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Bancos brasileiros investem cada vez mais em tecnologia da informação

em Tecnologia
sexta-feira, 05 de maio de 2023

A Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2023 indica que o orçamento total dos bancos brasileiros destinado à tecnologia, considerando não apenas os investimentos, mas também as despesas, deverá atingir neste ano R$ 45,1 bilhões, um significativo avanço de 29% em relação a 2022.

Vivaldo José Breternitz (*)

Em 2022 esses valores cresceram 18% em relação a 2021; esse crescimento foi impulsionado pelo atendimento às necessidades de escalabilidade e de flexibilidade através do aumento do uso de Cloud Computing, Inteligência Artificial e ferramentas de segurança.

Em 2023, os bancos dizem estar voltados ao cliente, havendo expectativa de aumento de investimentos em Customer Relationship Management , Inteligência Artificial, Big Data e Analytics, buscando personalização no relacionamento e a consequente maior eficiência na exploração dos dados de clientes disponíveis.
Os bancos também pretendem utilizar ainda mais Cloud Computing, com orçamento para essa área aumentando pelo menos 20% em 2023.

Mas não se trata apenas de software e hardware: a relevância da tecnologia da informação na indústria bancária também se reflete na proporção de profissionais desta área em seu quadro de empregados; eles são cerca de 10% do total, sendo que a maior parte é composta por desenvolvedores – 62%.

Em 2023, os bancos estimam investir R$ 1,6 bilhão na infraestrutura e em soluções tecnológicas que melhorem a experiência de trabalho dos colaboradores, pois a capacitação e a retenção de talentos, bem como a busca incessante por profissionais especializados nas tecnologias de ponta, implicam em altos investimentos, tanto em treinamento, quanto em infraestrutura, como disse Sergio Biagini, executivo da Deloitte, empresa que produziu a pesquisa para a FEBRABAN .

Segundo a pesquisa, a maioria dos bancos (69%) pretende aumentar o quadro de profissionais de tecnologia, especialmente com desenvolvedores, especialistas em segurança da informação e cientistas e engenheiros de dados.

(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas