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Tecnologia 07/10/2015

em Tecnologia
terça-feira, 06 de outubro de 2015

PMEs: sete dicas para construir sua credibilidade online

Se você ainda acredita que construir uma boa reputação online é algo rápido, conquistado simplesmente com um bom website e anúncios em buscadores e portais, recomendo rever seus conceitos

avaliacao temproario

Lívia Lampert (*)

Na internet, qualquer tipo de informação sobre sua marca pode circular livremente, a uma velocidade inimaginável, por meio das mídias sociais, blogs ou qualquer outro canal, seja ela informação boa ou ruim.
Estabelecer confiança no seu negócio online é, ao mesmo tempo, vital e difícil. Essa é uma missão especialmente complicada para quem está dando os primeiros passos e ainda não tem uma marca conhecida. Além dessas dicas, existem diversos fatores que influenciam na credibilidade de seu negócio, mas o fator principal é, sem dúvidas, a qualidade do produto/serviço que você oferece. Porém, mesmo empresas com produtos de ótima qualidade podem ter problemas se não observarem alguns detalhes.
A construção de uma relação confiável junto aos clientes (ou potenciais) é um passo importante para os negócios online, em especial para os e-commerces. Mesmo se você não tem uma marca reconhecida (ainda), empregar atitudes e sinais podem ajudá-lo a provar para seus usuários e clientes que a sua empresa é confiável e legítima. É uma imagem construída por fatos. Então, encoraje seus clientes a avaliarem cada experiência de compra.
1. Seja transparente, sempre
Na sua comunicação via telefone, chat ou mídias sociais, não responda aos seus clientes e possíveis clientes como um robô. Lembre-se de sua natureza humana e mantenha uma comunicação autêntica e humanizada, se você tem um time que atende clientes, prepare-os para atender de forma educada e sincera. Respostas prontas devem se restringir a questões técnicas.
É muito mais fácil gostar, conhecer e confiar nas pessoas por trás das marcas do que nas marcas em si. Por isso, adicionar imagens dos membros da equipe, juntamente com breves biografias pode ajudar a desenvolver ainda mais a confiança por humanizar a sua marca. O tom do conteúdo também é importante, dependendo da sua área é ideal ser mais despojado ou mais direto, evite exagerar na retórica e passar a sensação de que está “enrolando” o visitante. Lembre-se, a importância de humanizar sua marca vem do fato de que as pessoas preferem fazer negócios com aqueles que gostam, conhecem e confiam. Aproveite e capriche na página de apresentação do seu negócio, o link “Sobre nós” do seu site. Inclua os prêmios que recebeu e qualquer outra grande realização da empresa.

2. Opções de contato devem ser encontradas facilmente
Para mostrar a legitimidade do seu negócio online, não esqueça de ter uma página de contato no seu site. Essa página precisa conter no mínimo:
• Um endereço físico
• E-mail de contato
• Número de telefones
Dependendo do caso outras informações podem ser necessárias. Não esqueça de ser consistente quando preencher essas informações em outros locais da web, como o Google Meu Negócio.

3. Compartilhe depoimentos e resenhas
Sempre que possível, inclua reviews de produtos e serviços na sua página. Essa é uma forma convincente para ganhar a confiança dos visitantes, pois muitos consumidores pesquisam bastante antes de fechar compras e contratos, sendo que saber a opinião de um cliente satisfeito pode ser decisivo. Torne a busca por informações que engrandecem seu produto/serviço ainda mais acessível, incluindo links de testemunhos e resenhas.

4. Ajude!
Para um marketing de conteúdo orientado à credibilidade, use seus canais online para ajudar o cliente. Se você demonstrar que sabe do que está falando, sua reputação irá convencer os usuários de que seu negócio é legítimo. Forneça informações valiosas e de interesse do seu público, além de participar das discussões em torno da sua área de atuação.

