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Parlamento britânico rejeita acordo para saída do Reino Unido da União Europeia

em Manchete
terça-feira, 15 de janeiro de 2019
Parlamento temproario

Parlamento temproario

Plano da premiê Theresa May foi derrotado no Parlamento. Foto: Reuters TV

Mais de 50 dias após a conclusão do Acordo de Saída, que estabelece as condições de saída do Reino Unido da União Europeia, o Parlamento britânico rejeitou ontem (15) o Brexit proposto pela primeira-ministra, Theresa May. Dos 600 parlamentares, 423 deputados reprovaram a medida e apenas 202 aprovaram a proposta. O Parlamento debate hoje (16) uma moção de censura ao governo apresentada pelo Partido Trabalhista. Com a decisão, o futuro de May é considerado incerto, pois o acordo proposto além de rejeitado pela maioria, obteve votos também de partidos que tradicionalmente ficavam ao seu lado.
A primeira-ministra britânica anunciou que o governo merece a confiança da Câmara dos Comuns (Parlamento), mesmo com o resultado da votação. “Sempre acreditei que a melhor solução é uma saída ordenada”, disse May. Porém, pela legislação britânica, ela tem condições legais de ser mantida no cargo. Para o deputado Jeremy Corbyn, do Partido Trabalhista, foi a derrota mais pesada no Parlamento em 100 anos e anunciou a moção de censura. Há um movimento no Reino Unido que defende um novo referendo para perguntar à sociedade britânica sobre a saída da União Europeia.
Em Londres, capital do Reino Unido, muitos saíram às ruas em apoio à decisão do Parlamento e em comemoração à rejeição do Brexit. A expressão Brexit reúne os termos British mais Exit, ou seja, “saída britânica”, e é utilizada para designar a retirada do Reino Unido da União Europeia. É uma alusão ao “Grexit” que designava o eventual abandono da Zona Euro da Grécia ou “Frexit”, a saída da França aventada por Marine Le Pen.
A data prevista, inicialmente, para implementar o Brexit, era a partir de 29 de março 2019 a 31 de dezembro 2020, definindo um período de transição para o Reino Unido. Nessa fase, o Reino Unido estaria obrigado a cumprir todas as regras da União Europeia, mas perderia a sua participação nas instituições e a sede de várias agências terá de ser deslocada para outros países (ABr).