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Tecnologia 06 a 08/05/2017

em Tecnologia
sexta-feira, 05 de maio de 2017
7-dicas-para-quem-pretende-abrir-um-e-commerce-de-moda temproario

E-commerce x e-mail marketing: uma relação sem divórcio

Converso diariamente com heads de marketing digital de e-commerces e é comum ouvir duas opiniões bem diferentes: os que têm repúdio ao e-mail marketing e os que aumentam suas vendas com essa mídia

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Dyego Joia (*)

Alguns dizem que já tentaram, mas não funcionou muito bem. Outros dizem que odeiam receber e-mails desse tipo em sua caixa de entrada. Já ouvi o coordenador de marketing de um grande varejista dizer “e-mail marketing é furada!”. Ok, era a visão dele. Do outro lado já ouvi “o e-mail marketing salvou meu faturamento”. São duas visões bem diferentes sobre o mesmo canal, mas apenas uma delas está vendendo. Por quê?

Erros comuns
• Falta de estratégia: Qualquer ação realizada sem estratégia oferece um alto risco de não trazer resultado. Com o e-mail marketing não é diferente. Disparar apenas por disparar não funciona. É preciso saber por que aquela campanha está sendo criada, quando será disparada e se o que você vai mostrar ao seu cliente é relevante para ele.

• Deixar em 2º plano: É comum empresas dispararem e-mails apenas quando as vendas do dia/semana/mês estão em baixa. Também é comum enviar uma campanha para oferecer aquele produto que está no estoque há meses. É importante salientar que o e-mail não fará mágica com seu faturamento nem com seus produtos parados. Se aquele produto está parado no estoque, há um motivo para isso. Pode não ter valor agregado, o preço pode estar acima da média, pode não ter a qualidade que seu cliente espera, etc. O mesmo serve para o faturamento, se você não está atingindo a meta, não é uma campanha que irá salvar (pode até acontecer), mas há muitos outros fatores contribuindo para isso.

• Falta de segmentação de clientes: Você precisa entender que o Paulo, de 53 anos, não irá comprar uma meia antiderrapante da Hello Kitty. E que a Jéssica, de 18 anos, não irá comprar o novíssimo aparelho de barbear com oito lâminas. Eles até podem comprar, mas tenha em mente que o que vale realmente é mostrar ao seu cliente o que ele precisa ver/saber/comprar. Quanto mais segmentados forem os seus disparos, maior será sua conversão e mais relevância você terá nas suas próximas campanhas.

• Enviar para e-mails que não são Opt-in: Afinal, o que é isso? Opt-in é a autorização concedida por um indivíduo para que uma empresa possa enviar suas mensagens a ele. Existe também o “soft opt-in”, onde não há a autorização formal, mas a relação entre Cliente x Empresa deixa implícita a permissão para envio desses e-mails. Não há segredo. Utilize e-mails que se enquadrem nesses critérios e você não terá dor de cabeça. É bem comum o uso de bases de contatos aleatórias. Além de não gerar resultados você estará prejudicando sua reputação nos servidores de e-mail, podendo causar até bloqueios.

Sugestões
• Contratação de empresa especializada: Há muitos disparadores de e-mail no mercado, mas poucas empresas possuem uma gestão de infra-estrutura que garanta a entrega de seus e-mails de forma profissional e adequada.

• Trabalhe de forma integrada: Hoje em dia os profissionais de marketing estão cada vez mais sobrecarregados. Uma alternativa para ganhar tempo é deixar seu serviço de e-mail marketing integrado ao seu e-commerce. Assim, o trabalho operacional consome menos tempo e você pode se dedicar mais ao estratégico.

• Carrinhos abandonados: até 70% das pessoas que visitam seu e-commerce chegam a adicionar um produto no carrinho, mas saem da página sem finalizar o pedido. Você possui uma estratégia para melhorar sua conversão? Serviços de recuperação de carrinhos são extremamente importantes para qualquer loja virtual. Se você não utiliza, corra!

