Foto: CenárioRural/Reprodução O Brasil protege e preserva a vegetação nativa em mais de 66% de seu território e cultiva apenas 7,6% das terras. |
Esse valor está próximo ao recorde alcançado em 2017, de R$ 604,16 bilhões (em termos reais), que foi o maior desde o início da série em 1989. A alta em relação ao fechamento do ano passado é de 1,4%. De acordo com José Garcia Gasques, coordenador-geral de Estudos e Análises do Ministério da Agricultura, o montante não deve ficar muito diferente até o fim do ano, uma vez que falta apenas as culturas de inverno e o trigo para o fechamento.
A pecuária vem liderando o crescimento, com aumento real de 4,1%, revelando recuperação da atividade, enquanto as lavouras se mantém estáveis em relação ao ano anterior com valor parecido ao do ano passado. “Há uma quantidade relativamente grande de produtos que vêm apresentando bom desempenho”, destaca Gasques. “Mas os de maior destaque são algodão, amendoim, banana, batata inglesa, feijão, laranja, milho, tomate e trigo”.
Alguns se recuperaram na comparação com 2018. “Cabe observar aos leitores que os resultados favoráveis de feijão e milho devem-se à segunda safra do milho, que teve aumento excepcional de produtividade, e à segunda e terceira safras do feijão”. Na pecuária, o crescimento deve-se principalmente a bovinos, suínos e frangos. Entre esses, o destaque maior é do frango, com crescimento de 13% no valor da produção. As duas atividades com pior resultado são leite e ovos, ambos com redução do VBP.
Produtos com redução de faturamento são o café (23,8%), Arroz (7,5%), cana-de-açúcar (5,4%), mandioca (9,6%), soja (13,6%) e uva (5,4%). A maior redução absoluta ocorreu em soja, na ordem de R$ 20 bilhões. “São poucos produtos, mas com peso enorme no valor da produção”, observa o coordenador. “Esses vêm afetando negativamente o resultado do PIB agropecuário, como o IBGE apresentou nas Contas Nacionais ao divulgar os dados do primeiro trimestre (AI/Mapa).