O Google concordou em pagar US$ 118 milhões a cerca de 15.500 de suas empregadas, para encerrar uma ação judicial que vinha enfrentando desde 2017.
Vivaldo José Breternitz (*)
Na ação, as funcionárias conseguiram provar que algumas mulheres recebiam salários menores do que homens que exerciam funções semelhantes; segundo estudos da Universidade da Califórnia, a empresa pagava, em média, cerca de US$ 17 mil por ano a menos a essas mulheres.
O acordo prevê também que serão realizados estudos visando tornar igualitárias as práticas de gestão de pessoas adotadas pela empresa.
Holly Pease, uma das líderes do grupo de mulheres que iniciou a ação e que durante cerca de 10 anos ocupou um cargo de gerência na empresa, disse que o Google, que lidera a área de tecnologia, agora tem a oportunidade de liderar o processo de inclusão e igualdade de tratamento das mulheres que atuam nesse campo.
É importante lembrar que no ano passado o Google concordou pagar cerca de US$ 3 milhões ao U.S. Department of Labor para encerrar outro caso de discriminação contra mulheres. O que se espera é que esses fatos realmente contribuam para a igualdade e não gerem uma onda de oportunidades para espertalhões.
(*) Vivaldo José Breternitz, Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas.
