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Política 23/01/2019

em Política
terça-feira, 22 de janeiro de 2019
Governo temproario

Governo cria secretaria para desburocratizar a vida do cidadão

Localizado no Palácio do Planalto, funciona um órgão do governo federal que se propõe a implementar medidas que pretendem garantir mais agilidade aos serviços públicos para o cidadão.

Governo temproario

Márcia Amorim: “o esforço da secretaria será dar mais agilidade e utilidade aos órgãos públicos para o cidadão”. Foto: José Cruz/ABr

É a Secretaria Especial de Modernização do Estado, sob comando de Márcia Amorim. O objetivo do órgão, que integra a estrutura da Secretaria-Geral da Presidência da República, é simplificar a vida das pessoas que necessitam de suporte do governo federal.

Márcia disse que o esforço da secretaria será dar mais agilidade e utilidade aos órgãos públicos para o cidadão. Ela ressaltou que uma das principais determinações do presidente Jair Bolsonaro, que reiterou ontem (22) em Davos, é adotar medidas para desburocratizar uma série de ações no país. “A gente quer diminuir a jornada do cidadão em busca de soluções. A nossa ideia é trazer serviços mais simples, ágeis, acessíveis e que sejam úteis efetivamente”, disse

As ações estão em fase de planejamento e reúnem um esforço conjunto de vários ministérios empenhados em desburocratizar os serviços
oferecidos pelo Estado. “Há ações de relevância nacional que impactam diretamente esse cidadão e que nós queremos tirar do papel. Em breve, vocês vão receber informações sobre alguns desses projetos”. Uma das ações já articuladas é a criação de uma base digital envolvendo os ministérios da Justiça; da Economia; da Ciência e Tecnologia; e da Secretaria-Geral da Presidência. Essa ação pretende unificar documentos como RG, CPF, CNH, Carteira de Trabalho, Título de Eleitor e Certificado de Reservista.

Ocupando um espaço no Palácio do Planalto, a secretaria é dividida em três frentes. A de ‘Pesquisa de Desenvolvimento’, que busca práticas eficientes de administração para o governo federal; e a de ‘Articulação e Comunicação’, que se encarrega de envolver os órgãos do governo na construção dessas políticas; A terceira frente é denominada ‘Gestão de Resultados e Projetos’, e visa monitorar as ações postas em prática (ABr).

Bolsonaro em Davos: “Não queremos uma América bolivariana”

Bolsonaro temproario

Bolsonaro: “Não queremos uma América bolivariana, como há pouco existia no Brasil”. Foto: Alan Santos/PR

Agência Brasil

Na sessão de perguntas que ocorre após o discurso no Fórum Econômico Mundial de Davos, o presidente Jair Bolsonaro ressaltou ontem (22) que seu esforço é para promover uma “América do Sul grande” e não a “América bolivariana”, em uma alusão aos governos de esquerda, como o do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Segundo o chefe do governo brasileiro, será respeitada a “hegemonia” de cada país.

A afirmação foi uma resposta à pergunta sobre as prioridades para integrar o Brasil em um contexto mais ampliado da América Latina. Bolsonaro disse que conversou com os presidentes da Argentina, Mauricio Macri, do Chile, Sebastián Piñera, e do Paraguaio, Mario Abdo Benítez. “Nós estamos preocupados, sim, em fazer uma América do Sul grande, em que cada país obviamente mantenha sua hegemonia local; não queremos uma América bolivariana, como há pouco existia no Brasil em governos anteriores.”

Para Bolsonaro, a esquerda perde espaço na América Latina, e os líderes de centro e centro-direita avançam. “Essa forma de interagir com os demais países da América do Sul vem contagiado esses países. Mais gente de centro e centro-direita tem se elegido presidente nesses países, creio que isso seja uma resposta de que a esquerda não prevalecerá não prevalecerá nessa região”.

O presidente defendeu mecanismos de aperfeiçoamento para o Mercosul, bloco regional que reúne Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, uma vez que Venezuela está temporariamente suspensa. Ele não entrou em detalhes. “No tocante à América do Sul, eu tenho certeza, vou conversar com vários líderes regionais, eles querem que o Brasil vá bem. No tocante ao Mercosul, alguma coisa deve ser aperfeiçoada”, disse
Bolsonaro, lembrando que conversou com os presidentes da Argentina, do Chile e do Paraguai.

Cesare Battisti reclama de ‘maus-tratos’ da imprensa

Cesare temproario

Chegada de Battisti à Itália foi acompanhada de perto pela imprensa. Foto: ANSA

O italiano Cesare Battisti reclamou que foi “maltratado” pela imprensa na cobertura de sua captura na Bolívia e expulsão para a Itália. O relato foi feito por Maurizio Turco, coordenador do Partido Radical, de orientação libertária, que visitou Battisti na prisão ao lado de Irene Testa, candidata a garantidora das pessoas privadas de liberdade na região da Sardenha.

“Não se lamentou das condições da vida carcerária, mas explicou ter
sofrido uma espécie de ‘mau-trato’, pelo fato de que ele não é mais a mesma pessoa de 40 anos atrás, enquanto é considerado, até pela imprensa, como se tivesse cometido os crimes hoje”, disse Turco.

Segundo o político, Battisti começou a ler o livro “Se isto é um homem”, que descreve as experiências de Primo Levi no campo de concentração de Auschwitz. O italiano cumpre pena na penitenciária de Massama, na Sardenha, em regime de isolamento diurno por pelo menos seis meses.
Ele foi condenado à prisão perpétua por quatro assassinatos cometidos na década de 1970, quando integrava o grupo terrorista de extrema esquerda Proletários Armados pelo Comunismo (ANSA).

Itália confirma reunião entre Conte e Bolsonaro em Davos

O governo da Itália confirmou que o primeiro-ministro Giuseppe Conte terá hoje (23), em Davos, um encontro bilateral com o presidente Jair
Bolsonaro. Segundo comunicado do Conselho dos Ministros italiano, Conte se reunirá com o mandatário brasileiro por volta de 14h (11h em Brasília), no centro de congressos que recebe o Fórum Econômico Mundial.

Na semana passada, durante sua visita ao Níger, Conte já havia dito que “faria de tudo” para se encontrar com Bolsonaro em Davos. O governo
italiano, de orientação ultranacionalista e antissistema, tem mantido relação próxima com o presidente, especialmente por meio da figura do ministro do Interior Matteo Salvini, o artífice das políticas antimigrantes do país europeu.

Também estreante em Davos, Conte fará seu pronunciamento no fórum depois, se reunirá com o CEO da Apple, Tim Cook. O evento acontece no momento em que diversas instituições internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), levantam preocupações sobre a economia italiana, que deve ter crescimento abaixo do esperado em 2019 (ANSA).