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Pagamento em dinheiro ainda é preferência de 54% dos brasileiros

em Mercado
sexta-feira, 05 de novembro de 2021

Com o objetivo de identificar e compreender os hábitos e preferências da população brasileira em relação aos meios de pagamento, a Fundação Dom Cabral – FDC, com o apoio da Brink’s, realizou a pesquisa “Meios de Pagamentos no Brasil”.

Entre os destaques apontados pelo estudo, estão a preferência pelo pagamento em dinheiro, o crescimento vertical do PIX entre os mais jovens e o alto número de desbancarizados no país. Realizada em todas as regiões do país, com uma amostra de 2 mil pessoas ouvidas entre os dias 20 de julho e 13 de agosto, estima-se que 53,4% dos brasileiros preferem o dinheiro como forma de pagamento e que 38,5% não tem conta em banco.

Entre as mulheres, o percentual de não-bancarizadas (43,4%) é maior do que entre os homens (33,2%). Além disso, os resultados revelam que o percentual de mulheres que não possuem renda própria (7,7%) é aproximadamente 3 vezes maior do que entre os homens (2,0%). A região Sul é a que possui menor índice de consumidores não-bancarizados (27,7%). No Nordeste, nota-se a maior incidência de desbancarização (47,1%).

Entre os motivos apontados por quem prefere o uso do dinheiro estão o controle dos gastos (26,0%) e facilidade (22,4%). Os cartões de crédito e débito (20% e 16,5% respectivamente) são as principais alternativas apontadas para pagamento, seguidos pelo boleto bancário (4,6%). Já o PIX, que vem se consolidando como outra opção, já foi utilizado ao menos uma vez por quase metade da população (49,2%). Porém, apenas 3,5% têm preferência pelo novo recurso digital.

“Entre os resultados observados, vemos números que reforçam a disparidade econômica regional do país, onde grande parte da população ainda sofre consequências da falta de infraestrutura para acompanhar a digitalização global”, explica Fabian Salum, professor Ph.D. em Estratégias Competitivas e Modelos de Negócios da Fundação Dom Cabral.

Apesar da maioria dos entrevistados receberem seus rendimentos em conta bancária, tem-se que 34,3% ainda recebem em dinheiro. A renda familiar de até 2 salários-mínimos (até R$ 2.200,00 é a predominante, sendo a maioria dos entrevistados 56,3%). A pesquisa também procurou analisar o futuro do dinheiro em um mundo cada vez mais digitalizado. A maior parte afirma que no futuro irão reduzir o uso do dinheiro, porém nunca irão deixar de utilizá-lo (44,7%).

Os mais jovens se mostram mais propensos à adoção de outros meios de pagamento, em detrimento ao dinheiro. As Gerações Z (43,2%) e Y (27,9%) são as que mais afirmam que utilizam muito o PIX. – Fonte e mais informações: (https://br.brinks.com/pt/insights).