O futuro da (des)bancarizaçãoQuando alguém pensa “preciso ir ao banco”, a primeira coisa que vem a cabeça é problema. Logo, pensamos na espera e aquele monte de gente que está lá para pagar uma conta, tirar um extrato ou pedir ajuda para um gerente. Perde-se muito tempo para resolver coisas relativamente simples Marcelo Ciampolini (*) Sem falar da falta de clareza na contratação de certos serviços, como empréstimos por exemplo; são taxas de abertura de cadastro, seguros obrigatórios, multa por pré-pagamento. Muita coisa que é difícil de compreender e que tem um grande impacto no custo desse serviço. Nem sempre foi assim, pois os bancos surgiram como uma evolução natural de práticas de empréstimo e crédito. Prestava-se um serviço e cobrava-se por isso, simples assim. Contudo, na medida em que foram surgindo novas modalidades de produtos, e de serviços, o tamanho e a complexidade das operações dessas instituições também cresceram. Hoje, se por um lado os bancos oferecem essa gama de produtos e serviços, por outro, acabamos sujeitos a contratar coisas que não precisamos ou são desnecessárias. É nesse contexto que começaram a surgir as fintechs. O termo é a junção das palavras em inglês “financial” e “technology”, e é usado para nomear as empresas que tratam diversos temas financeiros sob a ótica do usuário, e não mais pela dos bancos. A ideia não é ser uma solução completa para todas as necessidades financeiras do consumidor, mas sim, oferecer a melhor solução para um determinado serviço ofertado de maneira insatisfatória por um grande banco. Atualmente, existem fintechs focadas em empréstimos, em organização financeira, investimentos, seguros, transferências de recursos, meios de pagamento e a lista vai longe. Só em 2014, ao redor do mundo, as fintechs conquistaram US$ 12 bilhões em investimentos. Em maio desse ano, o Goldman Sachs já estimava que a indústria valia US$ 4,7 trilhões, o que corrobora o otimismo da previsão para 2015, na qual os aportes podem atingir US$ 20 bilhões. Essas startups usam a tecnologia para otimizar as operações. O foco é em nível de serviço e experiência. Não é à toa que elas surgem no momento em que os millennials, primeira geração que cresceu com acesso a computadores, smartphones e tablets em casa, se tornam a principal parcela da população que consome produtos e serviços financeiros. Essa geração é ávida pela informação e o imediatismo, logo, pensar num cenário que envolva deslocamento físico e espera para realização de determinada tarefa, como pagar um boleto, não é cabível. Esses clientes querem uma solução imediata para o problema que eles têm agora, e não uma solução completa para questões que serão importantes apenas no futuro. Assim sendo, começamos a ver um movimento de desconstrução do modelo original através da desbancarização. Ou seja, expandir a disponibilidade de serviços financeiros para mais de 2,5 bilhões de pessoas que atualmente não consideram sustentável manter uma conta bancária. A chave para essa inclusão financeira é a determinação de quais ferramentas e serviços eles realmente precisam e, oferecer com qualidade, novas formas eficientes e de nicho, afinal, eles não querem ser forçados às altas taxas de transações, crédito ou juros de empréstimo. As fintechs são uma das respostas a esse movimento. Nesse sentido, empresas brasileiras, ainda que tímidas, já entenderam o conceito, e oferecem alternativas para quem procura a independência financeira. O Guia Bolso, por exemplo, oferece auxílio aos usuários, por meio de um aplicativo, na hora de controlar os gastos. Já o Nubank, disponibiliza o controle total dos gastos do cartão de crédito pelo celular. A Lendico, oferece contratação de empréstimos online com transparência e sem burocracia. A área de finanças está em um momento disruptivo. O seu futuro será moldado pelo que as fintechs estão fazendo agora. Foi algo parecido com o que a Internet fez com os jornais, as locadoras e agora a música. É só uma questão de tempo para fidelizar o público até uma “grande maioria”. (*) É CEO da Lendico, plataforma online de empréstimo pessoal.
