Dados do último estudo International Business Report (IBR), da Grant Thornton, mostram que 39% das companhias brasileiras já estão desenvolvendo um plano estratégico com abordagem ESG (ambiental, social e governança, em português). Do total de empresas brasileiras analisadas, quase metade (47%) apontou o pilar ambiental como prioritário em suas agendas.
Para Pam Stracke, CEO e cofundadora da KIWI, consultoria e treinamento humanizado que produz soluções em educação corporativa, entre as dificuldades das companhias no sucesso na implementação de práticas ESG, estão a ausência de uma cultura forte de sustentabilidade e a falta de capacitação das lideranças e colaboradores.
“Buscar uma consultoria personalizada ou contar com o apoio de um facilitador pode gerar bons resultados para que um projeto estratégico de sustentabilidade saia do papel”, destaca a executiva.
A especialista em treinamento humanizado ainda complementa que ter a figura presente e ativa de um facilitador “é a garantia que os resultados de um encontro ou reunião sejam realmente positivos e aproveitáveis. O profissional faz com que cada colaborador da empresa convocado para o momento tenha uma participação única e indispensável, otimizando o tempo de todos os participantes e mantendo uma reunião eficiente”.
Para colaborar com a incorporação do ESG e fortalecer o ‘S’, a CEO da KIWI listou quatro dicas para empresas superarem suas dificuldades e tirarem projetos de sustentabilidade do papel. Confira:
- Capacitação e conscientização – Proporcionar treinamentos, projetos e programas relacionados a ESG é essencial para que líderes e colaboradores entendam a importância e o papel de cada um em um contexto de mudança cultural e adesão às práticas de ESG na companhia.
Com foco no ambiental, contar com a presença de um profissional especializado no tema, ajuda nas questões técnicas, manutenção e acompanhamento das ações, bem como fomentar a propagação da cultura e disseminação dos princípios ESG para fazerem parte da rotina da organização.
- Fortalecimento da cultura de sustentabilidade – A implementação de uma agenda ESG exige uma mudança significativa na mentalidade e no comportamento, tanto dos líderes, quanto dos colaboradores da empresa. Para muitos negócios, introduzir uma agenda ESG, especialmente no tema sustentabilidade, está motivada pela busca de redução de custos.
Mesmo assim, para chegar a isso, é necessário alinhamento e empenho de todos para que as ações se desenvolvam e se consolidem nas operações diárias. Só assim haverá o engajamento dos colaboradores no alcance do propósito definido e a sustentabilidade fará parte da cultura organizacional. - Recursos financeiros para investimento – Engana-se quem ainda pensa que ações relacionadas a ESG não demandam investimentos. Os aspectos ambientais precisam estar maduros dentro das companhias e um plano organizado e alinhado ao orçamento do negócio é essencial para colocar projetos em prática.
A sociedade e os investidores estão atentos em identificar as companhias que realmente estão comprometidas com o tema. Os custos iniciais podem ser altos, mas o retorno financeiro a longo prazo tende a ser significativo e recompensador.
- Mensuração e monitoramento de indicadores – Aqui, novamente, vale destacar a importância do facilitador. A presença neutra de um profissional permite um acolhimento das ideias, organização e definição dos próximos passos que devem ser executados pelos envolvidos.
Com a utilização de metodologias e sistemas adequados, fica melhor escolher as métricas e indicadores de desempenho, que fazem sentido para todos os envolvidos, para relatórios e prestação de contas e reforça a confiabilidade e transparência das informações.
Por mais que o estudo International Business Report (IBR) mostre que os principais motivos para a implementação de uma agenda ESG sejam a redução de custos e questões ligadas à reputação da marca, Pam ressalta outras vantagens.
“Com foco em sustentabilidade e meio ambiente, os benefícios para as companhias, são: atratividade para investidores, vantagem competitiva e solidez no mercado, bem como aumento da competitividade, redução de riscos, facilitação de acesso às linhas de crédito verde, fidelização de clientes e retenção de funcionários”, finaliza. – Fonte e outras informações: (https://www.grupo.kiwi/).