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O real valor da arquitetura Edge para os negócios

em Tecnologia
quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Ricardo Perdigão, diretor da Tecnocomp. Foto: AI/Tecnocomp

À medida que a adoção da jornada para a arquitetura Edge evolui, vamos aprendendo sobre as suas potenciais aplicações em um ambiente de negócios. Com base em pesquisas conduzidas pela consultoria Grand View Research, até 2028 o mercado de computação Edge atingirá mais de US$ 61 bilhões. Isso representa uma taxa de crescimento anual composta (CARG) de cerca de 38,4% nos próximos seis anos.

Mas será que as equipes de TI estão prontas para suportar a adoção da jornada para a essa nova arquitetura? A computação Edge é um modelo que pode parecer fácil no papel, mas desenvolver uma estratégia coesa e a implementar pode ser um projeto desafiador. O seu crescimento e o da IoT exigirá que se refaça a arquitetura das infraestruturas de TI.

É hora de a TI decidir exatamente como suportará toda essa tecnologia, que especialistas indicam ser fundamental para processar o volume de dados gerados pela conectividade 5G. E, também, é preciso entender qual o valor que essa jornada vai gerar para a sua empresa, no curto e longo prazo, e se a sua adoção realmente está alinhada aos objetivos do negócio.

No mundo real, o orçamento, a equipe e as considerações de segurança e privacidade determinam que as empresas precisam priorizar os dados, aplicativos e casos de uso de negócios que podem e devem ser candidatos à computação Edge. Portanto, os tomadores de decisão precisam entender quais dados provavelmente retornarão valor real.

Muitos ainda se perguntam como a arquitetura Edge e a computação na nuvem serão integradas em conjunto aos negócios. Entender o equilíbrio certo entre o processamento de dados nos dois ambientes é um desafio, e é por isso que todo o ciclo de vida dos dados precisa ser considerado. Há uma tendência preocupante no setor, pois as empresas optam por se concentrar em um ou outro caminho sem perceber que podem e devem adotar as duas arquiteturas.

Edge será o caminho para a Indústria 5.0?
Ao permitir uma análise de dados mais rápida e com menor custo, a arquitetura Edge ajuda o setor industrial a otimizar suas linhas de produção, analisando e integrando dados localmente e a implementação de soluções de automação. A capacidade de contar com ferramentas de análise em tempo real permite que os operadores diminuam ou acelerem a produção, alterem as quantidades de materiais usados e modifiquem a forma como a máquina opera diretamente em resposta aos dados coletados no chão de fábrica. Seria a customização da linha de produção em tempo real.

Além disso, especialistas ressaltam o valor gerado pela análise de dados em tempo real para a manutenção preditiva. Por meio da detecção de anomalias e da análise milissegundo a milissegundo, qualquer comportamento inesperado ou anormal da máquina pode ser identificado instantaneamente.

Gestores de manutenção podem usar os dados coletados na arquitetura Edge como um gatilho. Se os dados da máquina atingirem um limite, o sistema de manutenção pode ser atualizado em tempo real para notificar o engenheiro de que um componente está funcionando de forma anormal. Isso pode então iniciar uma ordem de serviço no sistema de planejamento de recursos empresariais (ERP) para realizar a manutenção antes que ocorra uma falha.

Mercado estuda nova arquitetura
Até 2025, o Gartner prevê que três quartos dos dados gerados serão processados fora de um data center centralizado ou na nuvem. Já a Eclipse Foundation aponta que, em 2021, 54% das organizações estavam usando ou planejando implementar tecnologias de Edge computing até o final de 2022, enquanto 30% planejavam seus investimentos até o final de 2023.

A arquitetura Edge será cada vez mais impulsionada com o uso de dados por meio de Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina para transformar insights em ações que beneficiem as empresas e seus clientes.

Então, se você ainda não começou a avaliar o valor da arquitetura de Edge para o seu negócio, é hora de saber mais sobre essa tecnologia.

(Fonte: Ricardo Perdigão, diretor da Tecnocomp).