SOLUÇÕES MÓVEIS QUE AJUDAM AS CIDADES É TEMA DE DESTAQUE NO FÓRUM MOBILE+Problemas relacionados a educação, saúde, saneamento e mobilidade urbana são comuns nas cidades brasileiras. Com o avanço da tecnologia, diversos mecanismos estão sendo criados e têm permitido cidades a alcançarem soluções de maneira rápida e eficiente. No dia 23 de setembro, durante o Fórum Mobile+, especialistas discutirão sobre o assunto, no painel “Cidades conectadas: soluções móveis para melhorar a vida nas grandes metrópoles”, às 11h. A 8ª edição do evento acontecerá nos dias 22 e 23 de setembro, no WTC Center, em São Paulo. O painel vai abordar maneiras de conectar cidades inteiras através da tecnologia. O CEO da Serttel, Ângelo Leite; o gerente da divisão de smart cities e IoT da Telefônica Vivo, Eduardo Koki Iha; o gerente sênior de tecnologia da Promon Logicalis, Lucas Pinz; o secretário municipal de serviços de São Paulo, Simão Pedro Chiovetti; além de George Soares, do Centro de Operações Rio (COR); e Ivan Souza, da Geist farão apresentações sobre as experiências de smartcities no Brasil. O painel faz parte de um dia inteiro dedicado à Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês). Em um futuro próximo, quase tudo ao nosso redor poderá estar conectado e interligado via Internet. As smart cities têm o crescimento inteligente e planejado por meio das tecnologias e, além de serem conectadas e possuírem um grande fluxo de dados sobre vários de seus indicadores, evoluem de forma coletiva, digital e integrada. As cidades inteligentes são também cidades digitais, mas nem todas as cidades digitais são necessariamente inteligentes. A diferença está na capacidade das smart cities em resolver problemas e fazer uso efetivo das tecnologias, para melhorar a qualidade de vida urbana. Elas já são uma prioridade de estudo e investimentos nas políticas da União Europeia. Em Portugal foi criada, em 2013, a Rede “SmartCities Portugal”, com o objetivo de promover o desenvolvimento das cidades de forma integrada e criar inovações para servirem de base para outros países. O projeto já é um sucesso e avança cada dia mais. “A discussão é importante e o assunto está extremamente em evidência, já que é uma tendência natural da evolução das tecnologias e da globalização. A IoT interligando cidades revolucionará diversas questões das gestões municipais no Brasil, mas ainda é um desafio muito grande”, ressalta o editor do Mobile Time, Fernando Paiva, um dos curadores do Forum Mobile+. Além de IoT, o evento terá um dia inteiro dedicado a painéis e palestras sobre Varejo Móvel. A programação é composta por um congresso principal e uma sala paralela, na qual serão ministradas palestras sobre diversos assuntos relacionados ao mercado de soluções móveis corporativas (B2B), como sistemas de ERP, BI e CRM acessíveis em smartphones e tablets e uma área de exposição. A programação do Forum Mobile+ é elaborada pelos editores do MOBILE TIME (Fernando Paiva), TI INSIDE (Claudiney Santos) e Samuel Possebon (TELETIME). Inscrições e valores pelo site: http://convergecom.com.br/ portal/eventos/forum-mobile/ MICROSOFT ABRE INSCRIÇÕES PARA A IMAGINE CUP 2016A nova temporada da Imagine Cup 2016, maior competição mundial de tecnologia, começou e os estudantes de todo o Brasil já podem realizar as inscrições pelo site: www.imaginecup.com escolhendo entre as categorias Games, Inovação e Cidadania e diversos desafios online. O torneio representa uma oportunidade para que jovens se engajem ainda mais no universo da tecnologia, aprendam a construir ideias criativas e desenvolvam novas habilidades. Dentre as novidades da 14ª edição do torneio está o Imagine Cup Earth, fruto de uma parceria entre a Microsoft e a NASA, que desafia jovens de duas faixas etárias: 6 a 13 anos e 14 a 18 anos a desenvolverem apps, jogos e websites em prol do meio ambiente e do planeta. A iniciativa da Microsoft tem o intuito de conectar estudantes de todo o mundo e fornecer a eles ferramentas, recursos e experiências que transformem ideias inovadoras em realidade. “A Microsoft está em busca de projetos com potencial de negócios, e, o resultado tem sido positivo, pois 60% dos projetos da Imagine Cup viraram startups pelo mundo”, diz Richard Chaves, diretor de Inovação e Novas Tecnologias da Microsoft Brasil. Os estudantes com mais de 16 anos que se inscreverem para as categorias principais da competição; Games, Inovação e Cidadania concorrerão ao prêmio de $50 mil dólares, a um programa de aceleração e ainda podem