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Marketplace de crédito: novas regras devem baratear os empréstimos

em Negócios
quinta-feira, 21 de julho de 2022

Recentemente, o Banco Central (BC) atualizou as regras do Open Finance para permitir a criação de “marketplaces de crédito”. Na prática, assim como o consumidor está habituado a acessar as plataformas dos grandes marketplaces do varejo para comprar roupas e qualquer outro tipo de produto, encontrando em um único site diversas opções de loja, pode fazer o mesmo para contratar um empréstimo.

Correspondentes bancários digitais podem atuar como marketplaces e, em um único ambiente virtual, como um site ou aplicativo, o consumidor pode receber ofertas e cotações de crédito e financiamento de diferentes instituições. Em princípio, são permitidas nos marketplaces apenas propostas de crédito sem consignação ou garantia. A resolução do BC prevê ainda alguns requisitos para as propostas, como assertividade e personalização, entre outras orientações que buscam manter um nível elevado de qualidade nos serviços.

“Sem dúvida, os marketplaces de crédito trarão uma experiência facilitada e vantajosa para os clientes. Em uma única interface, o consumidor pode comparar diversas propostas, taxas aplicadas e contratar a solução que se mostrar mais conveniente, de acordo com suas necessidades e de forma prática”, comenta Lorain Pazzetto, Head do Open Finance no Grupo FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa a transformação dos negócios.

. Inteligência de dados X competitividade – Toda a lógica do Open Finance e Open Insurance se baseia no compartilhamento de dados. Ou seja, os dados do cliente não pertencem mais à instituição da qual ele contrata serviços. Assim, os concorrentes podem ter acesso a esses dados e planejar uma oferta muito melhor.
O consumidor precisa autorizar esse compartilhamento e, em contrapartida, tem acesso a produtos e serviços mais personalizados e aderentes às suas necessidades.

Segundo um estudo da consultoria Accenture, 6 em cada 10 consumidores no mundo estão dispostos a dividir dados pessoais em troca de benefícios. No Brasil, 67% dos entrevistados esperam que seus dados sejam utilizados para prever necessidades. Contudo, a disponibilidade de dados, por si só, não é garantia de uma atuação estratégica e bem sucedida para as instituições. O que deve determinar quem vai se sobressair nesse novo cenário é a inteligência de dados.

Essa lógica também se aplica aos marketplaces de crédito. “Dentro desse mercado competitivo, a probabilidade dos custos ficarem mais baratos e as taxas de juros mais baixas são grandes. A relação crédito/PIB deve aumentar ainda mais e vencerá quem ‘calibrar’ melhor sua inteligência de dados, obtendo vantagem competitiva em suas taxas ou até mesmo tendo um prisma diferente, direcionando suas ofertas para os negativados, por exemplo.

Outro fator a ser considerado é que a necessidade de análises de risco mais apuradas será ainda maior. Sob diferentes aspectos, a inteligência de dados será o grande diferencial”, aponta Lorain. “Além da facilidade, são soluções que garantem maior eficiência e segurança nas transações envolvendo dados, assegurando também total cumprimento dos requisitos legais estabelecidos pelo BC”, finaliza o executivo. Saiba mais em: (https://www.fcamara.com.br/).