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O empecilho do combustível foi um dos mais marcantes deste ano

em Mercado
quinta-feira, 06 de janeiro de 2022

O ano de 2021 trouxe desafiadores cenários para o país nos mais diferentes âmbitos de atuação. Em contrapartida, acarretou uma aceleração dos serviços, da tecnologia e do crescimento no setor de transporte de cargas e logística. Apenas no primeiro quadrimestre, o segmento no Brasil teve um aumento de 38% em comparação ao mesmo período de 2020 de acordo com o Índice de Movimentação de Cargas do Brasil divulgado pela AT&M.

No entanto, apesar dos números oportunos para a expansão da logística, as empresas transportadoras precisaram se adaptar rapidamente com o fluxo dos mercados nacional e internacional para continuar oferecendo o mesmo padrão de qualidade aos clientes e parceiros, mesmo tendo interferência dos aumentos do frete e do combustível, por exemplo. O empecilho do combustível foi um dos mais marcantes deste ano, dado que o preço da gasolina nas refinarias acumula alta de 74% e o preço do diesel subiu 65%.

O frete marítimo foi outra questão pertinente ao longo desse período, também afetando o setor. Por meio da escassez de contêineres em nível global, o valor do frete foi disparado a preços nunca vistos anteriormente. Enviar um contêiner de 40 pés da China custava, em média, US$ 1.500 antes da chegada da pandemia. Atualmente, devido a essa grande procura, o custo pode chegar a US$ 10.500, uma vez que a rota para o Brasil se tornou o valor mais caro com origem no país chinês.

Contudo, há personalidades do setor que se mantêm confiantes para o próximo ano da logística. É o caso de Luiz Gustavo Nery (*), do Grupo Rodonery Transportes: “O setor de transporte está otimista. No entanto, o alto custo dos insumos ainda preocupa, tais como pneus, veículos, seguros, aluguéis, o próprio diesel e a instabilidade no cenário político na iminência das eleições para a presidência. O que podemos esperar, certamente, é um ano cheio de desafios, mas com pensamentos positivos em crescimento para a progressão do transporte”.

Todas essas experiências criam ainda mais oportunidades para lidar com o mercado e para buscar novas estratégias. Além disso, aumentam a responsabilidade que a empresa transportadora tem de manter um bom desempenho e de causar um impacto assertivo no país, tanto economicamente como socialmente. Por isso, é fundamental apostar na capacitação e na preparação dos jovens executivos que estão trabalhando a fundo no setor de transporte de cargas e que são o futuro para a expansão da área.

“Depois dos dois últimos anos intensos, certamente estamos mais preparados para começar 2022. Acredito que a palavra do momento, para nós, é ‘reinvenção’. Tivemos que nos reinventar na pandemia, e isso nos tornou mais ágeis nas decisões, aprendendo a lidar com a incerteza desse mundo volátil. Continuaremos nos reinventando cada vez mais para nos adaptarmos ao mercado e, em 2022, estaremos mais preparados e cheios de aprendizado para colocar em prática”, complementa o diretor comercial.

No entanto, os empresários do setor estão otimistas para ingressar em um novo período com mais espaço para colocar em prática todos os aprendizados e para ver a área apresentar sinais positivos e um futuro ainda mais promissor.

(*) – Graduado em Comércio Exterior pela Universidade Positivo, pós em Negócios Internacionais pela FAE, é Diretor Comercial do Grupo Rodonery Transportes.