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‘Prostituição é doença da humanidade’, denuncia Papa Francisco

em Manchete
segunda-feira, 29 de julho de 2019
Prostituicao temproario

Prostituicao temproario

Pontífice assinou prefácio de livro sobre ‘Mulheres crucificadas’.

Foto: AFP

O papa Francisco denunciou a prostituição a qual mulheres do mundo todo são sujeitas, vítimas de tráfico e exploração sexual, como uma “doença da humanidade”, no prefácio que assina de um livro divulgado ontem (29) na Itália. Na obra “Mulheres crucificadas. A vergonha do tráfico relatada desde a rua”, do padre Aldo Buonaiuto, sacerdote da Comunidade Papa João XXIII, o Pontífice ressaltou que este “vício repugnante” reduz as mulheres a escravas.
“Qualquer forma de prostituição é uma redução à escravidão, um ato criminoso, um vício repugnante que confunde fazer amor com os instintos de alguém torturando uma mulher indefesa”, denunciou o Pontífice. Jorge Bergoglio também ressaltou que a prostituição “é uma ferida na consciência coletiva, um desvio ao imaginário corrente”. O líder da Igreja Católica ainda fez um apelo a todos pelo acolhimento das vítimas do tráfico, da violência e da prostituição forçada.
“Ninguém pode ser colocado à venda”, afirmou o Santo Padre, recordando o trabalho de quem ajuda as vítimas, sujeitos “aos perigos e às retaliações da criminalidade, que fez destas jovens uma inesgotável fonte de lucros ilícitos e vergonhosos”. Segundo Francisco, “libertar estas pobres escravas é um gesto de misericórdia e um dever para todos os seres humanos de boa vontade”. Além disso, o grito de dor de todas elas “não pode deixar indiferente nem os indivíduos nem as instituições”.
O Papa revelou ter visitado um abrigo da Comunidade do Papa João XXIII em uma das “Sextas-feiras da Misericórdia”, durante o último Jubileu, em 12 de agosto de 2016, onde encontrou mulheres ‘crucificadas’. Depois de ter escutado as narrações comoventes e tão humanas destas pobres mulheres, algumas delas com o filho nos braços, senti um forte desejo, quase exigência, de lhes pedir perdão pelas autênticas torturas que tiveram de suportar por causa dos clientes, muitos dos quais se definiam cristãos”, finalizou Francisco (ANSA).