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Venezuela está entre democracia e ditadura, diz Juan Guaidó

em Manchete
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019
Venezuela temproario

Venezuela temproario

O presidente Jair Bolsonaro recebeu ontem (28), no Palácio do Planalto, o autoproclamado chefe de Estado
encarregado da Venezuela, Juan Guaidó.

Foto: Antonio Cruz/ABr

O presidente Jair Bolsonaro recebeu ontem (28), no Palácio do Planalto, o autoproclamado chefe de Estado encarregado da Venezuela, Juan Guaidó, que faz um tour pela América Latina para aumentar a pressão diplomática sobre o regime de Nicolás Maduro. Após o encontro, os dois líderes fizeram um pronunciamento à imprensa, e Bolsonaro prometeu não poupar esforços, “dentro da legalidade e de nossas tradições”, para “restabelecer” a democracia na Venezuela.
“Isso só será possível através de eleições livres e confiáveis”, acrescentou o presidente do Brasil, ressaltando que deseja que o país vizinho seja “próspero, democrático e pujante”. “Deus é brasileiro e venezuelano”, disse, ao insinuar os ex-presidentes Lula e Dilma têm uma parcela de culpa na crise venezuelana, já que o PT apoia o regime Maduro.
“Você, se assim posso chamá-lo, é uma esperança. Faço um mea culpa aqui, porque dois ex-presidentes do Brasil foram em parte responsáveis pelo que vem acontecendo na Venezuela hoje em dia”, afirmou. Ainda segundo o presidente, o Brasil trilhava um “caminho semelhante”, mas “o povo daqui acordou e resolveu dar um ponto final no populismo barato”. Guaidó, por sua vez, agradeceu aos brasileiros pelo apoio “nesse momento importante na história da região”.
“Agradecemos pela determinação do Brasil em defender valores fundamentais, como democracia e liberdade”, declarou. O autoproclamado presidente, que já passou pela Colômbia e ainda irá ao Paraguai, negou que seu país viva um dilema entre “guerra e paz” ou uma disputa entre uma ideologia ou outra.
“A Venezuela está hoje entre a democracia e a ditadura. Todos queremos viver em paz, mas não vivemos em paz quando se massacram indígenas e aborígenes em Santa Elena de Uairén [na fronteira com o Brasil], quando se nega eleições livres. Nossa luta constitucional é pelo fim da usurpação, para construir um governo de transição que gere estabilidade”, salientou (ANSA).