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Tecnologia 04/11/2016

em Tecnologia
quinta-feira, 03 de novembro de 2016
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Cibersegurança entra na agenda política

Quando um hacker ataca uma empresa para roubar números de cartões de crédito ou derrubar sistemas, não ficamos mais surpresos. Mas quando falamos de hackers associados a partidos ou governos tentando invadir redes e sistemas para vazar segredos de seus concorrentes, passamos a explorar um novo território

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Carlos Rodrigues (*)

O uso de técnicas do cibercrime no meio político é algo relativamente novo, mas que já havíamos previsto. Este ano, o Comitê Nacional do Partido Democrata, nos Estados Unidos, foi invadido por grupos cibernéticos provavelmente ligados à inteligência russa. As técnicas que eles usaram nós já conhecemos: spear phishing, trojans de acesso remoto e servidores C2, nada que já não tenhamos visto em um roubo de números de cartões de crédito e outros dados vendidos no mercado negro.

Nesse caso, os hackers invadiram a rede em busca de e-mails sigilosos, que foram publicados na web com o máximo de alarde possível para prejudicar a imagem do governo. A motivação foi parecida com a do grupo hacker que vitimou a Sony Entertainment em 2014, porém, nesse caso, os hackers esperavam causar danos econômicos.

No caso do incidente do partido democrata, motivações políticas estavam em primeiro lugar. Isso mostra que a cibersegurança aos poucos está se tornando parte da agenda política, e o Brasil não está livre disso. No país, já vemos uma forte onda de hackativismo, em que hackers usam diversas técnicas cibernéticas para promover ideologias políticas, como phishing e ataques DDoS contra órgãos do governo e empresas.

E-mails guardam uma série de informações comprometedoras
Logo após a invasão ao Comitê Nacional do Partido Democrata, uma publicação conservadora obteve uma série de e-mails hackeados de computadores da campanha da candidata do partido à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton. Mais uma evidência de algo que os profissionais de segurança das empresas já sabiam: os e-mails são uma fonte rica de informações sensíveis.

Enquanto os hackers com motivações financeiras dão mais valor para informações pessoais identificáveis em documentos e apresentações, os grupos que desejam expor e prejudicar uma pessoa ou empresa focam nos servidores e nas contas de e-mail.

Basta lembrar, por exemplo, que no caso do incidente da Sony, o conteúdo dos e-mails foi o que mais rendeu destaques na mídia, especialmente os trocados entre executivos e estrelas do cinema relatando péssimos comportamentos, salários exorbitantes e fofocas.

Seus e-mails estão seguros?
É natural pensar que a Sony e o Partido Democrata americano não tem nada a ver com a sua empresa brasileira. Porém, e se os e-mails trocados por seus executivos fossem expostos? Mesmo excluindo o constrangimento, ainda haveria a possibilidade de que informações de propriedade intelectual e outros dados confidenciais fossem expostos e chegassem a seus concorrentes.

Empresas no mundo todo ainda têm sérias dificuldades para descobrir quando foram expostas. Uma tecnologia como o User Behaviour Analytics (UBA) ajudaria a identificar rapidamente quando houvesse um usuário estranho conectado ao servidor de e-mails ou quando alguém tentasse copiar informações e enviar para outros diretórios.

Assim como no caso Watergate, em que um dos funcionários conseguiu evitar uma tragédia maior quando percebeu que havia fita adesiva na fechadura da porta de entrada da sede do partido, na empresa, a tecnologia de UBA atua de forma semelhante: identificando quando há algo de anormal no ambiente para acionar as pessoas certas.

(*) É vice-Presidente Latam da Varonis.

