Os shoppings na cidade de São Paulo permanecem com as portas fechadas, assim como grande parte das lojas de rua, exceto as que estão no rol de atividades essenciais conforme decretos estadual e municipal. O Dia das Mães, historicamente a segunda data de maior faturamento do varejo, se aproxima e, para angústia de grande parte dos empresários, o cenário das lojas cerradas continua até lá.
O Sindilojas-SP atuou intensamente para que o comércio fosse reaberto em 1º de maio, seguindo todas as medidas de segurança e higiene no combate ao novo Coronavírus, mas não teve seu pleito atendido. A entidade teme uma quebradeira geral no setor, pois as lojas estão sem funcionar desde o dia 20 de março último. O temor é real.
A Confederação Nacional do Comércio (CNC) estima que a crise vai acarretar uma queda histórica do volume de vendas no varejo no Dia das Mães de 2020. Em comparação com o ano passado, a entidade projeta um encolhimento de 59,2% no faturamento real do setor na data. A sugestão de transferir o dia comercial para agosto, conforme proposta do governador João Doria, também não agrada o segmento.
“As entidades de comércio se posicionaram contrárias, pois nesse mês é celebrado o Dia dos Pais. A opção agora é que a data seja comemorada em 13 de julho, mas o assunto ainda está em discussão e, novamente, não há consenso”, afirma Ruy Pedro de Moraes Nazarian, presidente do Sindilojas-SP, entidade sindical que representa 30 mil empresas do comércio lojista e 100 mil empresários da cidade de São Paulo, estabelecidos em Shopping Centers e lojas de rua (AI/Sindilojas).