Esse tal desapego…
Adriana Saade |
Adriana Saade (*)
Eu tenho coisas, logo, existo!
Mesmo quem leva (ou pretende levar) uma vida simples, gosta de comprar ou de ter coisas. Roupas, móveis, carros, imóveis, tecnologia.
Podemos definir esse gosto ou necessidade em três categorias: o que tem utilidade na nossa vida, o que nos dá identidade e o que nos traz segurança e conforto.
Porém há uma linha por vezes tênue, que separa a bagunça do acúmulo. Nem todo mudo consegue se desfazer das coisas que não usa mais. Imagine doar ou vender um quadro que uma tia pintou e te deu quando você tinha 20 anos, e que já na época detestou? Parece impossível, certo? E coisas que pagamos uma pechincha, itens que um dia foram úteis e que podem vir a ser novamente?
No entanto, quando percebemos que não precisamos desses itens, não gostamos deles ou não sabemos o que fazer com eles, é hora de desapegar.
Uma casa desorganizada afeta negativamente o bem estar de seus moradores. Os efeitos físicos podem aparecer em forma de alergias, pelo excesso de poeira, sujeira e até mofo. Os efeitos emocionais também são grandes. A bagunça e o acúmulo trazem estresse, ansiedade, vergonha. Deixamos de convidar amigos e familiares para uma visita. Como eles vão entrar aqui e ver essa bagunça toda?! E um dos piores, o efeito financeiro, acaba virando algo caro. Não sabemos o que temos em casa e acabamos saindo pra comprar. Quantas vezes encontramos alimentos e remédios vencidos nos armários?
O desapego pode ser difícil quando pensamos nas dificuldades desse processo. “Me sinto culpado por jogar isso fora”, “Me sinto na obrigação de manter isso na minha casa”, “Vou usar isso um dia” e “Posso precisar disso um dia” são as frases mais ouvidas.
Então, vou te ajudar com algumas perguntas que você vai fazer pra você mesmo, na hora daquela “faxina geral” na sua casa ou no seu escritório:
Eu uso isso? Eu quero isso? Eu preciso disso? Eu sei o que fazer com isso?
Se você responder NÃO para qualquer uma delas, está pronto pra começar a desapegar!
Força! Você vai conseguir!
(*) Membro dos Empreendedores Compulsivos. Formada em Marketing, casada com um empreendedor compulsivo e mãe de dois lindos adolescentes. Começou trabalhando com organização de casamentos e depois de 10 anos de atividade, uma viagem aos Estados Unidos mudou a sua vida, quando pode conhecer com mais detalhes a profissão de Personal Organizer. É membro fundador da ANPOP (Associação Nacional dos Profissionais de Organização e Produtividade). Há 7 anos atua intensamente na causa de Transtornos de Acumulação, dando as mãos a familiares e amigos dos seus clientes, ajudando-os a entender os benefícios da organização e criando condições para que possam desfrutar do aconchego que uma casa pode dar.