Dados comprovam que 48% das micro e pequenas empresas brasileiras obtém mais da metade de seu faturamento por meio do e-commerce. Especialista Alex Moro comenta o cenário
Recentemente, a GoDaddy, empresa líder em serviços de internet para empreendedores, divulgou os resultados de sua Pesquisa Global de Empreendedorismo 2023, que investigou o cenário do empreendedorismo digital em diversos países, incluindo Brasil. Os dados revelam a crescente importância do comércio eletrônico para os pequenos empreendedores brasileiros. Para o especialista em e-commerce e marketplace, Alex Moro, o mercado digital democratiza o espaço para que pequenos e médios negócios possam concorrer com gigantes.
“O comércio eletrônico oferece diversas vantagens às micro e pequenas empresas, incluindo a redução de custos operacionais, a eliminação da necessidade de uma loja física e a automação de processos. Além disso, plataformas de e-commerce facilitam o gerenciamento e tornam mais viável a competição com empresas maiores. O mundo digital permite também a implementação de estratégias de marketing mais eficazes, incluindo técnicas de segmentação e personalização que aumentam a taxa de conversão e a fidelização dos clientes”, analisa o especialista Alex Moro.
O resultado da pesquisa da GoDaddy ainda confirma o forte impacto do comércio eletrônico no cenário de negócios do Brasil. Quase metade (48%) dos empreendedores entrevistados relatou que, mais de 50% de suas receitas são provenientes do comércio online, outros 26% afirmaram que dependem de mais de 75% de suas receitas geradas em vendas pela Internet. Isso demonstra a adaptabilidade e a disposição dos empreendedores brasileiros em abraçar tecnologias inovadoras, especialmente em um momento em que o comércio eletrônico cresceu substancialmente durante a pandemia de Covid-19.
O Brasil se destaca nesse cenário, com uma dependência do comércio eletrônico no faturamento das Pequenas e Médias Empresas (PMEs) sensivelmente acima da média global e de outros países pesquisados. Mesmo quando comparado com nações desenvolvidas, como os Estados Unidos e a Espanha, o Brasil lidera, com 48% das PMEs obtendo mais da metade de seu faturamento por meio do e-commerce, em comparação com 33% nos EUA e 29% na Espanha. Isso reflete a oportunidade de crescimento e expansão de mercado proporcionada pelo comércio online.
“Com a popularização das redes sociais e dos blogs de economia, muitos brasileiros têm se dedicado a aprender as melhores práticas para vender produtos na internet. Eles estão investindo tempo e energia para criar anúncios atrativos, tirar fotos de qualidade e estabelecer uma reputação positiva como vendedores confiáveis”, argumenta Alex Moro.
Em paralelo a esse cenário, um outro estudo realizado pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) destaca o aumento nos gastos dos consumidores on-line no estado de São Paulo. De acordo com o levantamento, outra tendência é marcante: o crescimento dos gastos dos consumidores em compras online no estado de São Paulo. Em 2017, a média era de R$ 430, em 2021 subiu para R$ 450 e, em 2022, atingiu R$ 460. A praticidade de fazer compras pelo computador ou celular, sem sair de casa, é um dos principais impulsionadores desse aumento.
“À medida que essa tendência continua a se consolidar, espera-se que mais empreendedores adotem o comércio on-line como uma ferramenta essencial para o crescimento de seus negócios, e que os consumidores continuem a desfrutar da comodidade das compras pela internet. De maneira geral, é notório que o comércio eletrônico está desempenhando um papel fundamental tanto no fortalecimento do empreendedorismo brasileiro quanto no aumento dos gastos dos consumidores on-line”, comenta o especialista Alex Moro.