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Cuidado com as senhas que você usa

em Tecnologia
segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Apesar de os ataques cibernéticos serem cada vez mais comuns, boa parte das pessoas não se preocupa em adotar senhas mais difíceis de serem descobertas por invasores.

Vivaldo José Breternitz (*)

O gerenciador de senhas NordPass lançou mais uma edição de sua lista anual das senhas mais populares do mundo – e a falta de criatividade persiste: pelo segundo ano consecutivo, “123456” foi a senha mais comum. Entre as dez primeiras colocadas estão também “password”, “qwert1” e “secret”.

“123456” liderou o ranking em cinco das seis vezes que o NordPass compilou sua lista, sendo apenas suplantada por “password” em 2022.

Mas examinando a lista, há outros achados interessantes: há aqueles que escolhem “iloveyou” e aqueles que optam por “fuckyou”. Outros têm interesses distintos, como “pokemon”, “naruto”, “samsung” e “minecraft”.

Muitos escolhem nomes de pessoas, como “michelle” ou “ashley”, mas pelo menos algumas pessoas fazem uma tentativa canhestra de criar uma senha segura, como “P@ssw0rd” por exemplo – há ferramentas de software que quebram uma senha como essa em menos de um segundo!

Há pequenas diferenças nas senhas de outros países: a lista do Reino Unido, por exemplo, tem “liverpool” perto do topo. A Finlândia e a Hungria, têm “salasana” e “jelszo” no topo de suas listas – nos idiomas locais, essas palavras significam “senha”…

O NordPass disse que para criar sua lista usou um banco de dados de 2,5 terabytes criado a partir de “fontes publicamente disponíveis”, algumas das quais podem ser encontradas na dark web.

Hackers podem quebrar essas senhas em frações de segundo – se você usa uma delas, está correndo perigo e deve muda-la urgentemente, mas escolhendo algo um pouco mais criativo do que “senha”.

Uma boa alternativa é usar passkeys, uma ferramenta que basicamente utiliza métodos biométricos como impressões digitais ou reconhecimento facial para autenticação, eliminando a necessidade de digitar senhas.

(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas – [email protected].