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IA generativa é destaque como tendência para o segundo semestre de 2023

em Opinião
sexta-feira, 04 de agosto de 2023

Marcelo Peixoto (*)

Entre os dias 27 e 29 de junho, aconteceu a 33ª edição do FEBRABAN TECH, em São Paulo. 

O evento reuniu milhares de pessoas, que buscaram aprender e conhecer as mais novas soluções tecnológicas para as fintechs, os sistemas bancários e financeiros em geral. 

Com diversas palestras, workshops e mesas de discussão envolvendo temas relacionados à bioeconomia e as oportunidades em uma sociedade digital, foi possível acompanhar as falas de lideranças dos setores financeiro, tecnologia, sustentabilidade e de outras áreas interessadas em inovação.

A inteligência artificial, no entanto, teve um destaque nas falas da maioria dos palestrantes. De acordo com uma pesquisa realizada pela Deloitte, 7 em cada 10 empresas investirão em IA ainda em 2023, apontando a necessidade de compreender quais são as melhores alternativas.

Inteligência artificial generativa é a nova demanda
Os palcos e salas de workshops trouxeram uma grande variedade de temas, mas foi notável o interesse dos congressistas sobre a maior tendência do momento: inteligência artificial generativa.

As palestras que envolviam o ChatGPT e as possibilidades de uso da IA generativa na jornada dos clientes atraíram os maiores públicos do evento. Seja para melhorar a experiência dos usuários, diminuindo a fricção, ou para aumentar a segurança nas transações, o uso da inteligência artificial tornou-se uma demanda do mercado.

Aplicado aos chatbots, por exemplo, a IA generativa permite criar um atendimento mais completo através do chat ou WhatsApp, levando economia às empresas e oferecendo mais possibilidades aos clientes.

Por outro lado, essa tecno­logia também pode ser utilizada para a sofisticação da engenharia social, tornando as fraudes mais difíceis de serem detectadas e evitadas pelos sistemas que são utilizados atualmente.

Soluções antifraude no FEBRABAN TECH
Segundo a Meta, o WhatsApp está presente como um canal de pagamento para a maioria dos bancos. Essas transações tiveram um crescimento de 531% no ano, atingindo o total de 56,2 milhões. Entre essas transações, 37% são de operações financeiras via Pix e 29% de renegociações de dívidas.

Já entre as transações não financeiras, os bancos têm usado a plataforma para consultas de saldos e extratos (24% do total), assim como para informar questões de cartão de crédito (10%).

Com isso, é necessário também pensar em formas de autenticação eficientes, que ajudem a evitar fraudes. Além disso, essas soluções precisam estar alinhadas com a necessidade de melhorar a experiência dos usuários. Cada vez mais empresas buscam a diminuição na fricção nas jornadas, possibilitada por ferramentas que conseguem uma melhor adequação a cada canal.

Entre as soluções antifraude que se destacaram no evento estão aquelas que unem a inteligência artificial à jornada do cliente, diminuindo a vulnerabilidade advinda da utilização inadequada de senhas e outros dados pessoais. A biometria de voz, por exemplo, foi uma das soluções apontadas por profissionais do WhatsApp e outras plataformas que estiveram presentes no evento.

Ao utilizar características únicas da voz humana, como frequência, entonação e padrões de fala, as tecnologias de biometria de voz são capazes de autenticar de forma confiável a identidade de um indivíduo. Isso permite que os usuários acessem sistemas e serviços com facilidade e conveniência, eliminando a necessidade de senhas complexas ou processos demorados. 

A utilização dessa solução proporciona uma camada adicional de proteção contra fraudes, uma vez que os impostores enfrentam difi­cul­dades significativas para enganar os sistemas de autenticação baseados na voz. Com sua capacidade de aprimorar a experiência do usuário e garantir a segurança dos serviços, a biometria de voz se estabelece como uma solução inovadora e eficaz para atender às demandas atuais de UX e antifraude.

(*) É CEO na Minds Digital e tem mais de 15 anos de experiência no mercado de tecnologia, já passou por empresas como IBM, Techbiz, BS2, Banco BMG e BMG Money. Formado em publicidade e propaganda na UniBH e pós-graduado em gerenciamento de projetos na PUC de Minas Gerais