• Datas comerciais: Você sabia que existe o Dia Mundial da Água? E o Dia do Automóvel? Sim, existem! Assim como o Dia do Cliente e o Dia da Cachaça. Explore mais as datas que fazem sentido ao seu mercado de atuação. A maioria dos e-commerces não aproveitam essas datas e deixam passar uma oportunidade gigantesca. O mesmo vale para todos os aniversariantes da sua base. Na data de aniversário as pessoas estão mais propensas a abrir uma mensagem. Seja apenas uma felicitação ou um cupom de desconto, funciona.

Estabeleça um relacionamento constante com seus clientes, de forma agradável e relevante para ele. Trace uma estratégia bem feita e única. Se seu cliente comprou uma TV, porque não oferecer um suporte para TV? Se ele comprou um xampu, que dura em média um mês, porque não oferecer outro assim que esse prazo estiver esgotando?

Pense no seu cliente e no que ele quer de você!

(*) Possui mais de 6 anos de experiência no mercado digital e já atendeu contas importantes como JAC Motors, Polishop, Portal Terra, Victorinox, Hugo Boss, Quatro Rodas, entre outras. Atualmente, é sócio e Diretor Comercial do Enviou, empresa de E-mail Marketing e Recuperação de Carrinhos Abandonados que já se integrou a mais de 18.000 e-commerces em todo o Brasil.

Portal de informações sobre segurança

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A ESET, fornecedora de soluções para segurança da informação e pioneira em proteção proativa, anuncia o lançamento da versão em português do WeLiveSecurity (https://www.welivesecurity.com/br), um portal com foco no público brasileiro que reúne conteúdos relacionados à tecnologia e segurança da informação. Nesse ambiente, especialistas do Laboratório de Investigação da ESET América Latina publicam periodicamente artigos, dicas, análises de malware e as últimas novidades no setor.
“Além de disponibilizar soluções de segurança voltadas a proteger os usuários, queremos fornecer cada vez mais subsídios para que as pessoas possam também adotar atitudes mais conscientes em relação às ameaças digitais”, afirma Camillo Di Jorge, Presidente da ESET Brasil. “As notícias publicadas no WeLiveSecurity em português, sem dúvida, ajudarão a gerar mais conscientização sobre as questões de segurança e, assim, colaborar para que os usuários possam desfrutar da tecnologia de forma segura “, enfatiza.
As publicações do portal serão voltadas a diferentes perfis de usuários: guias informativos para quem não tem nenhum conhecimento prévio, bem como publicações sobre as últimas novidades do setor para especialistas em tecnologia e até mesmo informações especializadas úteis para os responsáveis pela segurança em empresas de diferentes portes.
Por mais de duas décadas, as equipes de pesquisa na América Latina, Eslováquia, Rússia, Canadá, Holanda e Estados Unidos têm trabalhado em centenas de projetos que revelam ações de cibercriminosos, relatando todos os tipos de ameaças e ataques sofisticados. Analisando a metodologia de infecção por malware e traçando suas origens e propagação, especialistas da ESET têm ajudado os usuários, empresas e instituições governamentais em todo o mundo a estarem seguros e protegidos.
“A ESET está presente na região há mais de dez anos, mantendo sempre uma forte presença local em cada um dos mercados em que atua e reafirmando um compromisso constante de oferecer produtos, serviços e informações de alto valor. O lançamento do WeLiveSecurity em português demonstra o compromisso que temos com a educação da comunidade, que é um pilar fundamental para que os usuários estejam sempre protegidos”, disse Federico Perez Acquisto, CEO da ESET América Latina.
O WeLiveSecurity foi criado em abril de 2013 pela equipe global da companhia e também está disponível em inglês, alemão e espanhol. O lançamento do site em português contribui para os esforços da ESET desde a sua criação, a fim de criar oportunidades de conscientização e educação para os usuários. Entre as iniciativas que reforçam esse objetivo na América Latina estão: a Plataforma Educativa ESET, o ESET Gira Antivírus, o Prêmio Universitário ESET e o Concurso de Jornalismo em Segurança da Informação.

