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Tecnologia 10/11/2016

em Tecnologia
quarta-feira, 09 de novembro de 2016
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CEstágio é alternativa para jovem manter os estudos

Em meio à crise, muitos estão abrindo mão dos estudos para trabalhar, porém o programa de aprendizado pode ser a solução

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O mercado de trabalho brasileiro vivencia atualmente um dos piores momentos das últimas décadas e os efeitos dessa retração refletem diretamente em outros setores do país. No último ano houve um aumento significativo no número de jovens em busca de uma colocação profissional o que, consequentemente, contribuiu para agravar o quadro de evasão escolar e elevar os índices de desistência na graduação. Diante disso, os programas de estágio têm se mostrado a melhor alternativa para a solução desse impasse, pois, o Artigo 1º da Lei do Estágio garante que só pode estagiar quem estiver “frequentando e regularmente matriculado em uma instituição de ensino”. Essa é uma condi&c cedil;ão fundamental e estratégica para que o jovem possa ingressar no mercado, complementar a renda e continuar estudando.

Cenário econômico
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualmente, 11,2% dos brasileiros estão desempregados. Para os jovens esse cenário é ainda pior, pois, a faixa etária de 14 a 24 anos é a mais afetada. Estima-se que 1 em cada 4 trabalhadores com menos de 25 anos foi diretamente impactado pela crise. São mais de 4,5 milhões de desempregados segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do trabalho.

O aumento na procura de vagas pelos mais jovens acompanha, sobretudo, a necessidade de compor a renda familiar devido à redução no número de postos com carteira assinada e a queda na remuneração do trabalhador, que ocasionou a perda do emprego de muitos chefes de família – mais de 530 mil vagas celetistas com salários mais altos foram descartadas no primeiro semestre do ano segundo registo do CAGED – assim, os demais integrantes, que antes não precisavam trabalhar, buscam uma oportunidade para ajudar a complementar a renda e recuperar a estabilidade financeira do lar.

Evasão escolar
O registro do crescente número de jovens em busca de trabalho coincide com uma queda nas matrículas do ensino médio, que em 2015 diminuiu 2,7% em relação ao período anterior segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Já o número de alunos matriculados no ensino superior aumentou 2,5% comparado a 2014 e ultrapassou 8 milhões – a modalidade a distância, geralmente com mensalidades mais baratas, continua em ascensão entre os estudantes, principalmente dos cursos de licenciatura, e contribui com essa taxa, pois já representa uma participação de 17,4% do total de matrículas – porém, o ritmo de crescimento caiu.

O Censo da Educação Superior, relativo ao ano de 2015, divulgado recentemente pelo Inep considerou fatores como conclusão, permanência e desistência para traçar um perfil da trajetória dos estudantes de graduação e revelou uma elevação na taxa de desistência entre 2010 e 2014, quando o número de alunos que abandonaram o curso chegou a 49%. O levantamento aponta ainda que menos da metade das novas vagas oferecidas em instituições públicas e privadas de ensino superior foram preenchidas.

Estágio pode aliar estudos e trabalho
No cenário atual o desemprego está mais acentuado justamente entre a faixa etária que se encontra em um período no qual adquirir experiência e projetar a carreira são fatores fundamentais para o desenvolvimento profissional. Porem ao invés de investir em uma especialização, os dados mostram que os jovens estão em busca de uma vaga de emprego – reflexo do cenário econômico conturbado – no entanto, inexperientes e com baixa qualificação, a grande maioria possui poucas chances de inclusão no mercado de trabalho.

Diante disso, o estágio tem se mostrado o melhor caminho, tanto para quem quer prosseguir com os estudos, quanto para quem precisa de uma renda extra, pois, representa uma oportunidade real de aprendizagem e crescimento, além de possibilitar o ingresso em grandes empresas, que ainda oferecem chances de efetivação. De acordo com dados da Associação Brasileira de Estágios (Abres), entre os estagiários que são contratados nos últimos semestres do curso de 40% a 60% são efetivados pelas empresas.

Na contramão da crise, os programas de estágios têm apresentado números positivos, principalmente nessa época do ano. Segundo Tiago Mavichian, diretor da Companhia de Estágios, consultoria especializada em recrutamento e seleção de estagiários, apesar da recessão econômica e o recuo do mercado de trabalho a evolução das vagas oferecidas nos programas de estágio é contínua: “Um levantamento da Companhia, considerando os três últimos anos, revelou uma média de 7% no aumento da oferta de vagas de estágio nessa época do ano. Por enquanto estamos estáveis em relação ao número do ano passado, com cerca de 1.800 vagas abertas atualmente no país, mas o segundo se mestre ainda está em andamento”.

