Ale Boiani (*)
Planejar a vida financeira deveria ser visto como algo importante o tempo todo.
Matéria de colégio, assunto comentado na mesa de familiares e amigos, e parte da educação desde a infância, algo que os jovens tivessem mais contato desde novos. Isso certamente apresentaria futuros mais promissores e uma realidade financeira bem diferente.
Isso porque quanto mais tempo você tiver para se planejar, maior a possibilidade de dar certo e funcionar em um tempo razoável – isso acontece na vida, de forma geral, e nas finanças não poderia ser diferente. O planejamento financeiro engloba uma série de fatores. Não é simplesmente guardar dinheiro. O primeiro passo é organizar as contas, deixá-las em dia. Depois, você passa a poupar, gastar menos do que ganha.
A segunda coisa é que você tem que investir bem esse dinheiro. O brasileiro vem se abrindo cada vez mais para o universo dos investimentos nacionais e internacionais nos últimos anos. E a realidade que antigamente era vista como “apenas para miolioários”, passou a ser mudada com a entrada de pequenos investidores na bolsa. E isso é bastante animador.
A importância de investir o dinheiro ao fazer um planejamento financeiro é clara: porque se você não olha para isso, a inflação corrói esse valor. Não adianta você ter um dinheiro ali, mas que não seja bem remunerado. É importante ressaltar que investir também exige cuidado e segurança para que você não acabe arriscando e perdendo todo o seu capital em ciladas ou promessas falsas.
Nós vemos na internet, por exemplo, uma série de influenciadores falando sobre a facilidade de ganhar muito dinheiro e ficar rico com investimentos. E eu sempre digo que na verdade ninguém fica rico do dia para a noite, e é preciso ter muito cuidado e sempre valorizar e contar com um profissional da área que cuide do seu dinheiro e saiba o que está fazendo, alguém que consiga orientá-lo quanto às mudanças de mercado.
Poder contar com o auxílio e a visão de um profissional antenado na área e que sabe interpretar os movimentos e tendências faz sentido para qualquer que seja o seu patrimônio ou valor de investimento. É este profissional que saberá buscar as melhores oportunidades de acordo com o seu perfil e irá te orientar para construir e consolidar o seu patrimônio.
Pouquíssima gente sabe, mas contar com o auxílio deste profissional não tem custo. O pagamento do trabalho de cuidar do seu dinheiro vem diretamente das instituições e ativos. Sendo assim, o seu custo é o mesmo do que se não tivesse ninguém te atendendo, mas a diferença que essa gestão traz pode ser expressiva e um divisor de águas na vida financeira, e, por isso, vale muito a pena!
Mas o planejamento financeiro não envolve apenas questões ligadas a investimentos também. Ele envolve questões fiscais, tributárias, sucessórias, o levantamento real da necessidade de oferecer produtos de proteção com os seguros; a internacionalização e acessos a produtos fora do país ou planos da família de morar no exterior, questões jurídicas que demandam proteção do patrimônio quanto à penhoras, entre outros pontos.
Geralmente as pessoas aproveitam o fim do ano para pensar em planejar e a organizar a sua vida financeira. É uma época em que as pessoas começam a se olhar para o ano seguinte. Mas o que eu sempre recomendo é: o ideal é que não façam simplesmente um planejamento para o próximo ano, mas um projeto para a vida! Visualizar os objetivos a longo prazo e levar em consideração onde a pessoa quer estar daqui a dez ou quinze anos.
Reforço também que muito importante acompanhar esse planejamento e revisitá-lo sempre que necessário e a cada ano, fazer os ajustes de acordo com a sua realidade atual, as projeções e as perspectivas para os objetivos serem de fato alcançados. E aí, que tal começar a se programar para um 2022 de mais tranquilidade e saúde financeira?
(*) – É CEO, gestora e fundadora do grupo financeiro 360iGroup, que tem cinco linhas diferentes de negócios nas áreas de seguros, finanças, investimentos e planejamento patrimonial, sucessório, tributário e fiscal.