5. Design e visual alinhados à proposta do negócio
Um web design obsoleto, sem conexão com o que sua empresa acredita, seus esforços em conteúdo serão em vão. Não importa o quão relevante e atrativo é o seu conteúdo, você precisa de um design que acompanhe toda essa performance, caso contrário, se o design do site parece feio e pouco profissional (ou não pode ser lido no celular ou tablete), você provavelmente perderá uma grande porcentagem de usuários devido à péssima experiência de uso.

6. Pagamento seguro
Quando o cliente está pronto para comprar, há um detalhe final que pode influenciar a sua decisão de seguir com ele: a segurança da transação. É importante que fique visualmente claro, que os dados estão sendo trocados em uma conexão segura.
É importante usar criptografia SSL para impedir que pessoas não autorizadas acessem as informações financeiras. Adicionar um ícone ou texto breve na área de check-out afirmando que todas as transações são seguras pode ser útil também.
Além desse texto, existem alguns fatores visuais que atestam o uso do certificado SSL como, por exemplo, o início da URL do site passa de http:// para http://. Outro sinal consiste em um cadeado que aparece fechado, na barra de endereço, enquanto o usuário navega em ambiente seguro. Também na barra de endereços, o nome da marca do e-commerce aparece em verde.

7. Monitore sua reputação
Mesmo com diversas ferramentas disponíveis para medir e monitorar o que estão falando da sua marca, é possível fazer isso de forma manual, se você é uma pequena empresa. Comece com uma pesquisa simples sobre a sua empresa e seus produtos ou serviços nas principais ferramentas de busca. Depois identifique a origem e analise o conteúdo apresentado em cada uma delas.
Se os seis primeiros resultados se referem à sua organização em termos neutros ou favoráveis, você pode se sentir bastante satisfeito. E se mais de 50% desses resultados vêm de locais fora do seu domínio, considere-se mais que satisfeito.

(*) É head de marketing para a KingHost

 

Entidades unem-se contra MP 694 que prejudica os setores de Tecnologia, Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Em reação contra a suspensão da Lei do Bem, a ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) se uniu à ANPEI (Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras) e mais 11 entidades empresariais em uma carta à presidente Dilma Rousseff, manifestando seu repúdio ao fim do benefício fiscal à pesquisa, desenvolvimento e inovação previstos na Lei do Bem.
“Apesar de ser um dos setores reconhecidos pela sua capacidade de impulsionar a economia, o setor de Tecnologia da Informação tem sido prejudicado pelo governo continuamente. Nem bem entrou em vigor a reoneração da folha de pagamento e o governo já emitiu duas medidas provisórias para revogar dois pontos da Lei do Bem”, explica Jorge Sukarie, presidente da ABES.
Com a última edição da MP 694, ocorrida no dia 30 de setembro, o governo revoga os incentivos às empresas que investem em pesquisa, desenvolvimento e inovação, colocando em risco os Centros de Pesquisa e Desenvolvimento instalados no Brasil. Dias antes, o governo havia editado a MP 690, que em um de seus artigos revoga a isenção do PIS e da COFINS para dispositivos móveis dedicados ao consumidor como desktops, notebooks, tablets, smartphones, entre outros.
Para a entidade, o fim do incentivo da isenção destas contribuições, proporcionado pela Lei do Bem, deve trazer de volta a informalidade ao segmento, que desde a sua promulgação caiu de mais de 70% para menos de 20%, gerando assim diminuição de empregos regulares e menor arrecadação de outros impostos, principalmente, II, ICMS, IPI, IR e CSLL. A redução na venda destes dispositivos e o aumento da informalidade terão impacto negativo no desempenho do setor de software, tecnologia abarcada nesses aparelhos.
De acordo com o manifesto enviado pelas entidades, a sanção da Lei do Bem, em 2005, foi umas das principais conquistas da sociedade brasileira para o estímulo ao desenvolvimento da pesquisa e inovação empresarial, para a cooperação entre as entidades de ciência e tecnologia e para a atenção de centros globais de PD&I para o Brasil.
Ainda segundo o manifesto, os recursos da Lei do Bem estão vinculados, em média, a 50,8% dos projetos de PD&I das empresas que utilizam o benefício. O incentivo fiscal foi um dos principais viabilizadores econômicos para a implantação de 15 novos centros empresariais de grande porte nos últimos 4 anos no Brasil e foi relevante para a produção de no mínimo 20.000 novos produtos ou aperfeiçoamentos tecnológicos de processos para a sociedade e para a economia brasileira.

