Novamente o A320 foi notícia por estes dias. Modelo de avião produzido pela empresa Airbus, esteve no “olho do furacão” em razão de acidente ocorrido nos Alpes Franceses. E o que isto nos ensina?
Do ponto de vista comportamental e do tecnológico as discussões são muitas, em todo o mundo. Logo, algum aprendizado será extraído disto. Nunca mais deixar a vida de uma centena e meia de pessoas nas mãos (e mente!) de um único aviador é um destes que, aliás, a Lufthansa já anunciou. Outros certamente virão nas próximas semanas e meses.
Mas vamos ao ponto: aviões não são feitos pra cair e tampouco matar pessoas. Mas matam, por motivos diversos (técnicos e humanos), a exemplo de automóveis, motos, embarcações etc.
Assim, constituir uma companhia aérea e ter uma aeronave derrubada em pleno voo, com passageiros a bordo, é um risco.
Toda atividade tem riscos, sublinhe-se. Se um palestrante cai, brincando com o filho em casa, e sofre fraturas múltiplas, necessitando de hospitalização por dias, semanas e talvez meses, sucumbiu ao risco. Assim como pode acontecer de um cantor perder a voz, ou uma empresa sofrer um calote de um ou dois clientes e quebrar porque sua carteira era por demais concentrada. Exemplos não faltariam, mas este espaço não pede tanto.
Nelson Tucci
É jornalista, com extensão em Meio Ambiente pela ECA-USP; pós-graduado em Comunicação e Relações com Investidores pela FIPECAFI (FEA-USP), diretor da Virtual Comunicação, membro da Comissão Brasileira do Relato Integrado e palestrante.
A mensuração – e gestão – de riscos é prática usual no mundo dos negócios. Quanto mais estiverem expostos, e controlados, mais valor a companhia terá aos olhos dos investidores. Risco diversificável, Risco não-diversificável, Risco financeiro, Risco de taxa de Reinvestimento, Risco ambiental, Risco de câmbio etc. O gestor e o investidor normalmente os conhecem.
E o colaborador, o empregado direto, o representante e o parceiro? Será que todos conhecem, efetivamente, o risco do negócio em que se meteram, ou foram levados a este?
Você aí, que acabou de coçar a cabeça, tem a noção exata dos riscos que corre neste momento? Ah tá, parou pra pensar, né? Ótimo. Pensar é sempre bom. Agora inverta a mão de direção e raciocine: que riscos você oferece aos seus parceiros? Ah… complicado isto, não é mesmo? Chato, difícil, porém necessário. Ainda que o faça de uma forma bem superficial, pare e comece a calcular. Aviões não foram feitos pra cair; empresas não contratam pra demitir e cantores não sobem ao palco pra esquecer a letra ou pra voz falhar e levar vaia. Mas vai que…
Com humildade, convido todos a pensar: se cada um de nós avaliar melhor os riscos – sem nenhuma neura, de preferência – que corre, e oferece, a vida pode ficar um pouquinho mais segura. E melhor.
Compartilhe sua reflexão conosco: [email protected].
Rebeca Toyama
Para anunciar nesta coluna ligue (11) 3106-4171 e fale com Lilian Mancuso
Coordenação: Lilian Mancuso e Rebeca Toyama