Prêmio Digital chega para reconhecer e estimular o mercado brasileiro de produtores e criadores online

O Prêmio Digital 2016, que ocorre no dia 13 de dezembro no Hall Monumental do Palácio 9 de Julho, em São Paulo, vai homenagear os maiores destaques da internet ao longo do ano. A iniciativa inovadora é realizada pelo Instituto Sou+Jovem, mesma instituição realizadora do Prêmio Jovem Brasileiro, que construiu credibilidade ao longo de 15 anos e se tornou um dos selos mais desejados pelos artistas do país. O Prêmio Digital tem como objetivo valorizar e estimular o mercado da internet no Brasil, que hoje é o segundo maior do mundo em volume de impressões mensais.
Segundo o criador do prêmio Guto Melo, empresário diretor da Agência Zapping e do Instituto Sou+Jovem, é preciso que o mercado digital tenha uma premiação própria e específica. “Todo nicho de mercado precisa de reconhecimento, e o Prêmio Digital chega com o objetivo de ser um selo capaz de agregar valor aos nomes mais importantes da internet”, explica. Além disso, o empresário destaca a importância de tornar presencial o que é realizado de forma digital. “Queremos dar uma visibilidade e projeção off-line a esse mercado dinâmico e que tanto movimenta a economia”, explica Guto, que receberá 400 convidados na cerimônia.

Categorias e prêmios
O Prêmio Digital será dividido em seis categorias: Produtos Digitais, Youtube, Sites e Blogs, Mídias Sociais, Apps e Podcasts. Os premiados serão homenageados em duas esferas: através do voto do júri técnico, formado por autoridades do mundo digital, empresários e jornalistas, e pelo voto do público através de hashtag no Twitter. As categorias serão divididas em subcategorias, que incluem: entretenimento, educação, games, idiomas, saúde, moda, humor, comportamento, entre outros.
As inscrições estão abertas até o dia 10 de novembro, e podem ser realizadas gratuitamente no site premiodigital.com.br. As votações populares ocorrerão por meio do Twitter, onde todos poderão votar utilizando a hashtag #PremioDigital + #(Nome), conforme as orientações dadas após o cadastro.

Consultor alerta sobre as fraudes na Black Friday

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Uma das datas mais esperadas do ano para os consumidores e principalmente para o comércio, acontecerá no próximo dia 25. A Black Friday deste ano deve movimentar R$ 2 bilhões, segundo o portal BlackFriday.com.br, um crescimento de 34% comparado com o ano passado. A data chegou ao Brasil em 2011 nas lojas online (e-commerce) e atualmente atinge também as lojas físicas de todos os tamanhos e segmentos.
Segundo o Coach de Vendas, Jaques Grinberg, é preciso atenção para não cair em armadilhas, como promoções e descontos falsos. “Esta é uma data estratégica, logo após o pagamento da primeira parcela do décimo terceiro. Os consumidores precisam ficar atentos, pois muitos aguardam para comprar o que desejam ou o que não tinham coragem de gastar no valor de mercado, e não ganham nenhuma vantagem”, diz o especialista.
No Brasil, a data já foi apelidada de “Black Fraude”, por causa das armadilhas nas edições anteriores. Jaques Grinberg revela dicas importantes para não sair no prejuízo em suas compras virtuais ou físicas.
1. Pesquise os preços uma semana antes da Black Friday e compare no dia do evento para avaliar o desconto real oferecido pelas empresas.
2. Sites falsos. Desconfie de preços muitos baixos, não existem nem na Black Friday.
3. Só compre o que você realmente precisa, faça uma lista do que pesquisar. Não compre por causa dos descontos, comprar o que não precisa é caro mesmo com desconto.
4. E-mails com ofertas podem ser arriscados. Muitos e-mails falsos usam marcas de empresas conceituadas e ao confirmar o pagamento, você descobre que é falso. Ao receber um e-mail, acesse o site pelo navegador e não pelo link do e-mail marketing para confirmar a veracidade da promoção. E não esqueça de manter o antivírus atualizado e ativado.
5. Compras em lojas online, dê preferencia para pagamentos via cartão de crédito. Pagamentos com transações online tipo cartão de débito, boleto e outros é difícil reclamar e conseguir o reembolso caso a mercadoria não seja entregue.
6. Já nas lojas físicas, não compre por impulso sem avaliar as necessidades, garantia e validade do produto. Muitos vendedores podem pressionar, mas cuidado. Exija um atendimento gourmet, você merece mesmo comprando com desconto.
7. Pesquise sobre troca do produto no caso de defeito ou por qualquer outro motivo.

