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Ministro diz que próximo desafio do governo é reforma tributária

em Política
quinta-feira, 02 de janeiro de 2020

Ministro Eduardo Ramos: a reforma tributária, além de mexer com as pessosas, vai mexer com os estados. Foto: TV Brasil

Ele é um construtor de pontes, como gosta de ressaltar. Essa foi uma das habilidades que ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, teve que colocar muito em prática neste ano.
O general do Exército é um dos mais novos ministros do governo Bolsonaro. Assumiu em julho com a responsabilidade de afinar a relação do Executivo com o Legislativo. Chegou no meio da tramitação da Reforma da Previdência e termina o ano com ela aprovada.

O sucesso da negociação faz o ministro vislumbrar um ano novo menos turbulento. “A minha esperança é que o ano de 2020 seja mais sereno. Existe uma expressão mineira que diz que no andar da carruagem é que as melancias vão se acertando. Eu tenho certeza de que vai ser um relacionamento sereno e produtivo, mais do que foi em 2019”, avaliou.

O ministro conversou com a jornalista Katiuscia Neri e contou ao programa Impressões, da TV Brasil. Na mesa do ministro já há uma lista extensa de projetos para o segundo ano do governo Bolsonaro: pacto federativo, reforma administrativa e a reforma tributária. Essa última é, segundo o ministro, a prioridade do governo nas articulações políticas com o Congresso. “A reforma tributária é fundamental, ela é o complemento da reforma previdenciária”, afirmou.

Mas, para o projeto andar, o ministro lembra que existe um gargalo: as eleições do ano que vem: “temos até mais ou menos julho”. E enfatiza que não adianta acelerar o processo. “O presidente não impõe nada ao Congresso. Às vezes, eu falo com ele, ele fala: ‘Ramos, é o Congresso, ele que decide’. O Congresso, a gente manda um projeto, eles mexem… é democracia”. A reforma tributária pode ser considerada uma das mais ambiciosas e mais difíceis para aprovação.

Por isso, o ministro Ramos sabe que o caminho não vai ser fácil. “A tributária, além de mexer com as pessoas, vai mexer com os estados. O Brasil é um continente, cada estado tem seu interesse e com suas regiões com níveis de economia diferentes”. Com tanto desafio pela frente, o ministro diz que tem horas em que precisa parar e fazer o que chama de terapia: praticar o hobby de andar de moto (ABr).