A Inteligência Artificial no dia a dia – Isso não é apenas sobre robôs

Matthew Gharegozlou (*)

Vivemos numa época em que, segundo o Gartner, o avanço da inteligência artificial caminha para a consolidação dos assistentes digitais em suas diversas formas

Tais assistentes – como é o caso da Cortana da Microsoft, o Siri da Apple e o Google Now – têm a capacidade de reconhecer as instruções de voz e conectar diferentes termos de pesquisa com sofisticados conjuntos de dados para oferecer aos usuários informações relevantes. Tudo indica que a evolução destes assistentes digitais está fadada a prosseguir. E também que os dispositivos “autônomos” ou de inteligência artificial (AI) embutida nos Apps, irão levar a Internet das Coisas (IoT) a u m novo patamar.
Eu, Robô” Ainda não
Mas não. Nós não estamos ainda totalmente preparados para o mundo do “Eu, Robô” ou do “Blade Runner” e não teremos, em um futuro breve, os prosaicos mordomos robóticos. Em vez disso, a inteligência artificial (AI) vai assumir formas cada vez mais “conscientes” e sofisticadas de software, com capacidade de decisões cada vez mais complexas em dispositivos inteligentes de IoT.
É fato que, numa visão mais rigorosa, o papel que a AI vai ocupar no campo de software para smartphones ainda está em fase de amplas discussões, mas já sabemos, com boa dose de certeza, que os assistentes movidos a voz serão capazes de decidir por si próprios quando são ou não são solicitados a servir, num contexto de relativa consciência informacional.
Outro consenso que vai se formando é que esta promessa futura da AI tende a trazer muitas oportunidades de negócios, tal como prevê o Gartner, que o poder dos assistentes digitais de AI tendem a melhorar muito a experiência dos consumidores e, mais especificamente, a experiência na hora das compras.
Para se habilitar a estas novas oportunidades, as empresas precisam, desde já, blindar seus colaboradores e clientes com meios capazes de explorar as vantagens de produtividade e eficiência de acesso a serviços e informações que estes assistentes proporcionam.
Por que o Cortana vai se tornar algo mais do que apenas um “amigo digital”
A Internet das Coisas hoje é baseada na captura e conectividade de dados, utilizando regras pré-determinadas para a correlação dos dados. Simplificando, a Internet das Coisas traduz-se em um gerenciamento de dados que usa os motores de decisão sofisticados, sendo o App o que se poderia chamar de “encanamento inteligente” para estes dados.
O próximo passo, previsto para acontecer e começar a se popularizar já neste ano, é a capacidade de tais assistentes digitais realizarem tarefas corriqueiras, sejam fixas ou com variações táticas, tais como reposição de itens de supermercado; o preenchimento de nomes, endereços e dados de cartão de crédito de forma rápida e automática, segundo o Gartner.
Mas a AI tem, na verdade, um potencial para fazer muito mais, como o de agir de forma proativa e autônoma para tomar decisões ou sugestões de forma antecipada a partir da avaliação do cenário. Por exemplo, a AI poderá alertar o usuário para os bloqueios de estradas que significariam perder um voo; ou para lembrá-lo de levar o seu guarda-chuva por conta da previsão do tempo.
Embora isso já possa acontecer em certa medida hoje, esta autonomia de decisão se dará em uma escala bem maior e envolvendo um ecossistema de conjuntos de dados complexos que podem resultar em ação dinamicamente com base na preferência do usuário.
A oportunidade de negócio para AI
O Gartner também prevê que até o final de 2016, as decisões de compra mais complexas, tais como a do equipamento de volta às aulas, sendo feitas de forma autônoma por assistentes digitais, chegarão a uma movimentação de mercado de US $ 2 bilhões de dólares anuais. Se isto de fato acontecer, será o equivalente a uma ação envolvendo 2,5% dos usuários móveis do planeta, cada um deles confiando nos assistentes um pedido de US $ 50 por ano.
