182 views 20 mins

Tecnologia 08 a 10/07/2017

em Tecnologia
sexta-feira, 07 de julho de 2017
shutterstock---- temporario

Qual sua Maturidade de Gestão?

Quando falamos em maturidade logo imaginamos algo que já esteja “pronto” para determinada situação. Um produto para ir às prateleiras, uma empresa para abraçar um novo mercado, um profissional para assumir o papel de líder, por aí em diante. Desde cedo, em casa, aprendemos que é com a maturidade que se conquistam benefícios, não é mesmo? O da confiança, da liberdade, das escolhas. Mas o que isso tem a ver com gestão?

shutterstock---- temporario

Décio Moreno (*)

Em resumo, ser maduro é ter conseguido vivenciar uma série de experiências significativas ao longo da vida, tornando-se assim mais preparado para enfrentar os problemas do dia a dia. Uma empresa com maturidade é aquela que tem know-how e agilidade para se ajustar ao mercado tanto interna, como externamente.

De forma geral, existem quatro níveis de maturidade de um negócio. Para começar, vamos falar das STARTUPS, empresas ainda em estágio inicial, mas com grande potencial. Elas têm uma visão imediatista, com ações que precisam se converter o mais rápido possível em dinheiro para manter o negócio ativo. Sua condição financeira está intimamente ligada à do seu proprietário. A prioridade é manter-se em funcionamento, atrair pessoas de talento e investimento, impulsionando o crescimento do negócio.
Em segundo lugar vêm as EMERGENTES. Essas são empresas mais sólidas no mercado, com mais recursos financeiros. Suas ações comerciais são de curto prazo. Normalmente, estão focadas no desenvolvimento dos produtos e serviços oferecidos, não deixando de melhorar seus processos internos. A retenção das pessoas de talento é primordial para seu crescimento.

No terceiro estágio, aparecem as empresas EM EXPANSÃO. Estas já têm suas finanças separadas das de seu fundador, suas preocupações estão mais focadas em otimização de processos, transparência e rapidez nas respostas. Sua visão é de médio prazo e os investimentos passam a ser mais abrangentes, não só na atividade fim do negócio (ex.: RH, TI, CRM).

Por último, vêm as MADURAS. Como o próprio nome indica, este é o nível mais elevado que uma empresa pode atingir. A visão é de longo prazo e os investimentos passam a ser direcionados para pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e serviços. Neste caso, as preocupações, além das anteriores, têm a ver com planejamento estratégico, gestão de riscos e inovação. Se é aqui que você se identifica, parabéns! Sua empresa chegou lá!

Só cuidado para não se iludir! Maturidade não tem a ver com lucratividade, quantidade de clientes ou tempo de vida da empresa, mas sim quanto se consegue obter de aprendizado em cada negócio efetuado. Um conceito que não é fácil de incorporar, mas que no final vale muito a pena! Ter maturidade traz para sua empresa uma série de vantagens, como melhoria das relações com seus stakeholders, maior aproveitamento das oportunidades do mercado, melhor preparo para possíveis ameaças, entre muitas outras.

No Brasil, a FNQ (Fundação Nacional da Qualidade) criou um modelo de excelência de gestão com o objetivo de auxiliar empresas que buscam ampliar e atualizar seus conhecimentos na área da gestão organizacional, onde indica alguns itens básicos para ter excelência e maturidade na gestão. Um deles é compreender que a organização é um sistema vivo, integrante de um ecossistema complexo, com o qual interage e do qual depende. Outro, gerar valor para todos os integrantes da cadeia, numa relação de interdependência e cooperação. Finalmente, a recomendação é que se tenha qualidade na interação com o seu ecossistema, velocidade de aprendizado e capacidade de adaptação diante de novos cenários imprevistos e incontroláveis.

Não é exatamente uma receita pronta, mas junto com a adoção de melhores práticas do mercado e soluções que possibilitem tornar reais essas recomendações, é um importante começo para quem quer chegar no topo e atingir a excelência.

(*) é diretor de Tecnologia da Engine.

Solução de interoperabilidade de vídeo integrada ao Microsoft Office 365

A Polycom, Inc., líder global de soluções de comunicação empresarial, apresenta o Polycom® RealConnect™ para Microsoft Office 365, um serviço adicional ao Skype for Business Online que entrega a interoperabilidade de vídeo entre endpoints em uma reunião de Skype for Business. O anúncio é fruto da parceria global estratégica de mais de dez anos entre Polycom e Microsoft.

