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Saúde para dar e vender

em Opinião
quarta-feira, 25 de setembro de 2019

É muito comum nas rodas de amigos nós percebermos que cada vez menos os refrigerantes, ou mesmo outros alimentos com alto teor de açúcar, conhecidos como vilões da alimentação saudável, estão fazendo parte da mesa dos brasileiros. Esse movimento vem acompanhado de uma preocupação em manter o corpo em forma e um estilo de vida mais equilibrado.

Pegando carona nas várias ondas de dietas e no estilo fit, o segmento de alimentação saudável está em alta e tornou-se a sensação da atualidade no ramo dos negócios. Para se ter uma ideia do potencial deste nicho, o mercado de alimentação saudável brasileiro é o quarto maior do mundo. Segundo a agência de pesquisas Euromonitor Internacional, a movimentação anual do segmento é de US$ 35 bilhões e deve crescer, em média, 4,41% por ano até 2021.

Nos últimos cinco anos, o avanço foi, em média, de 12,3% ao ano, o que traz boas perspectivas a curto prazo – para 2019, a previsão é que o segmento atinja alta de 50%. E o que vem impulsionando este fenômeno? Há alguns anos, o consumo de refeições saudáveis era restrito a um público com mais poder aquisitivo, porém a propagação desses alimentos e o aumento da oferta têm incentivado o surgimento de lojas de produtos naturais voltadas a todas as classes.

Além desses fatores, o boom de influenciadores digitais que focam em dietas saudáveis tem relação com essa tendência. Afinal, atualmente a internet é a principal fonte de informações sobre alimentação e saúde para 40% dos brasileiros, segundo levantamento da Fiesp. Neste contexto, investir em um negócio com foco em alimentação saudável é uma ótima opção, ainda mais em um momento em que grãos, sementes e cereais, como quinoa, arroz integral e tantos outros passaram a fazer parte do cardápio de mais brasileiros.

Além de integrar as refeições convencionais, esses produtos são versáteis e podem ser utilizados por pessoas que convivem com a correria diária e optam por snacks, lanches, marmitas saudáveis e até mesmo guloseimas que não deixam nada a desejar para as sobremesas tradicionais e farão com que a pessoa consiga saciar o deseja por aquele doce sem a necessidade de sair da dieta.

Para quem tem vontade de entrar nesse mercado, é importante ficar atento aos primeiros passos. Após definir o perfil da empresa, é importante avaliar qual será o público-alvo – pular essa etapa pode culminar no fracasso do negócio. Usando como exemplo os praticantes de atividades físicas, é válido ir a academias e parques para entender o que acham os alunos, instrutores e frequentadores.

Essa fase é essencial, pois serve para identificar o estilo de vida e os diferentes tipos de alimentação adotados por eles, que servirão de prévia para os produtos que serão mais aderidos. Outra dica valiosa é entender quais são os produtos queridinhos do momento e suas finalidades. O mercado de alimentação saudável está em evolução constante, por isso é importante estar sempre antenado nas últimas tendências desse mercado.

A quinoa, por exemplo, é muito utilizada em dieta Low Carb (para emagrecimento saudável) por ser um carboidrato com baixo índice glicêmico e alto nível proteico. Já as amêndoas e o arroz são ingredientes usados por adeptos da Lac Free – dieta sem lactose, indicada para quem tem desconfortos gástricos ou excesso de gases.

Mais que o rótulo de sensação do momento, o mercado de alimentos saudáveis é uma aposta que possibilita amplas possibilidades e nichos a serem explorados.

(*) – É sócio-fundador da Armazém Fit Store, rede de franquias voltada para a comercialização de produtos para uma alimentação saudável.