ter a chance de representar o Brasil na fase mundial, que ocorrerá em julho de 2016, em Seattle, com todas as despesas pagas. | Produtos para uma casa totalmente conectadaA TP-LINK®, líder global no fornecimento de produtos de conexão para consumidores e empresas, anuncia hoje o lançamento do Roteador SR20 Smart Home com Touchscreen, um dispositivo de integração completo para Internet das Coisas (Internet of Things – IoT) na CES 2016, a mais importante feira de tecnologia para o consumidor final do mundo. O SR20 oferece desempenho AC1900 capaz de transformar a experiência de conexão doméstica atual, e além do Wi-Fi, atua com ZigBee e Z-Wave – dois padrões para comunicação sem fio muito comuns entre dispositivos eletrônicos inteligentes. O novo roteador TP-LINK oferece um controle centralizado de toda a casa conectada. Além da compatibilidade entre aparelhos de diversos fabricantes, a TP-LINK também está lançando uma linha completa de aparelhos para automação doméstica voltada para segurança, iluminação, e gestão de energia, que podem operar com o SR20. A linha inclui câmeras HD noturnas, lâmpadas ajustáveis via Wi-Fi, tomadas e interruptores inteligentes com monitoramento de energia. O portfolio da empresa está em exibição na CES 2016 no estande 31163, Tech East, LVCC, South Halls 3-4, Nível Superior. “Conectividade estável e confiável é a base para uma casa inteligente e conectada e a expansão da TP-LINK nesta nos possibilita oferecer as melhores soluções para o dia a dia das pessoas,” afirma Lewis Wu, Vice Presidente da TP-LINK nos Estados Unidos. “O roteador TP-LINK SR20 Smart Home combina nossa expertise de conexão com as tecnologias mais populares da Internet das Coisas para oferecer o melhor aos consumidores. Com os produtos para Smart Home da TP-LINK, consumidores de todo o mundo podem desfrutar de uma conexão confiável, gerindo seus aparelhos favoritos e mantendo-se ligados às suas casas, mesmo quando estiverem em outro lugar” (http://www.tp-link.us/). Codificação inadequada na segurança de retaguarda de aplicativos móveis põe em risco as informações dos consumidoresVincent Weafer (*) Os aplicativos móveis são práticos e fáceis de usar, mas às vezes seus desenvolvedores não se dedicam suficientemente à segurança de retaguarda As grandes empresas da Internet, como a Amazon, o Facebook e o Google, prestam serviços para muitos aplicativos, como armazenamento seguro e recursos de gerenciamento de dados, mas cabe ao desenvolvedor do aplicativo implementar o acesso a esses serviços, levando em conta a segurança. No ano passado, o McAfee Labs se uniu à Universidade Técnica de Darmstadt e ao Fraunhofer SIT para analisar a exposição da retaguarda de dois milhões de aplicativos móveis. Foi descoberto que muitas vezes a segurança deles é falha, permitindo o acesso não autorizado ao seu respectivo armazenamento na nuvem, incluindo nomes, endereços de email, senhas, fotos, operações financeiras e registros médicos. Essas informações podem ser utilizadas para roubo de identidade, distribuição de malware e estelionato. Segundo o Relatório do McAfee Labs sobre Ameaças, de novembro de 2015, alguns criadores de aplicativos não seguem as diretrizes de documentação e segurança fornecidas pelos serviços de retaguarda. Como a maioria dos aplicativos tem uma chave secreta embutida, uma das recomendações mais importantes é empregar, na manipulação do registro de dados importantes, um canal diferente do canal da atividade fim do aplicativo. Caso contrário, alguém com pouco conhecimento técnico pode facilmente extrair a chave e ler, atualizar ou excluir registros. A ironia é que os aplicativos que transportam malware também não seguem as orientações de segurança dos serviços de retaguarda que utilizam, permitindo que os pesquisadores investiguem suas atividades mal-intencionadas. A Intel Security analisou 294.817 aplicativos de malware móvel e encontrou 16 que utilizam práticas ruins de programação de segurança para a conexão com a famosa retaguarda Facebook Parse. Eles estavam associados a duas famílias de Cavalos de Tróia para banco pelo celular, Android/OpFake e Android/Marry. O Facebook foi notificado e essas contas foram encerradas. A Intel Security descompilou e analisou esses Cavalos de Tróia para entender como eles funcionam e quais informações eles coletam. Após a instalação, normalmente a partir de um link mal-intencionado numa mensagem de texto, que se apresenta como sendo de um conhecido aplicativo russo de mensagens instantâneas, o