89 views 3 mins

5 passos para a participação de marcas em protestos e causas sociais

em Mercado
terça-feira, 16 de junho de 2020

Nos últimos dias, os movimentos Black Lives Matter agitaram o Brasil e o mundo. E nota-se um movimento de consumidores que querem que suas marcas favoritas se posicionem e se engajem em causas como essas. Para o coordenador dos cursos de Varejo Digital e Gestão Comercial do Centro Universitário Internacional Uninter, Elizeu Barroso Alves, essa ação requer cuidados e planejamento. O especialista listou cinco passos para as marcas se atentarem nesse momento.

1 – Histórico de participação da marca – Pode ser óbvio, mas antes de se juntar aos movimentos de protesto a marca deve consultar seu próprio engajamento em protestos anteriores, pois, não tendo um histórico, corre-se o risco de ser rotulada como oportunista.

2 – Análise do tema – A empresa deve refletir se compactua com a ideia que está sendo defendida no protesto. Ou seja, a marca deve olhar para o seu DNA e constatar se de fato o movimento é em prol de uma causa que ela defende.

3 – Forma de participação – A empresa deve planejar como será a sua participação no movimento. Se for no calor da emoção, a discussão pode ser prejudicial, a boa intenção pode sair pela culatra. Os protestos começaram na semana passada, porém, algumas marcas esperaram o desenvolvimento da causa para se juntarem aos movimentos, como é o exemplo da Nike, que mudou o seu slogan de “Just Do It” para “Don´t Do It”.

4 – Escolha o melhor canal de comunicação – Em qual canal de comunicação a marca vai se posicionar? Nos meios tradicionais ou nas redes sociais? O canal deve ser o mesmo já usado de forma recorrente. Por exemplo, a marca Reserva (vestuário) tem publicado fotos dos seus consumidores participando do protesto com a #tonaruapelobrasil, e vai além, fará uso das redes sociais para escolher as palavras-chaves que representam o movimento, e com isso irá desenvolver uma camisa inspirada no tema.

5 – Saber o tempo certo – Ao conhecer seu próprio engajamento em protestos anteriores (dica 1), a empresa conseguirá definir qual é o momento certo de sua participação. Por exemplo, no caso do movimento de conscientização para o coronavírus, logo no início da campanha para o isolamento social, a empresa Mercado Livre mudou sua logomarca, o tão conhecido ‘aperto de mão’ transformou-se em ‘toque de cotovelos’ Fonte: Uninter.