“O Polycom RealConnect é a única solução de interoperabilidade de vídeo certificada para plataformas Microsoft Office 365 e Skype for Business, pois resolve um antigo dilema entre os usuários que era realizar videoconferências a partir de diferentes tecnologias e todas funcionarem em conjunto. Além disso, sua interface familiar garante a possibilidade de se conectar aos colegas de trabalho ou contatos externos mais facilmente”, diz João Aguiar, diretor de engenharia de sistemas da Polycom para América Latina.
Para organizações que ainda não utilizam o Skype for Business Online como parte do Office 365, o RealConnect também está disponível em implementações híbridas e locais. Essas soluções também fazem parte do licenciamento de software de colaboração RealPresence Clariti, e inclui o direito à travessia de firewall, controle de chamadas, conferência e provisionamento de endpoints.

Confira os principais benefícios do Polycom RealConnect para Microsoft Office 365:

Experiência simples e intuitiva do Outlook e Skype for Business
O Polycom RealConnect utiliza o agendamento nativo do Skype for Business através do Outlook, por isso é fácil e intuitivo para os usuários agendarem uma chamada com interoperabilidade de vídeo no Skype. Os usuários do Skype for Business se reúnem para uma videoconferência através de um clique, proporcionando uma experiência familiar entre as interfaces.

Aproveitar o investimento em vídeo já existente
O Polycom RealConnect permite que as organizações que já possuam soluções de videoconferência, incluindo salas de vídeo imersivas, implementem uma solução de colaboração de ponta a ponta centrado no Skype for Business. Ao permitir que os endpoints de vídeo existentes na sala se conectem à reunião de vídeo do Skype for Business, o RealConnect facilita a migração de uma colaboração de vídeo para o Skype for Business e Office 365 no seu próprio ritmo.

Fácil gerenciamento e provisionamento
O RealConnect para Office 365 é a única solução de interoperabilidade de vídeo em nuvem aprovada pela Microsoft. Ele integra-se diretamente com o Microsoft Office 365, permitindo que os administradores gerenciem e forneçam licenças do RealConnect dentro do seu portal de administração do Office 365. Esse serviço está hospedado no Microsoft Cloud e é operado e suportado por uma equipe dedicada da Polycom.
O Polycom® RealConnect™ para Microsoft Office 365 está sendo lançado para o mercado brasileiro a partir deste mês (julho 2017), ao preço estimado para usuário final de US$ 16,99 ao mês e pode ser adquirido por meio de subscrição de um ou três anos por meio de qualquer canal certificado da Polycom Brasil.

Os líderes empresariais entenderam o impacto da AI?

K. Ananth Krishnan (*)

É difícil abrir um jornal ou revista sem ler algo sobre Inteligência Artificial (AI)