malware esconde seu ícone e inicia um serviço em segundo plano para interceptar as mensagens de SMS e enviar informações do usuário ao seu servidor de controle. Agentes de malware utilizam o serviço de retaguarda para enfileirar e gerenciar os comandos de cada telefone infectado, à espera de mensagens de SMS de aplicativos bancários que podem modificar e reutilizar. Nos meses de junho e julho, apenas essas duas famílias de malware interceptaram quase 170 mil mensagens de SMS, a maioria delas pessoais, violando a privacidade das pessoas infectadas. No entanto, essas mensagens continham várias operações bancárias, tais como consultas a números de cartão de crédito, saldos de contas e realização de transferências de valores. Mais de 20 mil comandos foram executados nesse período, principalmente para estelionato. Contando o número de identificadores de dispositivos exclusivos no armazenamento de dados do malware no serviço de retaguarda, foi determinado que aproximadamente 40 mil usuários foram afetados por esses dois Cavalos de Tróia. A lição tirada dessa investigação é que se deve tomar muito cuidado com os aplicativos que você baixa no celular. Como é muito difícil conhecer a segurança da implementação de retaguarda de um determinado aplicativo, recomendamos que você prefira os aplicativos idôneos com homologação de segurança independente. Além disso, evite o enraizamento do dispositivo ou não deixe de desenraizá-lo depois de utilizar privilégios necessários de administrador, pois o malware muitas vezes usa indevidamente os direitos de acesso para instalar aplicativos discretamente e sem consentimento. (*) É vice-presidente do Intel Security Group.
Panasonic desenvolve freeze-ray em colaboração com o FacebookA Panasonic Corporation anunciou na CES 2016 que desenvolveu o freeze-ray, um sistema de arquivamento de dados baseado em discos óticos, em colaboração com o Facebook. Esse sistema irá atender a demanda crescente por formas mais eficientes e sustentáveis de armazenar e acessar dados frios — acessados raramente ou nunca, mas armazenados no longo prazo — em data centers do mundo todo. A solução freeze-ray reduz os custos operacionais e o uso de energia nos data centers, com robusta integridade dos dados e armazenamento frio melhorado. Tudo por causa de características particulares desses discos óticos, incluindo longevidade, imutabilidade, compatibilidade retroativa, baixo consumo de eletricidade e tolerância a mudanças ambientais. Nesta parceria, a Panasonic ofereceu a tecnologia ótica de alta densidade, os aparelhos fundamentais (discos óticos, drives e robótica relacionada) e o software de biblioteca para controle fácil do sistema no data center. Já o Facebook colaborou com sua experiência em criação, emprego, gestão e manutenção de sistemas de armazenagem em data centers. Além do extenso feedback técnico e da experiência real em cada estágio do desenvolvimento. As duas companhias vêm trabalhando em duas gerações da solução freeze-ray. O Facebook usa atualmente o sistema de arquivamento de primeira geração, baseado em disco Blu-ray de 100 GB em seus data centers; e espera usar a segunda geração do sistema, 300GB Archival, ainda em 2016. “À medida que o Facebook cresce, precisamos sanar os desafios de engenharia com uma solução eficiente, sustentável e de baixo custo que acompanha nossa velocidade e nossa escala de dados em exabytes”, disse Jason Taylor, diretor de infraestrutura da companhia. “Observamos que há um crescimento exponencial no número de fotos e vídeos carregados no Facebook e o trabalho que realizamos com a Panasonic é empolgante porque o armazenamento ótico introduz um meio imutável, ajudando a garantir que as pessoas tenham acesso de longo prazo a suas memórias digitais”, completa Taylor. Já Yasuji Enokido, presidente da AVC Networks Company, pertencente à Panasonic afirma que a “Panasonic está feliz com a oportunidade de colaborar com o Facebook, com seu forte posicionamento e influência no mercado de armazenamento de dados e conhecimento necessário para desenvolver o arquivador ótico de dados, com validação em ambientes verdadeiros de data center”. Enokido argumenta ainda que a empresa espera que o mercado consumidor e o mercado de B2B “sejam capazes de aproveitar os benefícios da tecnologia ótica que a Panasonic vem refinando há 30 anos”. As duas empresas pretendem continuar colaborando no estudo e eventual desenvolvimento de sistemas de última geração.
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