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Após a derrocada do executivo brasileiro Carlos Ghosn, a Renault estaria planejando concluir dentro de 12 meses uma fusão com a Nissan e a Mitsubishi e, na sequência, comprar o grupo ítalo-americano Fiat Chrysler Automobiles (FCA). A informação é do jornal britânico Financial Times, mas não foi confirmada por nenhuma das partes envolvidas.
Segundo o diário, o plano faz parte da nova estratégia da montadora francesa após a saída de Ghosn, que é acusado de fraude fiscal no Japão e passou 108 dias na cadeia. Atualmente, a Renault tem 43% das ações da Nissan, enquanto os japoneses controlam 15% do grupo francês – as duas montadoras formam uma aliança automotiva com a Mitsubishi, e a Nissan já declarou que deseja rever os termos da parceria.
Ainda de acordo com o Financial Times, a recente criação de um conselho da aliança franco-japonesa, guiado por Jean-Dominique Senard, aumentou os rumores sobre a fusão. Com a eventual união concluída, o grupo resultante buscaria uma aquisição para fazer frente à Volkswagen e à Toyota no mercado global.
A FCA já entrara na mira de Ghosn cerca de três anos atrás, mas o projeto foi abortado pelo governo da França, que tem 15% das ações da Renault. O grupo ítalo-americano, por sua vez, também estaria atrás de um parceiro. “A prioridade absoluta para o Estado francês é a aliança Renault-Nissan”, desconversou o porta-voz do governo, Benjamin Griveaux (ANSA).