As discussões incluem desde quem tem preocupações sobre questões como emprego e segurança até aqueles que acham que a AI promete grandes saltos de produtividade e, em muitos casos, a solução para alguns dos desafios mais difíceis enfrentados pelo mundo, como as alterações climáticas.
A realidade do impacto da AI é, no entanto, um pouco diferente. Como uma das principais empresas de consultoria de tecnologia do mundo, nós da Tata Consultancy Service (TCS) estamos profundamente interessados no impacto dessa tecnologia emergente e temos feito grandes investimentos para compreender o que está em jogo — as oportunidades e os desafios, os líderes e os seguidores.
Algumas empresas estão puxando a fila e fazendo grandes investimentos em TI. A gigante da tecnologia, Apple está realizando apostas por meio da Emotient, sua recente aquisição de AI para reconhecimento facial, com o propósito de melhorar a reação a anúncios. A Shell, outra gigante no setor de petróleo e gás, lançou um assistente virtual online para responder às dúvidas dos clientes. Outras empresas estão “esperando para ver” enquanto avaliam onde terão o maior retorno. De qualquer forma, nosso Estudo de Tendências Globais, para o qual foram entrevistados quase mil dos maiores tomadores de decisão em todo o mundo, de treze setores industriais diferentes, descobriu que há uma crença avassaladora na AI.
Mais de quatro em cada cinco empresas (87%) encaram a AI como “essencial”, e quase metade a veem como uma tecnologia “transformadora”. Isso foi especialmente declarado na Europa e na América do Norte, regiões que têm sido líderes no investimento nessa área nos últimos anos, com o gasto médio atingindo 73 milhões e 80 milhões de dólares na Europa e nos EUA, respectivamente.
Os compromissos financeiros com a AI devem crescer consideravelmente, com 7% dos líderes empresariais que planejavam investir, no mínimo, 250 milhões de dólares em 2016 e mais outros 2% já destinando 1 bilhão de dólares à AI por volta de 2020. Esse apetite pelo investimento em AI e a apreciação de seu impacto têm uma influência importante sobre as futuras decisões de negócios em quatro áreas principais:
Em primeiro lugar, as empresas que investirem agora obterão uma vantagem. Os líderes em AI que estão fazendo os maiores compromissos têm potencial para ultrapassar os demais, tamanho o impacto transformador dessa tecnologia.
Isso é importante porque muitos acreditam que estamos em um ponto de inflexão para a tecnologia, que começará muito rapidamente a afetar a forma como as coisas são feitas, bem como a produtividade e a eficiência das organizações que fizeram os investimentos. A vantagem comparativa será aguda.
Em segundo lugar, embora as empresas reconheçam o valor, ainda há uma grande falta de compreensão sobre onde a AI está tendo o maior impacto e alguma confusão sobre onde investir. Nosso estudo descobriu que o usuário mais frequente da AI, atualmente, é o departamento de TI, com mais de dois terços (68%) das empresas usando a AI nessa área. No entanto, quando se perguntou sobre previsões futuras, os líderes empresariais viram crescimento em quase todos os setores de uma operação comercial. Até 2020, as empresas preveem que o impacto da AI se expandirá em proporções iguais para áreas como pesquisa e desenvolvimento, produção, operações corporativas, planejamento estratégico, recursos humanos, distribuição, compras e departamentos jurídicos.
A amplitude do impacto, ao que parece, não deixará quase nenhuma área operacional intocada. Isso representa, ao mesmo tempo, uma oportunidade enorme e um assustador processo de tomada de decisão para os líderes empresariais. Entretanto, uma coisa está clara: a previsão é de que os níveis de investimento vão decolar e ficar parado não é uma opção.
Em terceiro lugar, nosso estudo aponta para o potencial de consequências não intencionais igualmente importantes que os líderes e a sociedade em geral precisarão enfrentar e resolver. A fundação da Parceria de AI (em inglês, ‘AI Partnership’) no início deste ano – uma colaboração entre gigantes da tecnologia como Facebook, IBM, Google, Amazon e Microsoft, dedicada ao avanço da compreensão pública sobre o setor e à elaboração de normas para futuros pesquisadores seguirem – demonstra o grau de seriedade com que a comunidade de tecnologia está encarando isso.
Todavia, enquanto o setor de tecnologia está fazendo avanços positivos para construir a compreensão e criar quadros de colaboração sobre questões como a ética das tecnologias cognitivas, é a própria comunidade de negócios que precisa correr atrás.
Talvez uma das maiores preocupações seja o impacto que a AI poderia ter sobre os empregos, no entanto, o estudo da TCS aponta que esse receio pode ser exagerado. Por exemplo, entrevistamos uma série de empresas em nosso estudo, incluindo a Associated Press, que usou a AI para automatizar a redação de mais de três mil artigos curtos sobre divulgação de resultados trimestrais. A rede de notícias não perdeu nenhum posto de trabalho. Em vez disso, seu sistema liberou a equipe para trabalhar em artigos mais interessantes e reflexivos, de posse de conhecimentos mais profundos. Além disso, novos postos de trabalho foram criados para gerenciar a tecnologia de AI e manter os dados limpos.
Seria hipocrisia afirmar que não há questões importantes a resolver, especialmente no que diz respeito ao impacto sobre os empregos. Mas nosso estudo parece indicar uma avaliação relativamente otimista: os líderes empresariais identificam uma influência positiva, com maior geração de valor e funções mais envolventes, além de postos de trabalho inteiramente novos. Não podemos ser complacentes, mas as expectativas dos líderes empresariais reveladas em nosso estudo rebatem alguns dos pressupostos negativos que as pessoas têm sobre essa área.
A quarta área em que a AI possui um grande impacto é a maneira como as próprias funções de TI operam. A AI é apenas uma entre as muitas áreas da tecnologia que estão transformando os negócios — desde a Internet das Coisas até o Big Data e os aplicativos móveis. Trabalhando com organizações de todos os tamanhos vemos cada vez mais a necessidade de encontrar uma maneira de integrar essas partes móveis. Apesar de não haver uma solução fácil, tenho a firme convicção que uma boa parte da resposta está na criação de um núcleo digital robusto, com as bases a partir das quais soluções digitais e aplicações possam ser construídas. Isso inclui tudo: desde sistemas prontos para um mundo digital até aplicações de última geração, e desde uma abordagem que prioriza a nuvem até uma sólida segurança. Trata-se de igualmente preparar o local de trabalho e assegurar que a organização conte com as pessoas e habilidades certas.
Todos nós temos a responsabilidade de pensar sobre as oportunidades e encontrar soluções para os desafios. De minha parte, eu acredito que todos nós teremos grandes ganhos no futuro se abraçarmos esse novo paradigma da maneira certa.

(*) É Executive Vice President and Chief Technology Officer da Tata Consultancy Services (TCS), empresa líder em serviços de TI, consultoria e soluções de negócios.