Poucas horas depois do discurso de Greta Thunberg em Davos, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou ontem (21) ativistas ambientais de “profetas da desgraça”. Em seu pronunciamento no Fórum Econômico Mundia, o magnata defendeu os combustíveis fósseis e a desregulamentação da economia, indo de encontro à mensagem disseminada por Thunberg e ambientalistas mundo afora.
“Precisamos rejeitar os perenes profetas da desgraça e suas previsões do apocalipse”, disse Trump. Horas antes, a ativista sueca, que estava na plateia, havia acusado os governos de não fazerem “nada” para combater as mudanças climáticas. Aqueles que denunciam um aquecimento global fora de controle são os “herdeiros dos tolos adivinhos de hoje”. Apesar disso, Trump anunciou a adesão dos EUA a um projeto de plantar 1 trilhão de árvores contra a crise climática.
O presidente também fez propaganda do petróleo e do gás americanos e reiterou que os Estados Unidos não precisam mais ‘importar energia de nações hostis’. “Nossos aliados europeus não ficariam mais vulneráveis se usassem o vasto fornecimento da América”, declarou.
Trump chegou em Davos no mesmo dia em que o Senado inicia o processo de impeachment contra ele por abuso de poder e obstrução do Congresso. O julgamento deve terminar ainda em janeiro, e uma condenação é improvável, já que isso exige o apoio de dois terços dos senadores (67 de 100), e os republicanos contam com maioria (53) (ANSA).