Natália Fernandes (*)
Como sabemos bem, o panorama macroeconômico do Brasil não está muito favorável para os negócios.
O mercado está segurando a “onda” na hora de investir em novos projetos, e toda essa crise política que estamos passando só faz piorar ainda mais o cenário empresarial. Diante desse fato, as empresas priorizam a redução de custos e a reestruturação dos processos internos. Também não é surpresa saber que, em tempos de crise, as empresas que possuem contratos ativos com fornecedores de comunicação ou de outsourcing de prospecção são as primeiras a serem cortadas.
Mas será que faz sentido encerrar uma relação contratual quando o fornecedor apresenta resultados consistentes para a organização? Sua empresa está usando a estratégia correta ao livrar-se desses fornecedores? Vamos analisar a situação. A construção da reputação de uma empresa é algo que demanda muito tempo, e quando é feito da forma correta, o resultado é assustadoramente positivo. A partir do momento em que a empresa já está consolidada no mercado, quando decide por interromper as ações de comunicação, todo o trabalho corre o sério risco de ir por água abaixo.
Se o mercado mudou e a procura por novos parceiros e fornecedores está sendo feita a partir de 80% em buscas na internet, faz sentido mesmo não utilizar esta estratégia? A resposta é simples: não! Os CEOS muitas vezes acreditam que o melhor a se fazer em tempos de crise é simplesmente encerrar com as estratégias de comunicação. No entanto, a consequência dessa manobra – e esse é o ponto que muitos não percebem – é constatar a redução de oportunidades para gerar novos negócios.
Uma vez que esteja esclarecido que acabar com as ações de marketing não é a melhor solução, o próximo passo é procurar por alternativas mais alinhadas com o novo cenário econômico da empresa. O investimento deverá ser direcionado de modo a garantir minimamente a continuidade dos possíveis negócios e consolidação da marca. Afinal de contas, quem não é visto, não é lembrado. Após definir as principais estratégias, o único cuidado na hora de executar o planejamento é sempre garantir a qualidade dos processos para o resultado permanecer positivo.
Empresas menores muitas vezes não têm um departamento de marketing e, em alguns casos, não compensa ter apenas uma pessoa para cuidar de toda a estratégia. São dois os motivos que anulam o esforço de uma única pessoa: o custo para este cargo não é barato, e um único profissional pode não conseguir executar todos os processos que são exigidos – a sobrecarga de trabalho é alta. Neste caso, é coerente terceirizar este serviço e poder contar com uma equipe especializada nos principais processos.
Atualmente, existem agências de comunicação no mercado que funcionam como se fossem o departamento de marketing da empresa, com uma abordagem proativa e um gestor responsável pelos processos, e sim, você encontra valores competitivos para este formato. Esta alternativa é excelente para quem busca qualidade e custo reduzido pois, desse modo, a empresa tem a seu dispor um time de profissionais pelo mesmo custo que teria se contratasse uma única pessoa, ou seja, a qualidade do trabalho acaba sendo superior, além de não aumentar os custos com a folha de pagamento, que não são nada baixos.
Para o caso das grandes empresas, é essencial contar com uma área de marketing interna e uma empresa terceirizada para cuidar apenas das estratégias da comunicação. As duas equipes trabalhando em conjunto fazem toda a diferença nos resultados tanto de branding quanto de vendas A oportunidade, inclusive, é se beneficiar dos serviços de agências menores para garantir um custo mais atrativo para o momento.
A ideia é nunca encerrar a estratégia de marketing e comunicação mesmo em tempos difíceis. As empresas devem buscar outras opções no mercado e identificar aquilo que melhor se adapta aos seus objetivos para garantir a continuidade dos negócios.
(*) – É diretora comercial da Intelligenzia (www.intelligenzia.com.br).