Agimos como vítimas quando ficamos ali na eterna lamentação, mas não nos mobilizamos em nada para mudar, pois afinal “o problema não é meu”
Sabe aquelas situações? Meu emprego não é bom, mas a culpa é da empresa, minha empresa está falindo, mas a culpa é do meu sócio ou dos funcionários, meu casamento não é como eu gostaria, mas a culpa é de quem está ao meu lado, em suma, temos aí vários exemplos de trechos da vida em que o problema não é nosso.
Ser vítima pode ser bem confortável, o único trabalho que temos é de reclamar, a solução fica para outro, que com certeza não sou eu. Olha que tentação, não é?! Não precisamos nem nos ocupar em pensar em saídas para aquilo que nos incomoda, é só ficar sentado e apontar os erros.
Quando pensamos em vítimas, pensamos logo em pessoas frágeis, inseguras, mas cuidado, a vitimização também acomete aqueles que se mostram fortes e bem seguros. Cada um demonstra da sua forma, há aqueles que abaixam a cabeça diante do problema e outros que levantam tanto a cabeça que perdem a visão do que está ocorrendo realmente a sua frente.
Bom, tudo na vida tem seu ônus e bônus, e o de ser vítima também tem o seu, até pode ser confortável e cômodo, mas por outro lado, a possibilidade da mudança escapa pelas mãos.
Afinal, se o problema não é meu por que a solução seria?
E então surgem os protagonistas, aqueles que deixam de lado o famoso “mimimi”, deixam de se debruçar nas intermináveis reclamações e choramingos e vão em busca das soluções. A posição aqui é outra, é de responsabilidade, se não estou feliz com uma determinada situação, o que EU posso fazer de diferente, qual a MINHA responsabilidade nisto, como EU gostaria que fosse, e quais ações EU posso empreender para estar mais próximo daquilo que almejo.
Andressa Miiashiro
Diretora da Lótus Talentos, Consultora e Coach certificada internacionalmente pelo IBC. Psicóloga, Pós Graduada em Psicodrama – PUC
O que estou dizendo, me fez lembrar de uma palestra que fui um dia destes sobre planejamento estratégico. Eu achei muito interessante, pois o instrutor dizia que só podemos criar um plano de ação para melhorar nossa vida, seja no aspecto pessoal e/ou profissional, quando tomamos consciência dos nossos atos sobre aquilo que está acontecendo.
Tudo isso tem a ver com o que estamos falando aqui, pois ser protagonista é estar no palco diante de problemas e soluções, é refletir sobre como a sua atuação está impactando sobre as pessoas e situações que estão ao seu redor.
Por exemplo, se sua equipe tem alta performance, pense quais são as suas ações que estão impactando positivamente para isto e fique atento para o que precisa manter e potencializar para manter este êxito. Mas, por outro lado, se sua equipe não está rendendo como gostaria, qual a sua responsabilidade sobre isto? Esta reflexão pode se estender para as outras situações da sua vida…
Quando escolhemos ser protagonistas, refletimos sobre as nossas responsabilidades, nossos acertos e erros, mas acima de tudo, escolhemos também agir, tomar decisões e ir em busca do que acreditamos.
Seja protagonista de nossa coluna, compartilhe conosco suas reflexões sobre o tema escrevendo para: [email protected].
Rebeca Toyama
Colabore com nossa coluna: [email protected]
Para anunciar nesta coluna ligue (11) 3106-4171 e fale com Lilian Mancuso