É muito interessante perceber o comportamento dos jovens e dos adolescentes no relacionamento com os mais velhos, seja no ambiente familiar ou no corporativo
Certo dia, um experiente professor, já há muitos anos lecionando, mas incomodado com o comportamento em sala de aula de um jovem aluno, questiona o comportamento do rapaz.
O jovem aluno, enquanto o experiente professor explanava o tema da noite, lia seu livro (que a propósito tratava-se da biografia de um experiente personagem do mundo dos negócios) atitude esta que incomodou ao professor.
-Aluno, responda a pergunta que acabei de fazer! Bradou o mestre.
O aluno pensou, pensou. Em seguida, respondeu corretamente, causando surpresa ao professor, pois este entendia que ele não saberia responder por não estar prestando atenção à aula.
É comum percebermos os jovens conectados às redes sociais, ouvindo música e lendo ao mesmo tempo, e não arrisque a perguntar sobre algum dos três assuntos, pois como o professor, poderá ficar surpreso com as respostas.
Os jovens, nativos digitais, são capazes de fazer muitas coisas simultaneamente. Eles querem rapidez, tudo, ao mesmo tempo. Com a característica da instantaneidade querem resultados rápidos, promoções, reconhecimento, sabe-se lá ocupar um lugar de destaque rapidamente.
Higino Pizze Rodrigues
Coach formado pelo Instituto
de Coaching Integrativo e Consultor de Empresas.
Por outro lado, é importante entender que em momentos de profundas transformações, a experiência de profissionais com mais tempo no mercado de trabalho (os chamados baby boomers, geração X) passa a ser de extrema importância, já que eles trazem na bagagem a paciência, a prudência, sabem o funcionamento dos processos e já vivenciaram outras situações semelhantes, competências estas que contribuem para a sustentabilidade das organizações.
Os gestores podem ver a situação como o copo meio cheio ou meio vazio, mas considero a ideia de ver o lado positivo deste conflito, isto é, a possibilidade de fazer com que todas as gerações possam se encontrar com respeito e se complementarem.
Uma alternativa para este encontro de gerações seria harmonizar as competências e evitar o choque, promover o respeito entre as partes para proporcionar um ambiente saudável de troca de ideias e de experiências.
Em tempos de Copa, em analogia ao mundo empresarial, faz bem aos olhos ver os jovens craques desfiando com seus dribles artísticos, por outro lado, têm muitos sessentões (ou mais), “matando no peito” e “tocando de primeira” com maestria e eficácia.
Então, parar ou seguir? Se parar, onde parar? E se seguir, seguir para aonde? Compartilhe suas reflexões conosco: [email protected].
Rebeca Toyama
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