Retração da massa salarial é pior para menos qualificados
Segundo a análise desagregada do mercado de trabalho feita pelo Grupo de Conjuntura do Ipea, por meio de microdados da PNAD Contínua os setores que não exigem maior nível de qualificação apresentaram a pior taxa de redução do salário real. A queda dos rendimentos entre quem ganha exatamente o salário mínimo não apresentou perda real, já para os que recebem menos que o salário mínimo a diminuição foi mais acentuada. Com a soma da queda na ocupação no segundo trimestre do ano, a massa salarial voltou ao mesmo patamar que se encontrava há três anos: 175 bilhões de reais.

Qualificação é fundamental
Investir em cursos técnicos, profissionalizantes e de especialização é essencial para conseguir uma boa colocação, principalmente em tempos de crise. Os jovens que conseguirem levar adiante os estudos nesse período em que o mercado de trabalho está mais encolhido certamente estarão em vantagem quando o cenário econômico do país se recuperar, pois, quem estiver com oa currículo melhor qualificado terá mais chances de conquistar uma boa colocação e ser bem remunerado. Segundo o Mavichian a concorrência acirrada exige um investimento melhor na preparação: “Para se destacar hoje em dia é fundamental complementar a formação básica, pois, as empresas buscam um currículo bem qualificado e as vagas em que oferecem mais benefícios, bolsa auxílio acima da média e maiores c hances de efetivação também são as mais exigentes”.

Não se desmotive com o sucesso que os outros demonstram no Facebook

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O fenômeno da internet mudou a forma como fazemos negócios hoje em dia. É possível ganhar dinheiro e construir uma carreira meteórica por meio das redes sociais. Rompemos as barreiras físicas e ganhamos o mundo, tornando o computador uma vitrine. O marketing digital está a todo vapor para ajudar a vender produtos e serviços.

Mas, e quando falamos de uma pessoa? Ou melhor, quando falamos de cada profissional em uma empresa? Será que a regra é a mesma? Vejo inúmeros profissionais que, na busca por aprovação, atenção e reconhecimento, postam informações, acreditando que vão experimentar o tal sucesso com as curtidas e comentários que recebem. Há uma carência por trás de tanta exposição virtual que as pessoas querem suprir pela aprovação e aceitação do outro.

Recebo alguns relatos de profissionais que estão construindo muito bem suas carreiras, mas se sentem extremamente angustiados pela comparação virtual. Como todos postam fotos de bons momentos, acreditam que os outros estão mais felizes do que eles. Acham que “a grama do vizinho” é melhor: que ele ganha muito mais dinheiro, tem mais reconhecimento na empresa, trabalha em um lugar mais legal, sempre viaja a trabalho para lugares incríveis, tem um chefe mais bacana, entre outros aspectos. Nessa comparação sem sentido se sentem fracassados e tendem a desistir de suas metas no meio do caminho.
Entendo que a comparação é positiva, nos faz melhorar. O problema é com quem você se compara. Nem tudo o que algumas pessoas postam nas redes sociais sobre sucesso profissional é verdade. As redes sociais são um instrumento perfeito para tentar passar a melhor imagem possível. Dessa forma, as pessoas utilizam vários elementos para criar uma imagem idealizada de si mesmas para vender aos outros.

Então não fique angustiado com o que lê por aí e foque em suas metas do mundo real. A trajetória de carreira é diferente para cada pessoa. Qual retorno efetivo, seja ele financeiro ou emocional, que as curtidas, número de seguidores e quantidade de visualizações lhe proporcionam?

Conheço bons profissionais que apresentam resultados fantásticos e servem de inspiração para continuarmos a agir na direção de nossas metas quando a vida fica pesada demais, mas tenho a impressão de que a minoria tem essa boa intenção. Use a internet a seu favor, de maneira estratégica para potencializar seus resultados e objetivos profissionais. Não acredite em tudo o que dizem por aí sobre salários, cargos e patrocínios. No mundo virtual, por enquanto, pode tudo, mas a verdade ainda se baseia em fatos.

(Fonte: Daniela do Lago é coach de carreira, palestrante, professora dos cursos de MBA da Fundação Getúlio Vargas nas disciplinas de Gestão de Pessoas, Comportamento Organizacional, Comunicação e Relacionamento Interpessoal e escritora).