Não caia na tentação de desistir do Digital, você vai se arrepender

Flávia Pollo Nassif  (*)

A dificuldade começa pela ruptura da cultura dominante nas organizações, que ainda entendem que o conhecimento legado é o mais importante

Há pouco mais de um ano, o CEO da empresa onde eu trabalho me presenteou com uma imersão no universo digital, momento que me deparei com o potencial incrível do IoT, da revolução dos dados e todos estes temas que vocês estão “cansados de ouvir”. Nas minhas responsabilidades anteriores, e na minha vida pessoal, já conseguia perceber esta transformação, mas ainda de forma superficial, só a pontinha do iceberg, sem ainda ter a visão do mundo no qual viveremos em 2020. Na operadora de Telecom onde trabalhei, lembro, com orgulho, que já estava convicta que era possível prever o contato dos clientes para os próximos dias, e até quantos seriam, e de quais regiões receberíamos as reclamações em órgãos de defesa do consumidor.
Uma recente pesquisa do Gartner (2017 CEO Survey: Latin America CEOs Chart a Course Away From Digital) com CEOs da América Latina, apontou que, apesar de um forte direcionamento em 2016 na adoção dos Negócios Digitais, em 2017 se observa que estes líderes estão mudando de volta em direção ao “business as usual”, e no caso do Brasil muito associado ao cenário político-econômico atual instável.
Isto é incrível! E vale a pena refletir sobre isso. Seria como os índios não acreditassem que as caravelas estavam chegando na costa, apesar de estarem vendo, ouvindo e iniciando os primeiros contatos. Ou parecido com resolver voltar para casa em pleno voo. E o cenário político-econômico do Brasil, não seria justamente a motivação para acelerar esta transformação?
Esta reflexão me fez chegar em algumas possíveis causas desta insustentável vontade de desistir do digital:

Esgotamento pelo Fanatismo Digital
Fanatismo (do francês “fanatisme”) é o estado psicológico de fervor excessivo, irracional e persistente por qualquer coisa ou tema, historicamente associado a motivações de natureza religiosa ou política. É extremamente frequente em paranoides, cuja apaixonada adesão a uma causa pode avizinhar-se do delírio. (Wikipédia)
O Digital se tornou quase um talismã de sucesso e independente do estágio de implantação de cada empresa se estabeleceu tacitamente que, ou você associa a sua marca a transformação digital, ou você vai fracassar na próxima semana amargando a debandada de todos os seus clientes. Muitas consultorias criaram as suas unidades digitais e se aproximaram das startups antes mesmo de definir uma estratégia, um diferencial real, uma forma legítima de apoiar seus clientes, um valor agregado para chamar de seu.
E esta overdose de fanatismo sobre o digital começou a cansar os executivos, antes mesmo dos primeiros resultados relevantes começarem a acontecer, antes mesmo de conseguirem se beneficiar das novas tecnologias que, sim, já são realidade, já estão disponíveis e já estão alcançando a viabilidade de custo que será a propulsão para a revolução digital da sociedade de forma exponencial.