Fica patente, nesse exemplo, a enorme oportunidade das empresas de app fazerem parcerias com a cadeia de abastecimento para colaborar e entregar ofertas ultrapersonalizadas em tempo real, a partir das quais o assistente digital pode conscientemente escolher as opções disponíveis e apresentar uma oferta ao usuário. Com a vantagem de que estas empresas poderão optar por construir seus próprios assistentes digitais, de ponta a ponta, para desenvolver plataforma de ofertas, ou recolher e integrar dados e funcionalidades de outras ferramentas de AI já existentes.
O fato é que, mesmo não tendo nenhuma garantia prévia de que uma oferta A ou B venha a ser de fato selecionada por um determinado motor de pesquisa avançada e de decisão, estas ofertas precisarão estar planejadas e tecnicamente acessíveis para a fácil aquisição por parte dos aplicativos de compra.
Por sua vez, os assistentes digitais precisarão estar aptos a entregar aos funcionários do estabelecimento as informações corretas de negócios a partir das sugestões do software em termos de calendário de eventos, lembretes ou alertas baseados na interação com os dispositivos inteligentes do cliente.
Essas fantásticas funcionalidades dos assistentes irão aumentar bastante a produtividade nas transações com o consumidor e, da mesma forma, com os colaboradores. Teremos, em breve, a construção de casos de sucesso muito concretos que poderão resultar na introdução de novos caminhos para o marketing com base na captação e operacionalização de fluxos de dados para a geração de receitas.
O caminho a seguir pelos desenvolvedores
Por enquanto, os desenvolvedores devem se preparar para a eventualidade de a AI ter de se confrontar com conjuntos de dados complexos em escala descomunal, o que trará problemas a resolver sobre como tais massas de dados poderão ser usadas para a interação e integração através de ferramentas muito sofisticadas. De modo que esta questão do gerenciamento da integração e gerenciamento dos dados disponíveis na rede tem de ser resolvida rapidamente.
Uma recente pesquisa global junto aos desenvolvedores, encomendada pela Progress e conduzida pela Harbor Research, descobriu que 30% desses já experimentaram o peso das grandes massas de dados e se sentiram sobrecarregados ao tentar gerenciar tudo isso para a contextualização de aplicações de Internet das Coisas.
O modo de enfrentar os grandes conjuntos de dados também vai depender de como os vários blocos de dados precisarão se relacionar entre si, o que aumenta ainda mais os níveis de dificuldade. É bem possível que os desenvolvedores tenham que apelar para especialistas visando resolver o problema do processamento e integração desses dados complexos.
Felizmente, as novas visões da tecnologia de dados, como a Hadoop e NoSQL, fornecem plataformas para permitir soluções escaláveis, flexíveis, de custo efetivo, rápidas e resilientes. Muitas empresas irão precisar de uma combinação híbrida, de dados estruturados e não estruturados, e essas plataformas oferecem o espaço para hospedar e lidar com diferentes blocos de dados.
Construindo o futuro da AI
As empresas e os desenvolvedores que trabalham com elas, precisam se preparar para o novo cenário da AI. A oportunidade de melhor envolver os consumidores e empregados na produtividade e na compra trará benefícios abundantes para os negócios. A pedra angular para assegurar que as empresas estejam tão preparadas quanto possível para a tendência AI está em sua capacidade de definir uma estratégia de gestão de dados e usar as ferramentas certas para fazê-la.
A corrida que está começando é a de se descobrir como usar dados complexos para motores de decisões sofisticadas e autônomas; e esta corrida tende a se acelerar rapidamente. A competitividade e capacidade de inovação, portanto, irão depender desses fatores.

(*) É VP da Progress para América Latina e Caribe.