A experiência do usuário e os novos desafios do E-learning no Brasil

Vinícius Agostini (*)

No Brasil, o ensino à distância (EAD) é a modalidade de ensino que mais cresceu na última década: de menos de 50.000 matriculados em 2003, saltou para mais de um milhão, segundo dados divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) em 2014

Apesar de ser um cenário bastante positivo, é importante ter em mente que, conforme aumenta o número de adeptos ao e-learning, torna-se mais urgente que as instituições superem uma série de desafios.
Por exemplo, certamente qualquer instituição passará por um momento – a transmissão ao vivo de uma vídeo-aula – em que uma quantidade muito grande de alunos tentará acessar simultaneamente seu site ou aplicação, o que pode causar sobrecarga nos servidores e, por consequência, lentidão ou até mesmo queda do site. Além da grande quantidade de alunos, outra questão importante para o futuro das instituições de e-learning é a capacidade de atender a estudantes de todas as localidades, sem perder desempenho do site.
Segundo a Associação Brasileira de Ensino à Distância (ABED), todas as regiões do país são significativas na composição do público consumidor de EAD. Em 2014, o número de matrículas nos cursos de Graduação à Distâncias por regiões no país era: Norte (11,8%), Nordeste (20,0%), Sudeste (37,9%), Sul (19,9%) e Centro-Oeste (10,4%). À primeira vista, pode parecer que a entrega de conteúdo com qualidade para todas ela não é um desafio.
No entanto, há muitas variáveis envolvidas na entrega de conteúdo online. A primeira delas é a velocidade média de conexão no Brasil que, segundo o relatório Akamai State of the Internet Q1 2016 – Conectividade, atualmente é de apenas 4.5 Mbps, ainda muito abaixo da média mundial, de 6.3 Mbps.
A baixa velocidade de conexão, por si só, já é uma enorme desvantagem na hora de fazer com que o conteúdo de uma instituição de ensino alcance os alunos. Agora, somamos a isso a distância geográfica de um aluno, por exemplo, no extremo norte do Brasil que queira acessar conteúdo de uma escola cujos data centers ficam em São Paulo. O caminho percorrido do data center até o aluno será longo e o carregamento dos conteúdos irá demorar mais ainda.
Em medições realizadas pela Exceda usando o Exceda Internet Monitor, identifica-se um aumento de até 350% no tempo de carregamento de aplicações web nas regiões Norte e Nordeste, quando comparado a São Paulo. Assim, a experiência dos alunos fica disforme e gera ainda mais desafios de crescimento fora dos grandes centros. Pesquisas da Akamai Technologies comprovam que cada segundo a mais no carregamento de conteúdo online reduz em 16% a satisfação do visitante com uma página web.
Algo que pode ajudar as empresas nesse desafio é o uso de redes distribuídas de conteúdo – ou seja, adotar servidores interligados e distribuídos em locais geográficos diferentes, fazendo assim com que seja mais rápido e fácil levar o conteúdo para usuários finais distantes.
Para esclarecer, exemplifico com um tipo de rede de servidores distribuídos, a CDN (sigla para Content Delivery Network ou Rede de Distribuição de Conteúdo, em português. Uma CDN global é composta de milhares de servidores, mundialmente distribuídos e colocados juntos aos provedores de acesso para criar uma visão dos diversos congestionamentos no trânsito de dados entre as diferentes redes e otimizar a entrega pela melhor rota possível. Imagine que é como um sistema GPS; a CDN identifica os pontos de maior congestionamento e, estando presente em todas as intersecções, pode direcionar a rota dos pacotes de dados, da mesma forma que o GPS orienta rotas de carros, por caminhos menos utilizados e mais rápidos.
Em casos recentes no Brasil, instituições de ensino divulgaram o quanto se beneficiaram da adoção destas redes para melhorar a experiência dos seus usuários na internet. Entender os movimentos do mercado e acompanha-los é uma forma de garantir a continuidade dos negócios!

(*) É diretor de Marketing na Exceda, líder na América Latina em soluções de segurança e web performance e representante da Akamai.