Diferentes approaches, qual é a verdade?
O Digital é abordado de diferentes formas e, na minha opinião, todas são verdadeiras e extremamente complementares, mas confundem mesmo.
Por um lado a questão antropológica, a transformação do ser humano e da sociedade em direção a um mundo mais conectado e colaborativo. As pessoas de áreas mais exatas costumam não gostar muito desta abordagem, acham “fluffy” demais e sem objetividade. Mas este é o início de tudo, é a essência da necessidade dos clientes, é a observação do que está acontecendo com o ser humano, é o tão fundamental e dificílimo olhar de fora para dentro das organizações.
Outra abordagem é a tecnológica, que afirma que o digital é sinônimo de big data, analytcs, location inteligente, IOT, machine learn…; que estas tecnologias precisam ser utilizadas urgentemente e conseguirão transformar suas empresas como um passe de mágica, é só comprar!
Existe também a abordagem da inovação, de um novo método de trabalho, mais inteligente, ágil, com menos burocracia e mais confiança, parceria, informalidade e amizade no ambiente de trabalho. A necessidade em proporcionar o ambiente correto, mais lúdico, para as pessoas criarem, de forma colaborativa, “multi skill”, multiárea, multitudo.
E em paralelo já se fala na nova transformação digital, robôs, comunicação com as máquinas, extinção de diversas profissões, o início de uma nova era somente para os adaptáveis. Esta realidade gera admiração em alguns e repulsa em outros. Gera ansiedade naqueles que ainda estão tentando surfar a primeira onda.
Diferentes abordagens devem ser utilizadas com diferentes pessoas, em diferentes situações. Todas juntas cansam mesmo e geram a inconsistente dúvida “qual é a verdade?” e a busca pela resposta incorreta, mas confortável, “nenhuma, o digital é um modismo que vai passar”. Não vai!

Dificuldade que gera Resistência
A dificuldade começa pela ruptura da cultura dominante nas organizações, que ainda (em diferentes graus) entendem que o conhecimento legado é o mais importante, que compartilhar informações é perder poder, que apesar de todas as lições trazidas pelas crises, ainda focam no emprego e não na empregabilidade. Líderes que não têm tempo para as pessoas, especialistas que atualizam apresentações semanais sistematicamente e analistas que consolidam dados.
OK, mesmo uma apaixonada pelo digital como eu, não conseguiria dizer que a transformação digital é simples de entender e de implementar, mas não é uma opção e você vai fazer parte, a escolha é em que local você estará nesta nova realidade. No campo, no banco de reserva, na arquibancada ou somente vendo pela TV?
A cultura precisa mudar e isso vem de cima, as pessoas precisam de tempo: tempo para estudar como o digital pode transformar seus processos de negócio, tempo para pensar, inovar, errar, tempo que só pode ser viável se a primeira lição de casa pré-digital já foi feita, a automação e otimização de seus processos….. Se a sua área, se a sua empresa precisa dos seus funcionários operando seus processos “all the time” e no tempo que sobra tentam ter ideias inovadoras, esquece, não vai acontecer. E nem isso seria motivo para retornar ao “business as usual”.
Quando a pressão do “c-level” é forte em alguma direção e os líderes não estão conseguindo extrair os resultados esperados em suas estruturas, a grande tentação é negar a novidade e retornar a antiga forma de fazer as coisas, mas essa estratégia retarda a companhia e não encontra soluções frente as dificuldades de uma revolução como o digital, que deixou o mundo ainda mais competitivo.
Firmeza de propósito e extrema resiliência é o que se espera dos executivos, estes responsáveis por conduzir as empresas por caminhos rentáveis e sustentáveis, a curto, médio e longo prazo.

Conclusão?
Não desistir, entender profundamente a revolução dos dados, utilizar o seu conhecimento para governar os dados até a expectativa dos seus clientes, ter a humildade e a coragem para aprender novas formas de analisar seus processos de negócio. Talvez o seu negócio nem seja mais o mesmo e você não pode ser o último a saber disso.
O nosso valor atualmente está na capacidade de observar e de aprender coisas novas, e não no peso da nossa mochila de conhecimento que levamos nas costas. Isto não é tão cruel quanto parece. Todo o conhecimento adquirido não é importante por si, o que importa é o quão flexível e “inteligente” este caminho te deixou.
Seja pelo viés antropológico, tecnológico, de inovação ou por competitividade…..não desista.

“Disruption has become a new normal”

(*) É diretora comercial da Triad Systems. Formada em Tecnologia da Informação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Flavia Nassif tem MBA de Gestão Empresarial em Telecomunicações pela Fundação Getúlio Vargas.