Internet das Coisas, segurança e nosso dia a dia

Antônio Carlos Guimarães (*)

A fascinante comunicação do meio físico com o mundo virtual torna tudo mais inteligente e prático

A Internet das Coisas (Internet of Things – IoT) pode ser utilizada tanto em nossas casas como em todos os setores do mercado e tem um futuro promissor: segundo o IDC, no Brasil este mercado deve movimentar aproximadamente US$ 7 bilhões em 2020, valor 71% maior que em 2015. Mas, é necessário lembrar que existe um pontoser discutido e aprimorado para que essa tecnologia seja cada vez mais viável: a segurança.
A Internet das Coisas conecta dados para beneficiar a sociedade e, atualmente, isso acontece no mundo das mais diversas formas: tags de pedágio e estacionamento que nos poupam de ficar em filas, na área de saúde colaborando com o tratamento de pacientes por meio de pulseiras inteligentes, em cidades controlando a emissão de poluentes ou, ainda, para monitorar o comportamento do consumidor por meio de tags de identificação em sacolas de lojas físicas. O campo de atuação é vasto e não para por aí. É possível realizar gestão e controle para aprimorar os negócios, reduzindo custos e aumentando as vendas.
Entretanto, uma recente pesquisa da Symantec identificou que em 2015 houve um grande salto no número de ameaças à IoT e que algumas delas permanecem ativas em 2016. Como tudo está conectado, os cibercriminosos encontram mais falhas de segurança, pois existe um maior volume de portas de entrada. Eles sabem que normalmente não há atenção aos itens de segurança, dentre eles os mais básicos, como senhas que tendem a ser simples mesmo com a missão de proteger a privacidade de dados relevantes. Como existem vários dispositivos que contém informações preciosas sobre uma pessoa ou companhia, os riscos são altos caso não sejam gerenciados.
Assim, as companhias precisam estar ainda mais atentas a segurança de suas informações, pois seus dados não são apenas delas. Seus dispositivos conectados possibilitam acesso a informações importantes sobre os negócios em que atuam, de seus clientes e, por consequência, dos consumidores. Por isso, tais dados não podem oferecer riscos, uma vez que isso traria perda financeira e de credibilidade perante os clientes. Felizmente, o mercado de tecnologia respira evolução e já existem players que se dedicam a pesquisas, com milhares de patentes em todos os mercados e soluções seguras e atualizadas para viabilizar a expansão da Internet das Coisas.
Vale ressaltar que é necessário que as empresas expliquem aos consumidores de que forma seus dados serão utilizados: como, para que, onde e quando farão uso de suas informações pessoais. Para que essa troca e integração aconteça de forma saudável – e segura –, é importante que a sociedade cobre o poder público pelo desenvolvimento de regulamentações que tragam regras e práticas claras a serem seguidas. Antes cobrávamos apenas a proteção física, mas nossa realidade também se tornou virtual e conectada, ou seja, temos muito mais para proteger.
Ainda, com uma maior privacidade das informações, haverá mais confiabilidade no uso da Internet das Coisas pela sociedade como um todo. Afinal, a integração de itens de sua casa com o celular, por exemplo, não é comum e o desconhecido pode gerar desconfiança. Orientação e informação também fazem parte do desenvolvimento de um segmento e, nesse ponto, chegamos a mais um item de interesse para que o mercado cobre essa atenção dos órgãos reguladores.
Podemos ter boas expectativas, pois as empresas percebem cada vez mais o valor que essa tecnologia possui e isso fica nítido quando vemos o crescimento do investimento feito nela, como mencionei anteriormente. Tanto a indústria como o varejo, por exemplo, podem utilizar a Internet das Coisas para resultados relevantes, como: melhorar e acelerar as vendas, reduzir custos na cadeia logística, otimizar tempo e custo controlando ativos e obter informações para gerar campanhas de marketing.
Certamente, tais benefícios são apenas o início do que pode ser conquistado pelo mercado corporativo – e a sociedade como um todo – com essa tecnologia. Sua combinação com o Big Data e a inteligência artificial trarão ainda mais novidades em um futuro bem próximo. Destaco com otimismo que o mercado de IoT, mesmo em meio à crise que vivemos no Brasil, possibilita um mundo de oportunidades. Da geração de novos postos de trabalho a novos negócios, há uma busca constante por tecnologias que facilitem o dia a dia e tenho convicção de que a IoT será protagonista disso.

(*) É Evangelista de Cloud da Fujitsu do Brasil.