A Universidade de Illinois criou o Speech Accessibility Project em parceria com as big techs Amazon, Apple, Google, Meta, Microsoft e organizações sem fins lucrativos
Vivaldo José Breternitz (*)
O objetivo do projeto é desenvolver softwares a serem utilizados na comunicação via computadores e smartphones por portadores de deficiências de fala, comumente trazidas por problemas como a doença de Lou Gehrig, Parkinson, paralisia cerebral, síndrome de Down e outras.
O professor Mark Hasegawa-Johnson, daquela universidade, lidera uma equipe interdisciplinar composta por profissionais com experiência em linguística, fala, inteligência artificial, segurança e privacidade
A Universidade recrutará voluntários portadores das deficiências objeto do projeto para contribuir com amostras de voz, criando um conjunto de dados a ser usado para treinar uma inteligência artificial, destinada a permitir que os ouvintes entendam o que os portadores de deficiência dizem. A princípio o grupo se concentrará no inglês americano.
As ONGs americanas Davis Phinney Foundation, que atende portadores do mal de Parkinson e Team Gleason, que cuida de portadores da doença de Lou Gehrig, estão associadas ao projeto, pois esses males, além de dificultarem a comunicação verbal, atacam o sistema motor dificultando a digitação, razão pela qual o reconhecimento de fala torna-se ferramenta crítica para comunicação e expressão, que podem ser garantidas pelos produtos gerados pelo projeto.
(*) É Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas
