade. A Udemy enxerga uma enorme demanda em áreas com populações jovens e economias tecnológicas em crescimento como a Índia. Quase um milhão de estudantes indianos já se matricularam em nossa plataforma, um número que cresce a cada ano.
Mas, para a maioria das pessoas nos Estados Unidos e na América Latina, instituições de ensino tradicionais ainda reinam supremas, mesmo com os preços das mensalidades subindo a níveis históricos e com o retorno do investimento sendo cada vez menos certo. Faculdades e universidades ainda são vistas como rotas mandatórias para o sucesso, ainda que muitos empregadores considerem que os estudantes saiam das salas de aula despreparados para o mercado profissional e muitas habilidades como design gráfico ou programação em código possam ser aprendidas em cursos online de forma tão ou mais efetiva do que em uma instituição tradicional.
Aumentar o awareness de ferramentas de aprendizado digitais vai requerer mais do que compartilhar informações e matricular pessoas nos cursos. O verdadeiro problema é fazer com que as pessoas aceitem que todos nós precisamos continuar nossos estudos depois do ensino médio e também depois do ensino superior. O mercado de trabalho hoje em dia está evoluindo rapidamente e você provavelmente vai tomar um choque de realidade logo, se já não tomou. Mas você não vai largar sua carreira para voltar para a escola, certo?
Uma carreira de negócios é um ótimo exemplo. Alguém que se formou em marketing há mais de 10 anos provavelmente não teve aulas sobre canais de mídias sociais ou mesmo de clientes virtuais e posicionamento de produtos na internet. Se a pessoa já está inserida no mercado de trabalho, porque não utilizar a tecnologia a seu favor e fazer um curso online para se manter atualizado com as tendências do mercado?
É por isso que há tanta discussão estimulando as pessoas a abraçar essa mentalidade de crescimento e se impulsionarem a se tornar estudantes para toda a vida. Empresas e organizações podem ajudar no processo seletivo, observando o que os candidatos sabem e podem fazer – e não onde e como eles aprenderam – e oferecer treinamentos online que se parecerão mais com o processo de escolha do Netflix do que com um processo corporativo chato e penoso. O objetivo é criar um ambiente que motiva funcionários e pessoas a querer melhorar suas habilidades e oferecer recursos para ajudá-los a chegar lá.
O aprendizado online não vai desaparecer, pelo contrário, cresce exponencialmente. Mas nós, em educação tecnológica, não podemos ser os únicos a aproveitar dos seus benefícios. Mais vozes – desde conselheiros educacionais, líderes da indústria até legisladores educacionais – precisam falar mais sobre o problema de como os trabalhadores de hoje podem se manter atrativos para o mercado e melhorar suas habilidades, e sobre a variedade de recursos online disponíveis para eles.
Nós estamos próximos de um futuro no qual todos os indivíduos terão a mesma possibilidade de aumentar suas habilidades e enriquecer suas vidas, mas ainda temos um longo caminho pela frente.

(*) É responsável pela Udemy em Português, e vive em San Francisco, Califórnia.